Alguns minutos depois meu irmão e o Rafa aproximaram dele e o tiraram de cima do caixão.  Ele abraçou o Tavinho e pela forma que seu ombro tremia, eu sabia que estava chorando.

Eu soluçava nos braços da minha mãe. Doía muito ver como ele estava sofrendo. Não estava mais aguentando ficar longe dele.

— Mamãe eu não aguento mais.

— Acalme-se primeiro querida. Senão ao invés de fazê-lo bem só vai deixa-lo pior.

— Tudo bem. — Concordei enxugando algumas lágrimas que continuavam a cair.

Depois que finalmente me acalmei fui até ao Tony. Passei meu braço em sua cintura e ele me puxou mais para próximo de si. Abraçou-me forte e deu um beijo no topo da minha cabeça.

Seguimos o carrinho aonde se encontrava o caixão do seu pai até onde seria enterrado.

Antes de abaixá-lo o Padre disse mais algumas palavras. As pessoas começaram a jogar flores enquanto os funcionários iam abaixando-o. Entreguei uma rosa branca ao Tony para que fizesse o mesmo.

Quando a última pá de terra foi jogada sobre o caixão senti todo o corpo dele tremer. Abracei-o forte e o deixei chorar, colocando para fora toda aquela dor. Para mim, essa era pior parte quando estávamos dizemos adeus a um ente quente. Mas por mais que doesse tínhamos que aceitar a vontade de Deus. O senhor Kellan cumpriu sua missão na Terra. Como disse Genesis 3:19: “Do pó viemos e ao pó voltaremos.”

Aos poucos as pessoas iam embora, passando por nós e dando seus pêsames à ele.

Mamãe antes de ir veio até nós e conversou com o Tony dando todo seu carinho de sempre e o convidando para passar a ceia de natal que aconteceria dentro de uns quinze dias. Mesmo que ela não o convidasse eu o convidaria, pois não haveria forma alguma que eu passaria longe dele.

Todo o tempo Tony esteve abraçado a mim, somente quando abraçou mamãe que me soltou, mas logo em seguida tinha-me em seus braços novamente.

Ela despediu-se de nós e partiu abraçado ao papai deixando para trás apena Tony, Nana e eu. Tavinho, Alice, Rafa, Manu, Joca e Camila já tinham ido embora.

— Vamos para casa Tony?

Entramos em seu carro e seguimos para casa. Assim que chegamos em seu apartamento a Nana nos deixou a sós. Sentei de frente a ele e olhei em seus olhos.

— Está tudo bem com você? — Precisava ter a certeza de que ele estava bem.

— Vai ficar... Eu acho... — Nunca o ouvi soar tão sincero.

— Eu preciso ir agora. — Não queria deixá-lo, mas precisava ir em casa tomar um banho e trocar de roupa.

— Por favor, não vá. Não me deixe. Fica aqui comigo. Eu preciso de você. — Implorou segurando minhas mão.

— Calma Tony. Só vou em casa tomar um banho. Mais tarde eu volto.

— Você promete? — Perguntou com um carinha que me deu vontade de colocá-lo no colo e nunca mais largá-lo.

— Prometo. — Dei-lhe um beijo na testa. — Tenta comer alguma coisa e descansar um pouco. Daqui a pouco eu volto.

— Obrigado anjo por estar do meu lado. — Segurou meu rosto entre as mão e encostou seus lábios ao meu me deixando surpresa. Fiquei totalmente sem fala. Apenas sorri e sai.

Os dia não estavam passando, e sim voando. Semana passada foi a missa de sétimo dia do senhor Kellan. Foi triste e linda. Não teve uma pessoa que não chorou quando Tony subiu no altar para falar algumas palavras para o seu pai. Só de lembrar sinto vontade de chorar. Até mesmo o Padre enxugou uma lágrima solitária.

Atração do Amor - Série Artimanhas do Destino #2जहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें