Capítulo 56: A Procura

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"Eu sei que, desde que existe o Olimpo, nunca um deus concedeu todos os seus poderes à um semideus. Maya é única, ela não é só a primeira filha de Poseidon, ela é sua herdeira." Hill falou como quem fala por enigmas.

"O que isso significa?" Perguntou Angel para ela.

"Vocês não perceberam? Eles querem afetar Poseidon. Atingí-lo onde mais dói." Hill falou com o rosto sombrio.

O rosto de todos ficaram num misto de surpresa e de raiva. Angel ficou transtornada. Mas, isso não durou muito. Seu rosto endureceu, esboçando nada menos que raiva e uma determinação férrea. Ela marchou até mim com imponência e me perguntou:

"Onde é a saída dessa droga de lugar?" Ela perguntou como alguém que iria derrubar um tanque.

"Você não vai gostar." Eu avisei com cautela, escolhendo muito bem as palavras. Pois, eu sei que quando Angel entra no modo de destruição em massa, ela não sabe controlar os seus ânimos. Prova disso é o olhar de fogo que acabou de acender, dando mais um indício de que ela entrou nesse modo.

"Que se dane se eu não vou gostar agora me aponta aonde é!" Ela falou imponente, com uma enorme carranca no rosto.

"Ok. Você quem mandou. A saída é por ali." Eu falei, apontando pro enorme buraco no centro da clareira.

"Você deve estar brincando." Falou Ethan dando uma risada.

"Não. Não estou, não. Bem que queria estar. Alguma ideia de como descer esse troço? Brad?" Eu falei um tanto zombeteiro.

"Desculpa, cara. Mas não faço mínima ideia. Nem tem como eu criar estacas pra descer." Ele falou coçando a cabeça, com um pequeno sorriso sem graça.

"O que vocês estão loucos? Descer aquilo ali?" Gritou Ethan exasperado.

Angel foi atrás de sua bolsa, ela colocou nas costas colocou a espada de Maya junto com a sua no cinto e se virou pra nós.

"Deixem de serem moles, homens. Nós somos semideuses! É só pular."

"Vai na fé, então." Falou Ethan maroto.

"Tudo bem." Falou Angel dando um sorriso presunçoso. E pulou.

"Vocês são uns frangotes, hein! Esperava mais de você, maninho." Falou Hill balançando a cabeça em desgosto.

Audrey foi até ela e se juntou na zoação.

"Esperava mais de vocês todos! Vocês são de cristal?" Disse Audrey marota, com um meio sorriso nos lábios.

"Angel vou acender a luz pra você ver onde termina." Falou Hill e acendeu uma enorme bola de fogo.

"Valeu amiga! Esse troço é muito fundo mais tá tranquilo." Falou Angel ao longe.

"É caras parece que elas ganharam de dois a zero. Vamos logo!" Eu falei me juntando às meninas.

"Tá chegando o fundo." Gritou Angel, se preparando para pousar. E, logo nos ouvimos um grande estrondo. Ela pousou perfeitamente. Ela se pôs de pé e gritou:

"Eu estou viva! Podem vir seus cagões." Ela gritou sarcástica.

"Minha vez." Eu falei para eles.

"Vai na fé. Pois, eu não sei se vou não." Falou Ethan brincalhão.

"Vai cagão!" Eu falei, pegando minha bolsa e pulando.

Eu não ouvia nada, a não ser um vento ruidoso que soprava em meus ouvidos. A queda parecia ser de uns trinta metros de altura. Eu vi Angel se afastando para dar espaço para eu pousar no chão que se aproximava a cada instante. E ouvimos um grande estrondo, que foi eu pousando no chão.

Angel logo me puxou pelo braço me tirando do precipício.

"Dê espaço para eles pularem." Ela falou me levando pelo que parecia ser uma caverna.

"Uou! Você viu isso? É a luz do dia!" Eu falei admirado.

"É parece que você acertou no palpite. Achamos a saída!" Angel falou animadamente.

Os outros depois de um tempo pularam, até mesmo Ethan que só pulou depois de Audrey voltar para clareira e o empurrar. Todos nós saímos da caverna, da escuridão.

Nós encontramos uma praia deserta e o mar estava agitado. Nós sorrimos uns para os outros, por saber que concluímos mais uma etapa da missão, por saber que conseguimos isso juntos. Por saber que não há nada que não possamos enfrentar se estivermos juntos.

"Alguém faz idéia da onde estamos?" Perguntou Hill tirando os sapatos e tacando eles longe. Depois de largar a mochila, começou a pular as ondas do mar com Audrey. Todos nós rimos com a cena.

"Não mais ainda estamos no hemisfério norte." Disse Angel como quem tinha certeza. Eu não duvidei, ela tinha mais experiência do que eu em missões.

"O que fazemos agora? Eu perguntei para ela."

"Vamos procurá-la, ela precisa saber que não está sozinha. Nós vamos ajuda-la a matar a coisa. Ela vai aprender que sempre iremos ajuda-la, que ela não precisa carregar o mundo em cima das costas. Ela não está sozinha!" Angel falou olhando para o céu.

"Sim, vamos procurá-la." Eu falei olhando para o mar azul.

A Filha de PoseidonWhere stories live. Discover now