Capítulo 34 - Sintomas de amor.

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ALERTA DE FOFURA! 3/4

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Cheryl esqueceu um pouco sobre o que aconteceu mais cedo, a dor estava um pouco menor e Toni fazia ela se sentir segura em seus braços. A ruiva estava sentada no meio das pernas da morena, Toni abraçava ela pela cintura e apoiava o queixo em seu ombro. As duas estavam vendo um filme e comeram quase todos os doces juntas. 
 
Toni começou a sentir seus olhos pesando e acabou cochilando no ombro da Cheryl, que também estava com sono e se deixou levar, tombando um pouco a cabeça pro lado e encostando no peito da morena.
 
Quando Clifford e  Penélope chegaram em casa, a mãe subiu a escada pra ver como Cheryl estava e levou um susto quando acendeu a luz e viu Toni ali abraçada nela. As duas estavam dormindo abraçadas, a cama estava cheia com papel de doces e chocolate, havia uma pelúcia de panda rosa desconhecido por ela junto com as meninas. Penélope olhou pro rosto de Cheryl e viu que em sua testa tinha um enorme curativo, ficou preocupada mas não acordou ela, resolveu perguntar depois e fechou a porta.
 
Com o barulho da porta, Cheryl acordou meio confusa e sentiu o queixo da morena em seu ombro. Deu um sorriso ao perceber que Toni havia dormido abraçando ela.

- Toni...- Falou baixinho virando o rosto e deixou um pequeno beijo na bochecha dela. - Acorda, amor.
 
Toni acordou e sorriu por ver os olhos castanhos a fitando, abraçou Cheryl mais apertado e murmurou "Hmmm que preguiça".

- Podemos dormir mais um pouco. - A ruiva olhou no relógio de coração vermelho na parede. - São sete horas.

- Então vamos. - Toni falou derrotada pelo sono.
 
As duas se ajeitaram na cama mas antes a ruiva jogou os papéis de doce dentro das sacolas. Toni abraçou a Cheryl por trás e enterrou o rosto em sua nuca, sentindo a vizinha entrelaçavar suas pernas. As duas estavam quase dormindo de novo, mas o celular da morena começou a tocar em seu bolso.

- Ah não. - Resmungou contra a nuca da Cheryl, que riu mas por dentro estava irritada também.
 
Ela pegou o celular com uma mão, mas com a outra continuava abraçando a ruiva.
 
Chamada de Veronica.

- Oi, Toni caminhoneira. - Falou animada.

- Oi.

- Que seca!! Não viu a Cherylzinha hoje? - Cheryl ouviu e riu de leve, virou seu corpo pra Toni e escondeu o rosto em seu pescoço.

- O que você quer, Ronnie? - A morena falou rindo.

- Eu estava falando com a Betty e Josie no grupo, mas como sempre você não estava on, prefere dar uns beijos do que suas amigas. - Toni riu do drama. - Vamos fazer um dormidão aqui em casa amanhã e...

- Você não poderia ter falado isso amanhã de manhã, drama queen?

- Deixa eu terminar, rabugenta! - Veronica bufou. - E queremos que leve a Cheryl.

- Tudo bem, irei falar com ela.

- Tchau, Tonigayzinha. Até amanhã.

- Até amanhã, embuste.
 
Ela desligou a ligação e ouviu Cheryl rindo em seu pescoço.

- O que foi, Cherry? - Perguntou rindo também.

- Ela chamou você de caminhoneira, Tonigayzinha, rabugenta...- A ruiva fitou os olhos castanhos de Toni. - E você chamou ela de embuste.

- É a coisa mais natural entre nós. - Toni disse rindo. - Então...- Sorriu de lado. - Aceita ir amanhã dormir na casa dela?

- Você acha que suas amigas vão gostar mesmo de mim? - Perguntou insegura.

- Claro que eu acho, na verdade eu tenho certeza.

- Mas e esse meu machucado na testa, o que elas vão pensar?

- Não importa, Cherry. E além do mais elas sabem da Jade. Ah, e a Josie vai estar lá. - Cheryl ficou um pouco pensativa, mas Toni queria muito que ela fosse. - Por favor, vai...- Fez um biquinho implorando. - Sem você não vai ter graça.

- Ok, Toni. Eu vou...- Cheryl suspirou derrotada e ganhou muitos beijinhos em seu rosto, Toni sem querer deu um pequeno beijo em sua testa e a ruiva sentiu uma dor absurda.

- Desculpa, desculpa, desculpa. - Toni falou afobada abraçando a ruiva, que começou a rir pelo jeito dela.

- Tudo bem. - Cheryl segurou no rosto da morena e beijou seus lábios.

- Eu preciso ir pra casa revisar a matéria.
 
A ruuva fez um biquinho fofo e cruzou os braços, não queria que Toni fosse embora. A morena sorriu de lado e sentou na cama.

- Amanhã eu volto, Cherry. - Fez carinho no cabelo dela. - Te busco pra gente ir na casa da Ronnie, então não esquece de pegar pijama, biquíni e essas coisas. Ah, e toma cuidado com sua testa, tranca a porta da frente e...

- Toni, para! - Cheryl falou rindo e sentou com perna de índio, logo esticou o braço e pegou o panda. - Eu vou me cuidar. Prometo. - Beijou os lábios da morena.

- Eu gosto tanto de você, Cheryl...- Toni sorriu e fez carinho na bochecha da ruiva, que estava sorrindo feito boba olhando nos olhos da morena. - Não quero que aconteça nadinha com essa pessoa tão linda e especial. 

- Você me deixa tão envergonhada. - Cheryl falou colocando a mão na nuca da morena, colando um pouco seus rostos. - Isso é um sintoma do amor?

Toni a olhou surpresa, não esperava por aquela pergunta. Deu um sorriso tão lindo que faz a ruiva suspirar contra sua boca.

- Eu acho que é. - Deu um selinho na Cheryl. - Você já sentiu amor antes, Cheryl?

- Amor de verdade não. - Ela estava hipnotizada naqueles olhos brilhantes, assim como Toni estava nos seus olhos castanhos.

- E porque você acha que é um sintoma de amor? - A morena não conseguia esconder o sorriso. - Você sente amor por mim?

Cheryl estava a ponto de explodir com vergonha, mas a vizinha estava cautelosa olhando em seus olhos, não queria apressar ela em relação aos seus sentimentos, apenas sentia que a ruiva queria falar disso agora.

- Eu sinto amor por você, Toni. - Escondeu o rosto no pescoço de Toni, que sorriu a abraçando pela cintura. -Eu acho que amo você. - A morena ao ouvir aquilo sentiu mil borboletas no estômago.

- E porque você acha, Cherry? - Toni começou a fazer carinho no cabelo da ruiva sem tirar o sorriso do rosto.

- Quando estou ao seu lado é perfeito. - Olhou nos olhos dela. - Toni, nessas poucas semanas percebi que minha cabeça só pensa em você. Uma pessoa nunca fez isso comigo, ninguém mesmo! E eu acho que amo você por todos os sentimentos que sinto quando você chega, ou quando nos beijamos, abraçamos e conversamos. Até mesmo quando sinto seu perfume.
 
Cheryl estava com os olhos marejados esperando uma resposta da Toni, que em menos de segundos finalmente grudou suas bocas em um beijo apaixonado. Suas mãos estavam emaranhadas no cabelo da ruiva enquanto sentia as unhas da Cheryl em sua nuca, arranhando delicadamente e aquilo fazia o corpo da Toni arrepiar inteiro. A morena finalizou o beijo porque estava quase faltando o ar, as duas se olharam nos olhos e sorriam abertamente.

- Eu não acho que amo você. - Toni disse firme e Cheryl mudou a expressão na mesma hora, desgrudou seus rostos e sentiu a pior sensação do mundo.

- Você...- Seus olhos começaram a marejar na mesma hora. - Acha que não?

- Não...- Toni sorriu. - Porque eu tenho certeza que amo você, Cherry.

𝐭𝐫𝐮𝐬𝐭 𝐦𝐞 • 𝐜𝐡𝐨𝐧𝐢 Onde as histórias ganham vida. Descobre agora