Golden || H.S || Complete

Twenty Three

HARRY

Ela está dormindo faz algumas horas, com a cabeça no meu peitoral e quase não sinto sua respiração na minha pele, ela está calma agora. Alexia está tranquila e dorme, descansando pelo o que passou com Christopher e posso imaginar que não foi algo bom pois seu rosto está ferido e eu sei que não foi por nada. Ele desconfiou. Ele vai nos atacar na sexta e nós na quinta. O sábado será guerra declarada e em ação e não quero ela no meio disso. Não foi uma briga que ela escolheu entrar. Entretanto, foi uma briga que eu escolhi entrar para tirar ela e eu estou fazendo isso, eu vou fazer isso, vou mandar ela para Menelaus, lá vai ser o melhor lugar para ela. Alexia estará protegida lá e será mais fácil para ela ir para Libella se algo der errado.

Respiro fundo e ela mexe um pouco, saindo de perto de mim, se virando, eu a olho e sorrio pequeno. Passo a mão no seu cabelo, macio e cacheado. Sinto um pouco de dor no meu braço, mas sei que logo vai passar, já me acostumei com dores por feridas assim e até piores. Esse corte, na verdade, foi uma briga com um homem que estava devendo ópio e eu não sabia que ele tinha uma faca, de qualquer forma, ele já não tem mais uma vida para dizer que me cortou.

— Harry... -Alexia me chama e olho em sua direção. Ela não vira seu rosto e continuo a fazer cafuné nela. — Já está de noite? -Pergunta com a voz preguiçosa e sorrio. Inclino-me e beijo sua bochecha, ela fecha novamente seus olhos e se encolhe. Coloco minha mão em volta da sua cintura. Ela se vira e ajeita o seu corpo e eu o meu. Dessa forma, eu fico em cima dela. Seus olhos grandes e castanhos canela me olham com um brilho incrível. Ela sorri e beijo seu queixo.

— Falta um tempo ainda para anoitecer. -Murmuro e ela deixa a mão na minha nuca. A mulher respira fundo, aquela energia volta, o peso por um medo assustador, eu sei que é por isso. Ela está tão preocupada e gostaria de tirar isso dela. Essa preocupação que ela sente acaba comigo, eu gostaria apenas de ir para Libella com ela, eu tenho certeza de que ela vai amar aquele lugar. Ele é bem melhor que isso, que toda essa selvageria que Papilio tem.

— Você sabe atirar? -Pergunto e ela abre um pouco a boca. Balanço a cabeça sabendo que ela matou Eric atirando nele. — Óbvio que sabe, mas sabe recarregar? -Pergunto e ela nega. Saio de cima dela e ela se senta, puxando o lençol junto, tampando seus seios. Eu estico meu braço e pego minha arma e um cartucho.

— É quase como trocar a pilha de uma lanterna. -Falo e ela balança a cabeça prestando atenção, então eu recarrego a arma, mostrando para ela, o que fiz. Eu deixo a arma travada e entrego para ela e tiro o cartucho. — Tenta. -Falo e ela mordeu os lábios e faz exatamente o que eu fiz, tirando agora, o cartucho cheio e colocando o vazio, eu sorrio.

— Como trocar pilha de uma lanterna. -Ela fala e seguro sua mão e a movimento. De forma que ela segure a arma do jeito certo, apoiando com uma mão embaixo e depois e para que a outra tenha a firmeza no tiro.

— Segura assim, dá mais firmeza. -Falo e me aproximo mais um pouco. Agora, eu noto a respiração dela mais rápida e ansiosa. Eu passo a língua nos meus lábios. — E mira. -Falo e estico seu braço e logo a arma estava encostada no meu peito, bem em cima do meu coração, posso sentir cada batida assim. O efeito da adrenalina sobe em meu corpo, mas o ambiente se torna gostoso.

— E atiro? -Ela pergunta e sorrio.

— Se estiver destravada. -Murmuro e ela não tira seus olhos de mim. Eu movo seu dedo para que ela destrave a arma. — Agora atira. Mire sempre na perna se estiver fugindo. Vai deixar mais lento quem quer que esteja atrás de você. E se não estiver fugindo, sempre aqui. - Falo e aponto para a barriga até o peito. — Talvez a cabeça seja mais difícil e se você estourar qualquer coisa aqui, será uma vantagem. -Falo e pressiono mais a arma no meu peito. Ela morde os lábios.