Toni estava surpresa por ouvir a voz da Cheryl, rapidamente olhou pra trás e viu a ruiva sentada na cama a olhando.
- Você falou comigo? - Perguntou sorrindo, indo até a cama. Ela já sabia a resposta mas queria ouvir de novo. Cheryl estava envergonhada, saiu tão sem querer que ela ficou tão surpresa quanto à vizinha.
- Repete. - Sentou ao seu lado. - Se não repetir, eu vou embora.
Toni sabe ser chantagista, mas a ruiva não falou nada, então Toni ameaçou levantando e indo até a porta.
- Por favor...- Cheryl falou a olhando. - Não vai embora, eu não quero ficar sozinha.
- Eu não vou deixar você sozinha. - Toni falou fitando os olhos castanhos de Cheryl. - Você nunca falacom as pessoas? - Perguntou sentando de novo ao lado dela.
- Não...- Desviou o olhar, fitando a televisão desligada.
Elas ficaram sem falar por um tempo. Cheryl estava envergonhada e Toni não sabia oque dizer. Respirou fundo e olhou a ruiva de novo. Sentou ao lado dela e tocou delicadamente em seu ombro, fazendo Cheryl a olhar.
- Você pode me contar as coisas, tá bem? E pode confiar em mim. Eu sou sua amiga agora, e estou aqui pra qualquer coisa que precisar. Certo? - Falou olhando em seus olhos. - Se você ficar triste e quiser chorar, pode chorar no meu abraço e eu vou tentar te acalmar. Não sei o que aconteceu com você, e não precisa me dizer agora. Eu quero que me deixe te ajudar a ficar feliz, mas pra isso eu preciso que você confie em mim.
Cheryl ao ouvir aquilo abraçou Toni pela cintura, fazendo a morena ficar surpresa e a abraçar apertado. A ruiva precisava ouvir isso, e sentia que podia confiar em Toni. Ela queria ficar bem, e precisava de ajuda.
As duas não queriam sair daquele abraço apertado. Cheryl se sentia segura, e Toni não queria soltar a ruiva, também não queria voltar pra casa e deixar ela sozinha outra vez. A morena começou a fazer carinho no cabelo da ruiva, com o queixo apoiado no topo de sua cabeça. Cheryl fechou os olhos pra sentir o carinho, e abraçou Toni mais apertado, escondeu mais ainda o rosto em seu pescoço e suspirou, fazendo a vizinha arrepiar.
- Porque ficou irritada comigo? - Toni perguntou sem parar o carinho, e sem sair do abraço. Cheryl pensou em não responder, mas precisava dizer a verdade.
- Não quero atrapalhar sua vida, você poderia ter saído com essa Jade. - Respondeu contra seu pescoço.
- Não tenho dúvidas que ficar com você essa noite foi mil vezes melhor.
- Sério? - Fitou os olhos castanhos de Toni.
- Sério. - Falou sincera, e Cheryl deixou escapar um sorriso, que sem duvidas não passou despercebido pela morena. - Pode me responder uma coisa? - Fez carinho na bochecha da ruiva.
Cheryl assentiu com a cabeça, sentindo o carinho delicado na bochecha esquerda.
- Você nunca falou com seus pais?
- Eu falava bastante, era uma pessoa muito alegre e sinto falta disso as vezes. - Sentiu seus olhos marejarem. - Queria que tudo fosse como era antes. - Suspirou na tentativa da vontade de chorar ir embora. - Mas eu não quero que meus pais saibam que eu falei.
- Porque não? - Toni perguntou confusa. - Você mesma disse que sente saudade de como tudo era antes.
- Só por favor não fala pra eles. Promete? - Deixou uma lágrima escapar, e o coração deToni queria prometer, mas a mente dela não. Ela queria que os pais da vizinha ficassem felizes por isso, eles queriam a filha bem e a fala dela já era um grande passo.
Toni limpou delicadamente a pequena lágrima de Cheryl, que ainda estava esperando a resposta. Ela não queria que seus pais soubessem, iam fazer muitas perguntas e também iriam querer dialogar com ela. Cheryl só queria falar com a Toni e ponto final. Não iria falar com mais ninguém, achava que não era preciso e não faria mais isso, apenas com a vizinha.
- Tudo bem. - Suspirou. - Eu prometo que não vou falar pros seus pais.
- Obrigada. - Abraçou Toni mais uma vez.
- Eu gosto do seu abraço. - Toni falou sorrindo, abraçando forte a ruiva em seus braços.
- Eu também.
E mais uma vez elas ficaram naquele abraço apertado, sentindo uma a outra. Aquilo estava começando a ficar normal pra elas, e as duas estavam gostando tanto daquilo.Toni tinha muitas perguntas pra fazer, mas preferiu deixar pra outra hora, não queria deixar Cheryl desconfortável de novo. Ainda não era hora de fazer perguntas.
- Amanhã vamos usar aquela piscina, o que acha? - Perguntou separando o abraço, mesmo não querendo.
- Faz muito tempo que eu não vou lá. - Cheryl falou tímida. - E eu não sei nadar.
- Então amanhã eu vou te ensinar a nadar. - Falou falou sorrindo. - Eu amo nadar. Você sabe mergulhar?
- Não...- Ficou vermelha, fazendo Toni rir pela fofura.
- Isso que vamos fazer amanhã. - Disse animada, fazendo Cheryl sorrir. - Aquela piscina precisa de uso.
Ouviram batidas na porta e Penélope apareceu, queria saber como estavam as coisas.
- Só pra avisar que voltamos. - Falou observando a cena das duas bem perto uma da outra. -E trouxemos torta de chocolate pra vocês. Está lá embaixo, na cozinha.
- Cheryl, seus pais são perfeitos! - Toni falou perplexa. - Vocês querem me adotar? - Perguntou rindo, fazendo a mãe da vizinha rir.
- Seus pais não iriam gostar de uma adoção. - Falou ainda na porta. - Mas pode vir, e ficar aqui quando quiser.
Cheryl gostou de seus pais terem achado a Toni uma pessoa legal, até porque ela queria ver a vizinha mais vezes, e se eles não gostassem dela sem duvidas nunca maisiriam se ver.
- Filha, tenta levantar e ir lá comer a torta com a Toni, certo?
Toni queria ouvir ela falando com os pais, mas a ruiva continuou apenas olhando amãe.
- Nós já vamos descer. - Toni falou pra quebrar o gelo.
Penélope assentiu e saiu do quarto, e na mesma hora Toni olhou pra Cheryl.
- Você quer a torta? - Perguntou loucapra ouvir um sim.
- Não. - Falou fitando os olhos castanhos de Toni. - Mas você quer, né? - Riu e Toni assentiu. -Certo,então vamos.
Toni não esperava por essa reação da vizinha, mesmo que fosse apenas pra pegar um pedaço de torta. Ficou abobalhada olhando Cheryl levantar e ir até a porta.
- O que foi? - A ruiva perguntou envergonhada sobre o olhar de Toni.
-Não, nada.
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𝐭𝐫𝐮𝐬𝐭 𝐦𝐞 • 𝐜𝐡𝐨𝐧𝐢
FanfictionCheryl Blossom entra em depressão profunda depois de perder seu irmão gêmeo em um acidente de carro. Não fala, não sai de casa, não quer comer e não quer viver há sete meses. Os pais da garota não sabem mais o que fazer. Depois de tantos psicólogos...