Capítulo 95 - A verdade

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Cheryl foi junto com Toni e Valerie na montanha russa. A pior decisão que tomou na vida. Saiu daquele brinquedo louca para vomitar, mas segurou porque queria mostrar que era forte, e adorava uma montanha russa. Valerie e Toni amaram, e queriam ir de novo, mas Cheryl disse que queria logo tomar o sorvete. Ela não iria passar por aquilo tudo de novo.

- Amor, você está bem? - Toni perguntou, entrelaçando suas mãos enquanto andavam até as meninas.

- Estou ótima. - Sorriu amarelo, olhando para frente. - Só fiquei um pouquinho enjoada.

- Eu também. - Valerie disse, rindo. - Por pouco não vomitei em vocês. - As duas riram. - Quero comprar uma coisa para a Josie, mas não sei o que...- Falou pensativa, olhando para os lados, a procura de algo. - Ela gosta de bichinhos de pelúcia?

- Gosta, e muito. - Toni falou. - Você já foi no quarto dela?

- Não. Porque?

- É cheio de bichinhos de pelúcia. - Valerie riu, encantada. - Dê um para ela.

- Vocês vão comigo ali?

- Claro. - Cheryl disse. A ruiva percebeu que Valerie realmente gostava de Josie, e não precisava sentir ciúme. Percebeu que aquela ida na montanha russa só serviu para lhe fazer vomitar.

As três foram atrás de um bicho de pelúcia. Toni e Cheryl esperando Valerie achar um ursinho, e logo achou um rosa. Comprou e as três, finalmente, foram de encontro às amigas, que acabaram de sair de outro brinquedo. Josie amou o ursinho, e encheu Valerie de beijinhos. Suas amigas morreram de amores com a cena, elas formavam um lindo casal.

- Porque você não me dá ursinho também? - Lucy perguntou incrédula para Vero, que revirou os olhos.

- Você quer um, chatinha?

- Quero, poxa...- Resmungou.

- Ok, vamos lá comprar esse ursinho. - Revirou os olhos, fazendo sua namorada sorrir.

Lucy e Vero foram comprar uma pelúcia, enquanto as outras foram tomar sorvete. Cheryl pediu um de morango, e Toni um de creme...Que aos olhos de sua namorada, era o sabor mais sem graça existente na face da terra. As seis sentaram em uma mesa ao ar livre.

- Amanhã iremos espalhar aquelas fotos, e vai ser tão, mas tão lindo...- Toni disse sorrindo.

- Vamos brindar!! - Ronnie falou, erguendo sua casquinha de sorvete. As cinco ergueram também, até Valerie. - Somos as Regina's George's.

- Tim, tim!!! - Cheryl disse animada, quando seus sorvetes encostaram no ar. - Ao fim de Jade West.

[...]

Todas já estavam no carro da Toni, como antes. Mas agora, estavam animadas cantando Tell Me You Love Me. E foi assim o caminho todo, até a morena deixar cada uma em sua casa. Cheryl, como sempre, já estava dormindo com a cabeça encostada no vidro. Toni abaixou a música da rádio, e seguiu o caminho até a casa, estacionou o carro na garagem, pois agora já tinha o controle do portão eletrônico.

- Amor, chegamos...- Falou baixo, tirando a chave da ignição. Cheryl resmungou algo parecido com "não ligo" e isso fez a morena rir. Já sabia sobre ter que pegar ela no colo, e faria isso, sem problema algum.

Desceu do carro e logo abriu a porta do passageiro, fazendo o corpo da namorada cair mole em seus braços. Com um pouco de dificuldade, conseguiu ajeitar Cheryl direito. A ruiva apenas apoiou a cabeça em seu ombro e abraçou seu pescoço, voltando a dormir.

Toni caminhou com ela em seus braços e quando passou pela sala, viu Clifford dormindo no sofá. Subiu, com certa dificuldade, a escada, degrau por degrau. Logo já estavam no quarto da ruiva, e a colocou na cama, com cuidado. Cheryl resmungou algo, e virou para o lado, toda sonolenta. A morena só sabia sorrir, por ter uma namorada tão adorável.

Toni até pensou em dormir também, mas iria fazer algo mais importante antes. Desligou a luz do quarto, e fechou a porta com cautela. Desceu a escada, e antes mandou uma mensagem para Ronnie.

[Caminhoneira/00:20]: Manda as fotos da vagabunda que você tirou.

[Ronnie Putona/00:21]: 12+ imagens.

A morena viu que Clifford estava dormindo, mas precisava falar com ele. Seria muita audácia acordá-lo? Coitado, parecia estar tão tranquilo em seu sono. Então, Toni teve uma ideia:

- ATIM! - Deu um falso espirro, fingindo sair da cozinha. Viu que Clifford acordou, e o olhou. - Desculpa, não sabia que estava dormindo.

- Não, tudo bem...- Murmurou sonolento. - Faz tempo que chegaram?

- Chegamos agora pouco. Cheryl já está dormindo...- Caminhou até ele, e sentou ao seu lado. - Vocês tem impressora aqui?

- Temos sim, no meu escritório.

- Nem sabia que tinha um escritório. - A morena falou rindo, o fazendo rir também.

- É só entrar no meu quarto, e vai ver uma porta preta...É ali. Pode usar a vontade.

- Muito obrigada.

Toni iria realizar seu sonho de bancar a Regina George. Foi até o quarto de Clifford, vendo Penélope dormindo com um livro apoiado em seu peito. Andou em passos silenciosos até a porta preta, e quando abriu, seu queixo quase caiu no chão. Que escritório lindo! Tudo tão, mas tão moderno, que a morena ficou observando por longos minutos tudo aquilo, até ir direto na impressora.

Passou as fotos para o notebook, com o cabo de iPhone que achou ali. Logo as imprimiu, foram mais de 90 cópias, ela só sabia sorrir. Saiu saltitando daquele escritório, e quase acordou Penélope, mas quase mesmo.

Toni guardou as cópias na mochila em seu quarto, tomou um banho rápido e logo colocou seu pijama azul. Prendeu o cabelo em um coque frouxo, e foi até o quarto de Cheryl, que continuava dormindo. Deitou na cama, e abraçou o corpo de sua namorada por trás. A ruiva murmurou algo, mas ao sentir os braços de Toni em torno de sua cintura, relaxou e deu um sorriso sonolento, voltando a dormir.

[...]

Toni acordou ouvindo seu celular tocar, afastou, lentamente, Cheryl do seu peito e a ajeitou melhor na cama. Pegou o cobertor, cobriu a ruiva até sua cintura, logo dando um beijo em sua testa. Saiu do quarto, foi até o seu rapidamente, para dar tempo de atender, antes que desligassem. Pegou o celular em cima da cama, e ficou surpresa ao ver quem era.

[Chamada de Fangs mano]

- Fangs? Aleluia. Estou a dias tentando falar com você. - Disse, sentando na cama.

- Me desculpe desligar a ligação na sua cara, e me desculpe não responder as mensagens...- Ele estava com a voz embargada, e aquilo deixou o coração de Toni minúsculo.

- Tudo bem, não precisa chorar. O que aconteceu? - Fangs suspirou, e a morena ficou apreensiva. - O pai fez alguma coisa?

- Eu não sei como contar isso, ainda mais por ligação.

- Fangs, o que está acontecendo?

- É sobre ele, nosso pai...- Murmurou, quase que Toni não ouviu.

- O que ele fez com vocês? Diga logo. - Estava assustada com todo aquele suspense.

- Só consegui ligar para você agora, porque eles não estão em casa. A mãe e o pai não querem que eu fale contigo, nem com o Sweet Pea. Eles não querem que eu conte a verdade, porque acham que vocês dois não merecem, já que não viajaram junto.

- Mas que verdade é essa?

- Lembra da tia Suzan? - Assentiu.- Era mentira deles. A tia Suzan nem mora nessa cidade, eles só viajaram porque o pai está doente.

- Doente? - Toni estava boquiaberta. - Como assim "doente"? - Fangs suspirou, segurando o choro.

- Nosso pai está com câncer, e está por um triz de perder a vida.

- Você só pode estar brincando comigo. - Disse incrédula. - Como não sabíamos disso?

- Eles estavam escondendo da gente, Toni. Lembra quando a mãe disse que também não queria ver a Suzan? Era mentira, um teatro todo, ela sabia que a gente não ia querer vir. Mudaram pra cá, porque a casa fica do lado do hospital, e você não entende o inferno que está sendo morar aqui. O pai não queria aceitar a medicação, jogava as coisas longe quando a mãe entregava, e agora ele mal sai da cama. Eu e a mãe viramos babás dele.

- Não tem cura? - Toni estava sem reação.

- Não. E foi um choque quando me contaram, foi horrível. Eu iria rapidamente ligar para você, e o Sweet Pea , mas os dois acham que vocês não merecem saber. Na verdade, o pai acha, porque a mãe queria contar, só que ele a proibiu. Preciso desligar, acho que eles chegaram.

𝐭𝐫𝐮𝐬𝐭 𝐦𝐞 • 𝐜𝐡𝐨𝐧𝐢 Onde as histórias ganham vida. Descobre agora