Capítulo 24 - Mari

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 Pai, você não foi tão presente na minha como deveria ser.

Não tive seu sorriso, olhar e carinho quando mais precisei.

Não escutei suas broncas e risadas, apenas seu silêncio.

Eu cresci sentindo raiva do senhor por me privar desses momentos, mas nesses poucos meses que passamos juntos a minha raiva simplesmente acabou e todo o amor prevaleceu. Por pouco tempo eu tive o meu pai de volta.

Esses meses foram os melhores de toda a minha vida e os guardarei para sempre em meu coração. Obrigado por ter sido meu pai, devo a você o homem que sou hoje.

Te amarei eternamente.

Saudades

Desde o dia do enterro do pai do Tony que estamos revezando entre o apartamento dele e o meu. Quase como antes, só que sem sexo e beijos. Não que eu não sentisse vontade, pelo contrário, fazia uma força quase animal para resistir, pois cada vez que sentia seu corpo encostar-se ao meu, aquela região entre minhas pernas faltava pegar fogo.

Amanhã partiremos cedo para Campinas. Houve uma mudanças de planos de última hora e íamos passar a ceia de natal na casa dos pais da Alice.

Como eu ia junto com o papai e a mamãe, achei melhor dormir na casa deles.  O Tony fez uma carranca maior do mundo. Foi um custo convencê-lo de que era para evitar transtornos. Ele aproveitou e foi dormir na casa do Rafa, já que ia de carona com ele e a Duda.

A viagem foi super tranquila. Saímos de São Paulo não era nem sete horas da manhã. Chegamos em Campinas, na casa dos pais da Alice, por volta das nove e pouca.

Alguns de seus parentes já tinham chegado. Sua prima, Nick com a filhinha, Julie. A Alice já tinha me falado delas. Ela era madrinha daquela linda menininha junto com seu irmão.

Durante o dia nos reunimos em torno da piscina e a noite fizemos uma linda ceia para celebrar o natal. Volta e meia eu pegava o Tony me olhando. Sorria para ele e abaixava a cabeça sem graça.

Depois da ceia sentamos na varanda e fizemos a troca de presentes. A parte que eu mais gostava. Desde quando eu era criança. Claro que depois de descobrir que Papai Noel não existia. Que era vovô que se fantasiava. Eu chorei muito no início, mas depois fiquei feliz porque eu tinha o meu próprio Papai Noel.

Deixei para entregar o presente do Tony por último. Era algo simples, mas que tivesse um significado para ele e para mim.

Esperei todos estarem distraídos e aproximei-me dele. Caminhamos para um local mais afastado, onde ninguém pudesse nos ver.

— Oi... — Sorri. — Feliz Natal! — Abracei ele inalando o seu delicioso cheiro. Aquele que fazia todos os meus sentidos ficarem aguçados.

— Obrigado, anjo. — Beijou a curvatura do meu pescoço provocando arrepios que percorriam todo o meu corpo e fazendo com que minha calcinha quase se dissolvesse de tanto que me deixava excitada.

Depois de longos minutos abraçados, finalmente, nos soltamos e Tony abriu o seu presente. Ele sorriu quando pegou o cordão com o pingente de anjinho e sorriu o sorriso mais lindo do mundo.

— Espero que tenha gostado. Queria te dar algo que tivesse um significado especial para nós dois. Como você sempre me chama de anjo comprei esse pingente para que lembre-se de mim quando olhá-lo e a pedra azul é por causa dos seus olhos que eu tanto amo. — Disse as últimas palavras mais para mim do que para ele.

— Eu amei anjo. — Há muito tempo não via os seus olhos brilharem de felicidade. Fiquei feliz por ter proporcionado isso à ele.  — Também lhe comprei algo. — Enfiou a mão dentro do bolso e tirou uma caixinha e entregou-me.

— O que é? — Perguntei curiosa e sorrindo.

— Abra! — Ordenou. O que me trouxe saudade da época que era dominada por ele.

Abri a pequena caixinha e dentro dela tinha uma correntinha com dois pingentes. Um em formato de coração com um pequeno diamante e outro como se fosse uma medalha com o seguinte dizeres gravados: “Be my...” que significava “Seja minha...” Meu coração acelerou na hora. Sentia como se a qualquer momento ele fosse sair pela boca. Minhas mãos tremia. Não sabia o que ele queria dizer com aquilo.

— Mari, meu anjo, não precisa ficar nervosa. — Segurou minhas mãos. — Não estou te pedindo nada com esse presente. Apenas quis te dar algo que simbolizasse o que era, é e sempre será seu. O meu coração. Desde o dia que coloquei os meus olhos em você que deixei de ser dono dele. Você foi, é e sempre será a única dona dele. Não houve e nunca haverá mulher nesse mudo que me faça sentir especial como me sinto ao seu lado. Sei que não está para “nós” — sua voz soa triste. — e eu entendo complemente. Te dei todos os motivos do mundo para ficar assim. Eu fui um idiota e filho da puta.

— Não Tony. — Interrompi. Não era justo somente ele ser culpado por não estarmos juntos. — Eu também tive minha parcela de culpa sobre nosso término. Fui imatura e ao invés de enfrentar os problema, simplesmente fugi. 

— Não chore. Ainda podemos recuperar o tempo perdido. — Disse enxugando minha lágrima com a ponta do dedo.

— Acabou. Não tem mais voltar atrás. Ambos estamos magoados. O melhor é sermos apenas amigos.

— Mari, nos magoamos sim, mas podemos curar nossos corações. Eu te amo e sei que você me ama. Posso ver em seus olhos. Não tem como negar. Esse pingente simboliza o perdão que ambos necessitamos. Quando estiver preparada para voltar para mim, iremos uni-los em um só como faremos com nossos corpos e almas. Eu vou esperar o seu tempo. Até que eu seja o único homem em sua vida e dono do seu coração.

— Não tem tempo. — Lágrimas e mais lágrimas escorreram pelo meu rosto. — Não existe mais “nós”. — Gritei as últimas palavras e sai correndo. Antes de entrar na casa Tony me chamou e sem resistir virei para trás.

— Anjo, lembre-se, o SEU TEMPO...

Balancei a cabeça negativamente e entrei. Subi os degraus de dois em dois. Queria chegar rápido no quarto que estava dormindo.

Entrei fechando a porta atrás de mim. Cai de bruços e chorei com a lembrança de todas as palavras ditas por ele. Estava me sentindo totalmente confusa. Não sabia o que pensar sobre nós dois.

Em meio a tudo que disse, algo me chamou atenção. O que será que o Tony quis dizer com: “Até que eu seja o único homem em sua vida e dono do seu coração.”

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O capítulo de hoje é dedicado a todas vocês que adoram nossas estórias e que sempre participam.  

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Bmr Arbeit

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Atração do Amor - Série Artimanhas do Destino #2Where stories live. Discover now