Maiara Carla narrando
Eu discuti com a minha irmã. Acabei bebendo muito e realmente não sei o quê deu em mim, me estressei porquê ela tinha sumido do meu campo de visão, mas por quê eu me estressei com isso mesmo?. Minha irmã já é bem grandinha e sabe muito bem se cuidar sozinha, e aliás ela sempre some nas baladas e sempre pega vários e eu nunca reclamei de nada disso.
Fomos embora naquele climão, ela não me dirigiu a palavra e nem eu a ela, chegamos em casa e ela foi direto para o quarto dela e eu e Luiz fomos para o nosso.
No outro dia, acabei acordando em uma ressaca do caramba mas mesmo assim me levantei e preparei um café da manhã para a minha irmã. Na verdade foi o Luiz, né?, já que eu só sei fazer café e apenas isso. Levei para ela na intenção em me desculpar com ela, mas ela ainda estava dormindo, então sai entrando sem bater na porta.
Eu: Metade, acorda. Acorda, meu amor! — Balanço ela devagar na cama — Vem tomar café!.
Maraisa: Uhmm, só mais cinco minutinhos! — Ela se mexe mas não abre os olhos.
Eu: Nem mais e nem menos, acorda vai. Eu trouxe café da manhã pra você! — Ela acorda, se senta na cama e me encara — Você está com dor de cabeça?.
Maraisa: Não, não bebi como você ontem! — Ela fala em tom de deboche e eu solto uma lufada de ar totalmente envergonhada.
Eu: Metade, me desculpa. Eu...eu fiquei com raiva porquê você tinha sumido, fiquei preocupada com você — Ela desvia o olhar — não sei o quê deu em mim, eu estava super bêbada! — Falo já com lágrimas nos olhos.
Maraisa: Maiara, você é a minha irmã e não a minha dona, você não manda em mim! — Ela seca a minha lágrima que escorreu — Mas só pra você ver que eu sou muuuito boazinha, eu desculpo você!.
Eu: Jura que você vai me perdoar?.
Maraisa: Juro que te desculpo, mas agora para de chorar e me passa esse café da manhã aí! — Maraisa abre um sorriso ao olhar para a bandeja e com isso eu acabo sorrindo também.
Eu: Toma aí, Luiz que fez! — Digo o óbvio e ela assente começando a comer.
Maraisa comeu tudo e claro que eu comi com ela porque eu também estava com fome. Já na parte da tarde, depois do almoço, nós duas nos arrumamos e fomos no escritório pois queriam falar com a gente, encontramos a Rosi e ela disse que nós iriamos amar a notícia, e claro que eu já fiquei curiosa para saber o que era.
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Carla Maraisa narrando
A minha irmã sempre consegue fazer eu desculpar ela, mas dessa vez não teve como não desculpar, não é?, ela fez um café da manhã maravilhoso e tive que perdoar, não consigo ficar brigada com ela por muito tempo. Não sei o que acontece, mas toda vez que brigamos, eu fico me sentindo uma pessoa inexistente, uma pessoa sem propósito na vida. Maiara é o meu alicerce, e se brigamos, fico sem ter motivos para seguir em frente. Ela é o meu tudo, é a pessoa que sempre vai estar ali para me levantar caso eu caia, e é por isso também que eu não consigo ficar brigada com ela.
Depois do almoço fomos até o escritório, pois a Rosi nos avisou que tinha uma grande notícia para nos dar. Maiara já ficou curiosa e eu fiquei tranquila porque quando a Rosi fala que tem notícias boa, é porque elas são realmente boas. Entramos na sala e lá estava as pessoas que iriam falar a novidade pra gente, e assim que nos viram, sorriram abertamente.
Rosi: Então, minhas gêmeas. Sem dúvidas é uma coisa que vocês não podem dizer não, hein! — Ela fala super empolgada.
Maiara: Ai Rosi, anda logo com isso. Já estou roendo as unhas de tão curiosa, meu senhor! — Dou risada com o nervosismo dela.
Xx: Calma Maiara, daqui a pouco você fica sem unha — Ele solta uma risadinha.
Eu: Então fala de uma vez, gente! — Falo já nervosa também.
Rosi: Vamos falar logo porque essas duas aí são muito estressadinhas! — Ela tira onda com a nossa cara — Tão que não se aguentam!.
Eu: Fala logo, por favor. Vocês estão querendo nos matar, não é possível isso não!.
Xx: Então tá bom! — Vejo ele arrumar a postura na cadeira.
O pessoal que cuida da nossa carreira tem dessas, amam um suspense e fazer surpresas, confesso que tem momentos que isso me irrita muito, mas tem momentos que o suspense se faz necessário. Era visível o tamanho da felicidade estampada no rosto de cada um ali e isso já estava nos matando, porque ao invés de contar de uma vez, resolveram fazer rodeios e iniciar um outro assunto.
Maiara estava se entupindo de água, o nervosismo e a ansiedade já estavam gritando dentro dela, eu por outro lado consegui me conter e mesmo com a imensa vontade em socar cada um deles, aceitei esperar a hora certa da tal notícia.
Rosi puxou o assunto sobre o nosso dvd identidade que iremos gravar em São Paulo, a data que será gravado ficou por conta do escritório e ainda não foi passada para nós, porém, o espaço que será gravado ficou por nossa escolha e nesse momento estamos ditando os nomes dos melhores espaços em São Paulo que o nosso dvd será gravado. Rosi falou uns nomes que Maiara e eu não curtimos muito, até que Pepato deu a ideia de fazermos na Vibra e todos amaram a ideia.
Discutimos também sobre a minha música solo, se seria no piano ou não. Maiara deu a ideia de mudar um pouco, ela propôs fazer voz e violão, mas eu obviamente neguei. Aleguei que as minhas músicas no piano já virou marca registrada e que me ter no piano faz parte da minha identidade, todos esperam por esse momento, então nada mais justo do que seguir esse mesmo padrão. Falei que poderemos mudar isso nos próximos dvds futuros, mas que no dvd identidade, eu quero deixar as coisas como estão.
Marcamos na agenda os dias em que sentaremos para ouvir várias músicas e iremos escolher as que tocar nos nossos corações, já estava tudo meio caminho andado.
