-Zayn pára, por favor!- pedi delicadamente, ao mesmo tempo que exercía força contra o seu peito, fazendo-o recuar dois passos.
Zayn olhava-me surpreendentemente confuso, enquanto tentava decifrar o que ía na minha cabeça. Como se eu fosse um grande problema de matemática.
Mirei-o diretamente nos olhos. Vai ser agora. Vou dizer-lhe tudo o que está preso na minha garganta à semanas.
-Não podes simplesmente maltratar-me durante anos e anos, dar-me o melhor dia da minha vida para depois fingires que não me conheces e mais tarde fechares-me numa casa de banho e beijares-me!- gritei-lhe alto. Demasiado alto, toda a gente num raio de 2 km com certeza teriam ouvido.
-O que raio está errado contigo?- continuei.
Ele abriu a boca, mas fechou-a no mesmo segundo percebendo que eu ainda não tinha terminado o que tinha para dizer.
-Eu faço parte de algum tipo de jogo para ti?- terminei sem folego. A minha caixa toráxica movia-se para cima e para baixo a um ritmo alarmente enquanto a minha respiração saía descompensadamente.
-Não é nada disso Elena.- Um turbilhão de pensamentos íam na sua cabeça enquanto que ele fitava os próprios pés sem uma ponta de expressão.
-Então o que é? Explica-me, porque eu quero perceber!- gritei-lhe mais uma vez em plenos pulmões.
-É complicado, tu não conseguirias perceber.- disse humedecendo os lábios.
Ri com a ironia. -Como sabes que eu não íria perceber, se nem sequer me dás essa oportunidade?
-queres saber a verdade?- questionou-me com uma expressão séria.
-É o que eu mais quero!
-A verdade é que eu arrependi-me. Nunca deviamos ter feito aquilo.
Aquela frase destruiu-me por completo, um grande vazio apoderou-se de mim.
Eu entreguei-me a ele, como nunca tinha feito com ninguém. Dei-lhe a minha coisa mais importante e ele estragou isso.
As minhas pernas transformaram-se em gelatina. Um simples assopro e eu caíria no chão como uma folha de papel.
Peguei na minha mala e saí a correr da casa de banho deixando Zayn para tras. Deixei as minhas lágrimas escorrerem ao longo da cara.
Não me lembrava de sentir assim desde o dia em que a minha mãe partiu, deixando-me sozinha e indefesa neste mundo.
Como é que alguém era capaz de tamanha crueldade?
Limpei as minhas lágrimas com as costas das mãos e fui devolta ao escritório do diretor, que apenas me deu tempo de me sentar para logo aseguir abrir a porta e olhar para os lado e certificar-se que eu ainda ali estava.
Levantei-me e entrei. Sentei-me na cadeira ao lado de Britney.
-Como bem sabem este tipo de comportamento não é admitido nesta escola, e como tal será-vos aplicada uma sanção.- disse o diretor enquanto examinava atentamente a expresão de nos as duas.
-Durante duas semanas voces as duas írão estar a prestar serviço comunitário a pintar as paredes da nossa escola.
-Nos as duas!?- perguntou Britney exaltada. -Oh nem pensar. Eu não faço nada com esta aqui!- disse olhando-me de lado.
-Isto nem está aberto a discussão! Será também enviada uma carta para os vossos encarregados de educação a tomar conhecimento do ocorrido.
Estou fodida.- foi o meu primeiro pensamento.
Como vou explicar isto á minha avo?
-Agora podem sair. E preparem-se porque começam amanha, logo pela manha. Falarei das horas com os vossos encarregados daqui a pouco.- ambas nos levantamos e dirigimo-nos até a porta quando me lembrei de uma coisa importante.
-Mas amanha é o ultimo ensaío antes da minha apresentação de dança aqui na escola.
-Hum....talvez eu possa fazer algo quanto a isso.- disse simpaticamente o diretor enquanto me piscou o olho.
Sempre gostei dele, á primeira vista ele parece rude e frio mas é só porque tem de manter a sua postura de diretor.
Ele sempre foi tolerante comigo, ainda mais porque sabe o que passei...
Eu sorri-lhe e fui embora.
Britney olhava-me com desdém, estava prestes a proferir um dos seus habituais comentários sarcáticos quando observou Zayn e foi a correr na sua direção. Entrelaçando os seus dedos nos deles.
Que cabra.
Ela estava a fazer deprepósito eu sabia-o.
Zayn ainda olhou para trás de forma a verificar de que eu observava todo o espetáculo deles e para provocar-me ainda mais meteu o seu braço por cima dos ombros dela e beijou-lhe a bochecha.
Mantive uma expressão passiva. Não poderia demonstrar-lhes o quanto aquilo me destruía por dentro, era isso mesmo que eles queriam.
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Heyy cupcakes :-)
Sabem aqueles dias em que não têm motivo absolutamente nenhum, mas ainda assim estão inexplicavelmente tristes?
Hoje estou nesses dias.
Desliguei o telemóvel, fechei-me no meu quarto com as persianas fechadas durante todo dia como um vampiro e tudo o que fiz foi ler, ler e ler. Ah e lá para o fim do dia escrevi este capitulo.
Sinseramente até gostei bastante, deveria ter feito os meus trabalhos de francês mas estava sem paciência. trabalhos de francês? quem é que tem trabalhos de francês na ferias!? Ahh eu claro.
Espero que tenham gostado tanto de ler este capitulo como eu gostei de escreve-lo.
Já agora, obrigada por todos os votos, leituras e comentários. Desculpem por não ter respondido aos comentários de toda a gente mas vou tratar de fazer isso ainda hoje.
Uma pergunta: alguém já viu o 'comercial' (não sei que nome dar aquilo) do perfume dos meninos?
Vejam!! Está muito engraçado. Se alguém quiser eu envio pelos comentários.Kisses e até ao próximo capitulo :-)
ESTÁ A LER
"Just friends" - (Zayn Malik fan fiction) [a re-editar]
FanfictionDepois de sofrer durante anos e anos de insultos e abusos por parte de colegas e pessoas a quem ela chamava de 'amigos'. A pura e doce Elena, deixa de o ser quando um terrível acidente tirou do mundo a sua mãe. A partir desse dia algo dentro dela m...