𝐭𝐫𝐮𝐬𝐭 𝐦𝐞 • 𝐜𝐡𝐨𝐧𝐢

Capítulo 16 - Talvez com você dê certo.

Vim pra avisar, que eu vou postar 3 capítulos por dia. Aproveitem o capítulo. Compartilhem, votem, comentem. ❤

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Depois do beijo, Toni se sentiu a pior pessoa do mundo por ter imaginado Cheryl ali ao invés de sentir a Jade. Ela sorriu sem graça, ofegante olhando nos olhos verdes da colega.

- Acho que a bebida não me caiu bem. - Mentiu ao sussurrar no ouvindo de Jade.

- Quer ir embora? - Falou alto quando as duas se separaram. Toni assentiu.
 
As duas saíram da boate e entraram no carro, Jade também não estava se sentindo bem, a diferença é que não estava fingindo como a morena ao seu lado.

- A noite foi divertida, Toni. - Falou prestando atenção no trânsito. - Devemos sair mais vezes.

- Também acho. - Sorriu de lado.
 
Ela não estava mentindo, gostou da noite com a Jade mas não esperava imaginar Cheryl durante o beijo delas.
 
Assim que Jade estacionou em frente à casa, se atreveu a dar um selinho na Toni, que sorriu sem graça. Quando a morena saiu do carro, praticamente correu pra dentro de casa e fechou a porta. Ela estava complemente chocada por pensar em Cheryl durante o beijo, era isso que ela precisava, beijar Cheryl.
                             
[...]
 
Era sábado, e como de costume Toni iria fazer maratona de American Horror History com o Fangs e Sweet Pea. Apesar das brigas, eles eram irmãos e se amavam, sempre que podiam passavam um tempo juntos e sábado era como um dia sagrado pra ver série.

- Fangs, vai fazer a pipoca. - Toni falou descendo o último degrau da escada.

- Porque eu? - Perguntou incrédulo no sofá. - Faz você.

- Mas quem gosta de pipoca é você, idiota.

- Sweet Pea...- Fangs suplicou ao lado dele. - Por favoooor.

- Eu não vou fazer a pipoca. - Falou concentrado no celular.

- Por favorzinho. - Deitou a cabeça no ombro dele. Sweet Pea bufou e se deu por vencido, levantou e foi até a cozinha.
 
Assim que o irmão mais velho fez a pipoca, Toni sentou no sofá e ligou a televisão, colocaram na netflix e começaram a maratona de série.
 
A campainha começou a tocar loucamente, Sweet Pea e Fangs olharam pra Toni, que bufou, deu pause na série e levantou pra abrir a porta.

- Penélope, oi. - Falou simpática ao ver a mulher, ela parecia preocupada e Toni se desesperou ao pensar que poderia ter acontecido algo com a Cheryl. - O que aconteceu?

- Preciso que vá lá em casa, a Cheryl não acorda e com você talvez de certo.
 
A morena automaticamente fechou a porta e foi pra casa da Penélope sem chinelo e de pijama, não estava nem aí pra roupa, Cheryl não estava bem e precisava de ajuda. Clifford esperava as duas com a porta aberta.

- A gente já sacudiu, já gritamos, ameaçamos e ela não acorda de jeito algum. - Penélope falou desesperada quando entraram dentro de casa.

- Calma, vamos dar um jeito. - Toni falou subindo a escada, sendo seguida pelos pais apavorados.

 Eles entraram no quarto e Cheryl continuava na mesma posição, ela estava de olhos fechados e virada pra cima. Toni respirou fundo e fez carinho no rosto delicado da ruiva.

-Cheryl, acorda! - Falou um pouco alto. - Vamos, acorda. - Sacudiu ela e nada. - CHERYL!
 
A morena começou a ficar desesperada porque a ruiva não mexia um músculo se quer.

- Liguem pra ambulância! - Falou olhando Clifford  e Penélope.
                           
[...]
 
A ambulância chegou e levaram Cheryl pro hospital, lá eles descobriram que a garota tomou remédios demais e iriam fazer uma lavagem em seu estômago.

Não era intensão da ruiva ficar desse jeito, ela só queria dormir mas seu corpo não reagia nunca com os remédios, então foi tomando até sentir os efeitos e pegar em um sono quase profundo.
 
Toni voltou pra casa e calçou um chinelo, suplicou que sua mãe a levasse no hospital pra ver a Cheryl, ela não poderia andar de bicicleta até lá nervosa daquele jeito. Claro que sua mãe ao ver o desespero da filha levou ela até o hospital, e também a acompanhou ao descer.
 
Toni viu Clifford e Penélope na sala de espera e correu até eles com sua mãe.

- O que ela tem? - Perguntou roendo os cantos das unhas, em um ato de nervosismo.

- Eles falaram que ela tomou remédios demais noite passada. - Clifford falou. -  Estão fazendo uma lavagem estomacal.

- Mas ela parecia tão bem ontem à tarde. - A morena falou triste sentando ao lado deles. - Porque ela faria isso? - Suspirou.

- Não é a primeira vez, Toni. - Penélope falou tentando tranquilizar a morena. - Ela vai ficar bem.

Toni estava sem reação com tudo aquilo. Como assim não era a primeira vez, e porque os pais dela estavam tão tranquilos? Isso não deveria ser natural. Ela estava preocupada com a Cheryl, não imaginava que aquilo ia acontecer.
 
O médico apareceu e contou que a paciente já estava melhor, e acordada, falou que ela vomitou muito e estaria fraca pra qualquer atividade, mas amanhã já estava liberada pra ir embora. Toni estava tentando processar tudo que havia acontecido, e queria ver logo a ruiva.

- Dois por vez. - O médico explicou o número de pessoas que era autorizado a visitar o quarto.

- Vai com a Toni. - Penélope disse pro marido.

- Não! Você é mãe dela. - Toni falou.

- Mas tenho certeza que ela vai ficar mais contente em te ver do que me ver.
 
A morena não insistiu muito porque queria ver logo a Cheryl, foi até o quarto com Clifford enquanto Katy e Penélope conversavam na sala de espera.
 
Ao entrar no quarto, Toni deu um sorriso de lado por ver a ruiva tão serena de olhos fechados. Ela sabia que Cheryl estava acordada, o médico já tinha avisado.

- Cherry, sou eu.
 
Cheryl imediatamente abriu os olhos e fitou uma Toni extremamente preocupada ao lado do leito. Ela queria falar com a morena mas notou seu pai ali.

- Você está bem? - Perguntou pegando delicadamente na mão da ruiva, que assentiu entrelaçando seus dedos. - Nunca mais me assuste desse jeito.
 
Cheryl sabia que todos estavam achando que era outra tentativa de suicídio, mas ela queria que Toni soubesse que não. Queria que a morena soubesse que ela tomou os remédios pra dormir e passou da conta nos comprimidos.