Capítulo 18 - Sorvete

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2/3. Aproveitem o capítulo❤

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Cheryl acordou no hospital irritada porque a Toni não estava mais ali abraçando ela, cruzou os braços e automaticamente um bico manhoso se transformou em seus lábios. Ela odiava estar ali, lembrava do dia que aconteceu o acidente mais trágico onde perdeu seu irmão gêmeo. 
 
Clifford estava no quarto com ela enquanto Penélope foi em casa pegar roupa pra Cheryl sair do hospital amanhã. Ele percebeu que a filha acordou assim que ela cruzou os braços.

- Oi, filha. - Falou levantando da poltrona. - Sua mãe foi buscar roupa pra você.
 
Ela não queria saber isso, e sim onde estava a Toni.

- Toni foi pra casa com a mãe dela. - Leu os pensamentos da filha. - Se é isso que está passando pela sua cabecinha. - Sorriu. - Não tente mais se machucar, não sabe o quanto dói.
 
Cheryl não queria dormir no hospital, ela estava revoltada por ter que suportar aquele lugar de novo. Respirou fundo e virou pro lado, se tapando até os ombros.
 
Enquanto isso, Toni estava jantando com a família e só pensava na ruiva sozinha no hospital. Sabia que a Cheryl estava com os pais, mas não era a mesma coisa, ela queria fazer companhia e deixar a ruiva bem.

- Toni, tudo bem? - Fangs perguntou ao ver que a irmã estava olhando distraída a comida no prato.

- Tudo. - Sorriu de lado e a olhou.

Katy olhou Toni e na hora percebeu o motivo da tristeza.

- O que aconteceu mais cedo? Você saiu de casa correndo. - Sweet Pea perguntou.

- A Cheryl passou mal, e eu fui ajudar...

- Quem é Cheryl? - Seu pai perguntou, e a filha não o respondeu. - Estou falando com você, Antoinette.

- É a vizinha. - Fangs falou pra quebrar o gelo.

- Enfim... - A morena disse. - Acabou que ela foi parar no hospital e está até agora lá.

- O que ela tem? - O irmão falou entendendo porque Toni estava triste.

- Nada grave. - Assentiu. - Bem... -  Toni falou levantando com o prato nas mãos. - Eu vou deitar. A comida estava ótima, mãe. Boa noite.
 
A morena colocou o prato na pia e foi pro quarto, deitou na cama e suspirou.
Ela queria falar com a Cheryl, mas a ruiva não tinha celular.

Entrou nas mensagens e o grupo com as amigas estava agitado.

 [Josie/21:20] : Cadê a Toni? A única que não visualizou as mensagens.

 [Veronica/21:20] : Deve estar na cama com a Jade KKKKKKKK

 [Toni/21:21] : Não posso ficar longe 1 segundo que vocês já sentem minha falta.

 [Betty/21:21]: Coitada, tá se achando.

 [Josie/21:22] : Toni contou que está apaixonada pela vizinha? Kkkkkkk

 [Veronica/21:22] : KKKKKK EU SABIA.

 [Betty/21:22] : KKKKKK somos demais, Ronnie.

 [Toni/21:23] : Josie anda dando informação errada pra vocês.
 
[Josie/21:24] : Conta outra, Toni KKKKK.
 
[Betty/21:24] : Queremos conhecer a garota que roubou seu coração, Tonizinha.

 [Veronica/21:24]: Ela deve ser muito gata pra Toni ter se apaixonado tão rápido.

 [Toni/21:25] : Vão dormir! Boa noite.
 
A morena bloqueou o celular e riu sozinha, suas amigas eram as melhores. Não seria má ideia a Cheryl conhecer elas, afinal, sem duvidas a ruiva ia adorar.
 
Toni levantou morrendo de preguiça e foi tomar banho, escovou os dentes e mesmo assim a ruiva não saia da cabeça dela. Respirou fundo e se atirou na cama de novo após desligar a luz. Se aconchegou na cama e ouviu a porta abrir, a fazendo olhar.

- Você está bem, filha? - Sua mãe perguntou ligando à luz de volta. A morena assentiu. - Cheryl vai ficar bem, não se preocupe.

-.Eu sei, mas...- Suspirou. - Queria saber como ela está agora, e nem celular ela tem.

- Amanhã ela volta pra casa e você já vai poder ver ela, tá bem? - Assentiu. - Boa noite.

-Boa noite, mãe.
                           
[...]
 
Era de manhã quando Cheryl teve alta, depois de uns pequenos exames ela já estava bem e o médico indicou ir um psicólogo, outro, no caso. Clifford e Penélope ouviram a indicação mas não iriam mandar a filha pra outro psicólogo porque sabiam que ia dar em nada como em todos os outros.
 
Ao chegar em casa, Cheryl não acreditou no que estava vendo, Toni estava na porta da frente esperando por ela. A ruiva mal esperou Clifford estacionar pra abrir a porta e sair correndo eufórica em direção a Topaz. Se atirou nos braços abertos da Toni, as duas estavam tão felizes por se ver.

- Oi, ruivinha. - A morena falou abraçando apertado Cheryl, que sussurrou um pequeno "Oi, Toni" perto de sua orelha, pra apenas ela ouvir.

 Elas se olharam e Cheryl se sentia hipnotizada com aqueles olhos castanhos. Ela queria beijar os lábios rosados da morena ali mesmo.
 
Clifford e Penélope olhavam a cena sorrindo por ver a filha feliz, e resolveram deixar as duas sozinhas. Entraram dentro de casa radiantes.

- Eu fico tão feliz que você está bem. -
Toni falou fazendo carinho na bochecha da ruiva, que sorriu e não desgrudou do abraço.

- Eu fico tão feliz por ver você. - Beijou a bochecha da morena.

- Espero que não tome mais tantos calmantes pra dormir.

- Eu não vou, Toni. - Sorriu de lado, sentindo o carinho delicado em sua bochecha. - Eu quero sorvete.

- Quer? - Toni perguntou rindo. - São oito horas da manhã, Cheryl.

- Mas eu quero. - Fez um biquinho lindo, fazendo a morena suspirar.

- Tem um pote lá em casa, quer ir lá?

- Quero!!! - Falou animada em seus braços. Toni riu por tamanha fofura e pegou na mão da ruiva indo até sua casa.
 
Quando chegaram na casa da morena, ela guiou Cheryl até a cozinha e soltou sua mão.

- Pode sentar aí, Cheryl. - Falou apontando pra bancada de mármore.

- Você falou que minha casa é linda, mas a sua também é. - Disse sentando na bancada. Toni riu enquanto abria o freezer.

- É, mas não tanto quanto a sua. - Tirou o pote de sorvete lá de dentro e os olhos da ruiva brilharam. - Eu queria uma piscina aqui.

- Pode ir lá em casa quando quiser pra tomar banho de piscina. - Falou sincera observado a morena pegar duas colheres na gaveta branca. - E me ver. - Corou intensamente, fazendo Toni sorrir boba.

- Acho que só nadar na piscina e ir embora tá bom. - Debochou. Cheryl cruzou os braços incrédula de ouvir aquilo. - Mentira, Cheryl. - Falou rindo entregando o pote de sorvete pra ela.

- Eu acho bom mesmo. - Toni sentou ao seu lado e pegou uma das colheres cravadas no sorvete de chocolate. -Hoje nós vamos sair? - Falou deitando a cabeça no ombro da morena, enquanto saboreava o soverte.

- Você quer? - Toni perguntou com medo de ouvir um não.

- Quero, Toni. - Olhou nos olhos castanhos de novo. - E eu pensei em um lugar.

- Hmmmm. - Sorriu. - Que lugar?

-Bayfront.

-Bayfront park? - Cheryl assentiu. - Lá é lindo, Cherry.

-Muito, eu costumava ir lá demais. -Falou nostálgica, fazendo Toni sorrir.

- Busco você na minha carruagem depois do almoço. - Deu um beijo gelado na bochecha da ruiva. - Vulgo minha bicicleta.

- Não sabia que andava de bicicleta, Toni.

- Eu tenho carteira de motorista mas meu pai não deixa mais eu usar o carro, e nem a moto. - Cheryl olhou incrédula pra ela.

- Porque ele faria isso?

- Hoje à tarde eu explico pra você. -Sorriu de lado, e a ruiva assentiu.

- Agora já sei onde vir quando eu quiser sorvete. - Debochou rindo.
 
A alguns dias atrás, Cheryl não se permitia sair de casa pra tomar sorvete em qualquer lugar que fosse, e também não sentia essa vontade, muito menos saía de casa, também não estava falando. Toni não percebeu o bem que fez pra ela, talvez não imagina tudo o que aquela ruiva está passando.

𝐭𝐫𝐮𝐬𝐭 𝐦𝐞 • 𝐜𝐡𝐨𝐧𝐢 Onde as histórias ganham vida. Descobre agora