21. A daughter?

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Olaaaaaaaaaaar, olha eu aqui!
A produção me informou aqui aos 45 do segundo tempo que amanhã é aniversário da @MariaSobral8 então esse cap vai de presente pra ela! ahsudhsa Obrigada pelo apoio, sua linda!! Parabeeéns e tudo de melhor pra você hoje e sempre! <3

Bora pro cap de hoje que to ansiosa! 
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"Eu não era acostumada a me importar tanto assim com as pessoas, até conhecer você." – Pequena Sereia

— Silenciou sua mãe por quanto tempo? - ela perguntou calma, sem julgamentos ou expectativas.

— Só naquele dia. - falei calma. – Ainda não sei se vou silenciar novamente amanhã.

Era uma noite estrelada na nossa sala do Knoü, eu não visitara meus pais na última sexta, mesmo dia em que conhecera Machine. E hoje estávamos aproveitando o pouco tempo que tínhamos antes de cairmos no sono. Lauren provavelmente dormiria antes de mim e seria deslogada como vinha ocorrendo nas últimas semanas, mas ela parecia cada vez mais resistente aos nossos horários doidos. Por falar nisso, era muito estranho pensar em "nossos horários".

— Lembra que te disse que o Machine me contou umas coisas sobre as pesquisas com o ar e os Respiradores? - questionei e vi seus olhos verdes logo abaixo de mim enquanto ela assentia em reconhecimento. - Ele me passou os arquivos e eu passei a semana inteira lendo, a linguagem é meio difícil. - admiti franzindo o cenho ao me lembrar.

— Ah sim! Cientistas vivem travando uma batalha pra tentar escrever de forma mais acessível. - ela balançou a cabeça em negativa.

— Não parece. – eu ri nervosa. - Eu li textos muito mais antigos no meu curso e que pareciam infinitamente mais fáceis. - reclamei erguendo as mãos.

— Porque você já estava acostumada com a linguagem. - ela disse simples. - aposto que se eu te passar um texto simples da minha área você também vai ficar perdida no começo e vice-versa.

— Você tem que ser sempre tão sensata? – questionei franzindo o cenho ao me dar conta de que ela provavelmente tinha razão. Ela deu de ombros e fez uma cara inocente. – Sabe, o que ele disse era inteiramente corroborado pelos artigos.

— Quero ler depois também. – ela disse. – Nunca ouvi falar disso.

— É, parece ser tipo uma teoria da conspiração quando a gente ouve né? – questionei meio que retoricamente, mas ela acenou que sim.

— Parece muito. – disse com um tom de relutância.

— Por isso eu resolvi ler com meus próprios olhos. – falei. – Não só ler, como também procurar saber quem eram os autores daquilo e se os métodos que ele utilizaram pareciam bons para o tipo de trabalho que estavam fazendo, o que foi particularmente difícil porque eu não entendia nada além do básico sobre análise de qualidade de ar... e considerando a situação nem sabia se era possível confiar em algo que aprendi na escola. – desandei a falar e ela me olhou estranho. – Que foi?

— É encantador te ver falar sobre algo assim. – ela disse me olhando nos olhos de um jeito tão...que palavra poderia descrever isso? Não sei, só sei que me deixou desconcertada o suficiente pra fazer com que eu levasse minha mão aos seus olhos e os tapasse enquanto ria nervosa.

Ela, deitada em meu colo, tentou destapar os olhos inutilmente enquanto eu ria com as bochechas quentes de tão tímida.

— Camz. – falou eu eu admirei seus lábios se moverem pra formar meu nome. – Deixa eu olhar pra você. – pediu fazendo um bico em seguida.

AwayOnde as histórias ganham vida. Descobre agora