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Dois anos antes...

Dois homens armados tendo seus rostos cobertos estavam parados na frente do portão, aproximaram dela e um deles o revistou, vendo que não representava nenhum perigo, o deixaram entrar.

Diferente de seu vilarejo, o vilarejo que levava o sobrenome da família Claus era um lugar mais moderno, talvez tenha melhorado nos últimos seis anos, mas era bem diferente do vilarejo em que morava onde as casas eram mais antigas e as ruas eram de pedras.

Andava pela a rua distraída até esbarrar em uma garota que devia ter por volta uns treze a quatorze anos de idade.

-Opa, desculpa.  -Seus olhos eram verdes e seu cabelo marrom, além de uma expressão amigável.

-Tudo bem. - Aproveitou a situação para receber ajuda. - Você sabe me dizer aonde tem uma pousada? 

-Sei sim, você não é daqui, é?

-Como sabe?

-Bem, não é lugar tão grande .  -Sorriu. -Me acompanhe. -Ela o levou em um sobrado amarelo.-Aqui.

-Obrigada.

-Minha mãe é a dona e eu sempre venho aqui, se você quiser te levo pra conhecer a cidade. 

-C-Claro.

Entrou e depois de fazer o Check-in foi para seu quarto, havia uma tv e uma cama de casal muito confortável, um banheiro e um frigobar. "Aqui é mesmo um lugar evoluído." Pensou após da uma volta pelo o lugar.  Tomou um banho e depois deitou na cama, ligou a tv, colocou em um filme  qualquer e logo adormeceu.

Acordou assustada, tomou novamente um banho e depois de se arrumar foi para recepção pedir informação de algum restaurante ou lanchonete.

-Ananda, acompanhe nossa hóspede até a lanchonete. -Pediu a recepcionista, mãe de Ananda.

-Ok, vamos.

Era uma lanchonete espaçosa e parecia ter uma boa freguesia.

-Da onde você é? -Ficou em pé ao lado da mesa enquanto Emily sentava, seus olhos estavam imerso de curiosidade.

-Sou do norte. -Mentiu.

-O que faz aqui?

-Só passeando, por que não senta e me acompanha?

Assim Ananda fez, usava o cabelo preso do mesmo jeito do dia anterior, e piscava os olhos com mais frequência do que o normal.

-Você conhece a família Claus?

-Sim, eles são as pessoas mais importantes daqui, ele tem filhos tão lindos. -Um sorriso encantando esboçou-se  em seu rosto.

-Como eles se chamam?

-O mais velho se chama Louis, a do meio se chama Alessa e o mais novo se chama Noel, e o Noel. -Deu um suspiro como de uma donzela apaixonada. -É tão lindo e com certeza o mais legal.

-Por que acha isso?

-Ah os outros dois se acham porque são filhos do chefe, eles se fingem de bonzinho, a mim não me enganam, mas o Noel, ele é mesmo tão gentil e de fato o mais rebelde da família. 

-Rebelde?

-Sim, dizem que ele se envolveu com uma garota do vilarejo Lee, ninguém nunca provou isso, mas ouvi as conversa de alguns guardas dizendo que estavam procurando pela garota para matar e que a ordem foi dada pelo o pai de Noel, ele ficou vários dias trancado em casa e o pai dele mandava homens viajar pra qualquer lugar que ele fosse, sem contar que abafou o caso e pediu que os guardas não contassem a ninguém.

A garçonete chegou com o café e um suco de maracujá para Ananda que Emily havia pedido.

-Acharam a garota?

-Acho que não, se não eu teria visto o auê todo, eu morava ao lado da casa deles antes dos meus pais construirem a pousada, eu era muito novinha na época, mas minha mente sempre foi muito evoluída, por isso eu entendia o que acontecia. - Soltou um certo ar de superioridade e apoiou o cotovelo na mesa enquanto colocava sua mão no queixo.

-E esse Noel está aqui?

-Não no momento, ele fez uma viagem com alguns amigos, é uma festa que o primo e a namorada foram convidados e chamou ele e mais outro. 

-Então ele está mesmo vivo e bem. -Sussurrou.

-Como?

-Nada. -Tomou um gole de café. -Sabe quando ele volta?

-Não sei, mas tem uns três dias que eles saíram.

-Entendo. 

Ela teria que voltar logo para casa, poderia ficar no máximo uma semana e sabendo que Noel não se encontrava, não fazia sentido ficar ali.

-Ah. -Sua expressão ficou em alerta. -Qual é mesmo seu nome?










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