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Dias atuais...

Amy havia ligado para Dora, a mulher que tinha conhecido na cafeteria perguntando da escola de dança, se ofereceu para acompanha-la.

-Você já deu o endereço, deixa ela ir sozinha.

-Mana deixa de ser má, temos que ajudar as pessoas que precisa, ela disse que não tem nenhum amigo, então é meu dever ajudar.

-Você nem o conhece.

-Não vou conhecer se não sair com ela né.

-Arr, você me irrita com sua bondade.

-Talvez eu me pareça muito com a mamãe. 

-Concordo.

E era verdade, para Emily sua irmã parecia muito com sua mãe, seu tio lhe contou muitas historias sobre Layla, sobre o que ela passou, sempre foi gentil, amigável, bondosa, bonita, mas também era uma mulher guerreira, valente e que nunca desistia de nada, muito menos deixaria alguém atrapalhar seu caminho. Tudo o que ela mais amava era suas filhas e faria qualquer coisa por elas, como fez.

A vida em que levava era nova e diferente da vida antiga, as vezes Emily ficava impressionada como as pessoas da cidade agia, sempre morou em lugares pequenos e não desfrutava dos luxos da cidade como cinema, shopping, lojas, no vilarejo as pessoas fabricavam as coisas que mais precisavam, ali mesmo fabricava, ali mesmo vendiam, vendia para outros vilarejos e alguns faziam vendas até para cidades, as crianças não viviam no celular ou sempre na frente da tv, a diversão era brincar ao ar livre, ler, estudar, depois decidir o que fazer com a vida, muitos iam embora do vilarejo estudar em uma escola maior, melhor, outros continuavam ali ajudando seus pais.

Ela podia dizer que a vida era boa e sentia saudades daquele lugar, da simplicidade dele e ao mesmo tempo de sua riqueza, entendeu que não era tão diferente de outras pessoas que só dar valor ao que tem   quando perdem.

Ela não era uma moça da cidade grande, não era uma mulher que tinha que viver sentada na mesa de um escritório mexendo com um monte de papéis, não era uma mulher que ficava sempre atrás de um folgão e diante de uma pia, era um tédio fazer compras, era um tédio  ir ao cinema e deu graças a Deus que James fazia companhia a sua irmã que amava assistir filme naquela tela enorme, sentia tédio até mesmo ao assistir TV, era um ou outro programa que ela gostava,  mas amava lê, ia na biblioteca que Liam lhe mostrou e pegava livros emprestados e as vezes saia para ler nos parques, na cobertura de seu prédio, podia-se dizer que conhecia quase o mundo todo através dos livros, que viajava bastante por meio deles e quem sabe um dia conheceria tudo pessoalmente.

Mas há muito tempo ela não sentia prazer na vida, tudo era mecânico, fazia por fazer, por isso decidiu precisava dar um jeito, por isso pediu que Liam o ensinasse um pouco de fotografia, ele parecia amar o que fazia, ela sentia o prazer dele em seu trabalho, portante queria sentir a mesma coisa, foi por meio dele que ela descobriu que jogar vídeo game era divertido, talvez por meio dele conheça outras coisas que faça com que ela tenha mais momentos de felicidade.

É, a vida não se resume a sobrevivência, tem que ter algo mais, tem que ter.



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