" - Você parece um enigma para mim e eu tenho medo que você seja um demônio como meu pai foi. -Ela fala e eu mordo meus lábios. Alexia segura minha mão, fecho meus olhos, sentindo um toque tão quente quanto um raio de sol. A mulher à minha frente pa...
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HARRY
Ela é linda e parece ingênua demais para ser uma dançarina de pole dance. Ou talvez eu esteja apenas caindo nos encantos de uma bruxa. Uma bruxa que me salvou e é muito bonita que chega a se tornar irresistível, eu quase a beijei ontem, mas não posso fazer isso. Não posso marcar ela desse jeito, eu sei que não sou uma pessoa tão boa assim. Eu vou embora logo, tenho que fazer isso por ela. Envolver Alexia nas merdas que eu estou envolvido é a última coisa que eu quero fazer.
Após prometer para ela que não a machucaria, o que é verdade, consegui comer e depois ela saiu, porque ao que parece havia uma mulher grávida que estava para dar à luz e ela foi ajudar a parteira. Ela é realmente uma bruxa e depois disso eu não a vi mais porque acabei adormecendo com o chá que ela fez para mim, ela diz ser de uma planta sedativa, vai me ajudar na recuperação porque eu preciso descansar. Ela também fica cuidando da minha ferida, passando anti-inflamatórios e outras pomadas para não infeccionar e a recuperação do meu tecido ser rápida e saudável. Alexia explica isso rápido demais e acaba me fazendo sorrir. Ela também me deu medicamentos para melhorar a minha produção sanguínea já que havia perdido muito, eu tive que acreditar nela, afinal vem funcionando. No fim, eu sei que devo a ela minha vida porque ela salvou a minha.
De manhã, eu acordo e não a vejo em nenhum lado daquele cômodo. Será que ela já chegou? Eu me levanto por ter mais forças do que nos últimos dias. Escuto um barulho alto e logo seu gemido. Ando mais rápido que posso para o lado de fora, de onde veio o barulho, então a vejo caída ao lado das suas plantas — para a bruxaria — com a perna cortada. Eu vou até ela e me agacho na sua frente. Ela me olha e sorri pequeno.
— Nunca é uma boa ideia tentar tirar o casco desses bichos quando filhotes. -Ela fala e aponta e na sua frente, no jardim havia vários animais com casca e chifres que andava lentamente comendo suas plantas, me lembro deles, na minha infância. — A casca solta uma babosa e ela ajuda nas queimaduras, eles não morrem por isso e cresce de novo. Eu vou mandar para Samuelis, já que lá não tem.
— Lá tem muito feridos? -Pergunto e ela respira fundo tirando sua blusa ficando agora só com uma camiseta justa que marca bem seus peitos. Merda, ela não está de sutiã e eu posso ver mesmo com aquela camada fina da camiseta branca quase que transparente como os peitos dela são grandes e bonitos. Ela tosse um pouco e a olho. Alexia movimenta sua sobrancelha e sorri divertida. Passo a língua nos lábios, são sabendo se dessa vez eu teria tanto auto controle como ontem para não beijá-la. Alexia olha para minha boca por um tempo, mas sai tão rápido do seu transe piscando várias vezes, ela rasga um pouco a camisa e a amarra em volta da sua perna ferida.
— Eles queimaram um orfanato e depois o fogo se alastrou para quase toda a aldeia, muitas crianças morreram e outras tantas estão queimadas.
