" - Você parece um enigma para mim e eu tenho medo que você seja um demônio como meu pai foi. -Ela fala e eu mordo meus lábios. Alexia segura minha mão, fecho meus olhos, sentindo um toque tão quente quanto um raio de sol. A mulher à minha frente pa...
Eu jamais imaginei que amaria, que sentiria algo incrível, mas toda a química que Alexia tem, no seu corpo, no seu ser, tudo nela envolve-me em algo que jamais vou saber descrever e falar o suficiente sobre. Tudo que consigo pensar agora é que eu sinto algo forte por ela. Algo surreal e ela não precisou de anos para libertar minha alma, ela fez isso quando me tirou da praia e salvou minha vida. Agora é a minha vez de tirar ela desse lugar e salvar a vida dela. Porque além de dever isso a ela, eu quero que ela fique em algum lugar tranquilo comigo até o fim dos nossos dias.
Brilhar com ela até o final dos meus dias, como se essa fosse a única coisa que eu precise fazer.
Ela parece a mesma, entretanto, tem algumas cicatrizes no corpo, eu não gosto dessas cicatrizes. Eu não posso acreditar que puderem a machucar tanto, porque ela é uma pedra preciosa e merece ser cuidado, lapidada e não ser tratada de qualquer jeito e jogada na lama. Passo meus dedos no ventre dela onde havia uma cicatriz grande e suspiro, acho que sei o que significa isso, ela treme e me olha.
— Por que fizeram isso? -Pergunto. Ela suspira.
— Não posso engravidar. -Suspira ela hesita em continuar a falar. Penso em intervir, dizer que não precisa me contar mais nada. Porém, ela continua. — Aconteceu logo depois de você ir. A médica disse que agora será mais difícil para engravidar. -Alexia fala e morde os lábios. Eu beijo em cima da sua cicatriz. Ela passa a mão no meu cabelo e suspira triste. Eu subo meus lábios beijando sua barriga, seus seios, seu pescoço, seu queixo, sua boca e seu nariz. Eu a olho. Olhos canela e eu amo canela. Eu gostaria de ter algo que convergir com essa canela, amaria isso, convergir com meu amor.
— As coisas vão se acertar agora. -Sussurro, ela sorri, mas havia certa tristeza ainda. Uma lágrima escorre de seu rosto. Isso parte meu coração. Não a quero triste, passo minha mão na sua bochecha fazendo carinho nela. Nunca vou perdoar Anthony por ter quebrado ela dessa forma.
— Eu estou com Christopher Gates. -Ela sussurra e me afasto um pouco a olhando. Como assim?
— O que? -Pergunto surpreso, ela respira fundo e segura minha mão.
— Não assim. Eu te amo. Mas Christopher... Ele gostou de mim, virei a puta fixa dele. -Ela lambe os lábios e respira fundo. Meu coração dispara. — E ele quer que eu ajude ele a matar o Anthony. Eu estou com medo. -Ela sussurra e mais lágrimas escorrem. — Tanto medo de acabar morrendo também, não pelo Anthony. Tenho medo de Christopher me matar e eu sei que ele não é bom.
— Nada vai acontecer com você, eu estou aqui. -Falo e beijo seu rosto. Seguro ele com minhas mãos e a olho sério. — Eu voltei para tirar você daqui, nós vamos para Libella. -Falo e Alexia me olha, seus olhos brilhantes estão cheios de água, ela está mesmo triste.
— Não quero que acabe em tragédia. Tipo Romeu e Julieta. -Ela fala e sorrio.
— Shakespeare é antigo e todos os seus dramas também. Isso somos nós, nada clássicos e talvez ele até acabaria gostando da nossa história. -Falo e ela sorri. Sorrio também, assim está melhor. Beijo-a e passo a mão no seu corpo.
Eu sei que ela tem que ir embora, mas eu quero só mais um pouco, eu preciso de só mais um pouco. Alexia abre mais suas pernas e sorrio contra seus lábios. Eu entro nela e passo minha mão na sua coxa. Ela geme baixinho, minha respiração bate na sua pele suada. Ela mexe seu quadril e solto um gemido.
Olho para ela passo o polegar em seu lábio e ela beija meu dedo, o ritmo aumenta e eu sinto a necessidade de sentir mais dela, de sentir mais da sua pele úmida e quente; mais da sua respiração quente batendo na minha pele, mais dos seus sons; mais do meu coração bombeando meu sangue e espalhando essa sensação gostosa por todo o meu corpo.
Seguro sua cintura e a puxo mais para mim, sua pele já está suada, sua respiração mais acelerada. Ela estava chegando lá, eu não estava tão longe também, começo a ir mais fundo, mais forte e nossos gemidos ficam inegáveis. Sua mão vai até minha nuca e ela me beija com vontade, movimenta seus lábios contra os meus e abre um pouco a sua boca e eu enfio minha língua lá dentro. Enquanto nós estamos envolvidos no beijo, sinto meu corpo chegar ao ápice. A sensação de prazer soa mais alta, como um certo tipo de explosão, paro o beijo para gemer e ela geme também. Meu corpo treme e eu preencho ela novamente, mais uma vez naquele dia. Ela olha para mim e sorri eu sorrio para ela também e beijo seu queixo.
— Você é incrível. -Sussurro e tiro um pouco de cabelo do seu rosto, volto a beijar seu rosto suado que parece deixar sua pele brilhando como ouro, como se fosse dourada e ela sorri. — Eu te amo. -Falo e a olho. Ela sorri mais e beija meu queixo.
— Eu também te amo. -Ela me beija mais uma vez. — Mas eu preciso ir agora. -Ela fala e eu suspiro. Infelizmente essa parte inevitável chegou. Eu saio de cima de ela e ela se levanta,indo se vestir. Depois que ela se veste ela se vira me olhando e eu sorrio para ela.
— Anthony vai da uma festa hoje. -Fala e concordo com a cabeça. — Vou estar lá e se você for, seja cuidadoso. -Ela fala amarrando o laço seu vestido, me sento e a puxo, ela fica entre minhas pernas e sorri.
— Isso é um convite? -Pergunto e toco a ponta do meu nariz no dela. Alexia sorrir.
— Talvez. -Fala e se levanta. — Eu realmente tenho que ir. -Ela suspira e me beija rapidamente então pega sua cesta e abre porta e acaba dando de cara com Gibson, ela olha rapidamente para mim e depois para Gibson. Ela sorri para meu amigo e fala boa tarde, porém ela vai embora apressada, desaparecendo pela trilha que a trouxe aqui. Olho para Gibson e visto minha calça. Gibson entra e pega um copo e coloca água.
— Vocês...? -Gibson começa a falar e eu volto a deitar.
— Sim ou acha que brincamos de elefante colorido? -Pergunto e ele sorri de canto e bebe a água.
— Você sabe que ela tem que trabalhar para o Anthony não é? Pagar as dívidas dele, ela matou o Eric. -Gibson fala e puxa a cadeira se sentando. Respiro fundo.
— Ele vai dar uma festa hoje? -Pergunto mudando de assunto, o meu amigo suspira e esfrega o rosto.
— Sim. Ele está voltando a crescer, com a exploração das pérolas, o ópio está dando dinheiro também. -Fala e passo a língua nos lábios. Gibson continua. — Então ele está promovendo uma festa para ver se consegue apoio de sócios da realeza. -Ele termina de beber a água.
— Certo. Eu acho que eu meio que tenho um plano para ajudar a derrubar o Anthony. -Falo e Gibson me olha interessado.
— Qual?
— Colocar ele no fogo junto com Christopher.
Continua...
O Harry depois do reencontro com a Alexia:
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