043 | sammy

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S A M M Y   W I L K

Cheguei na casa de Nate, onde combinamos de nos encontrar para irmos ao racha dessa noite. O racha era uma coisa que não íamos há alguns meses e acabou batendo saudade. Para falar a verdade, queríamos apenas assistir para acabar com o nosso estresse. Já corremos, admito. E não me orgulho de nada disso. Corríamos na categoria de duplas, mas após a vinda de Alasca para Los Angeles, ele decidiu parar de correr e bem, eu parei junto, depois de um grande sermão da minha mãe ao descobrir pela boca de Margo.

Ah, Margo, que saudade daquela pirralha.

Quando eu passo pelo seu quarto, em todas as vezes, meu coração se apeta e eu tenho vontade de chorar até não conseguir mais respirar. Me sinto irresponsável. Mamãe antes de ir embora e nunca mais ligar de volta para nós, me pediu para cuidar dela. Ela só me pediu isso e eu não fui capaz disso.

Respiro fundo e toco a campainha da casa dos Maloley, torcendo para que Nathan abrisse a porta e não Alasca.

Concordamos que voltaríamos a ser amigos, porém é difícil ser amigo de uma pessoa que você gosta e não demonstrar aquilo que sente. Eu não conseguia impedir meu coração de se acelerar quando ela aparecia. Não conseguia não demonstrar ciúmes ao vê-la com Jake, seu namorado. Não conseguia não gaguejar e não soar ao falar com Alasca. Não conseguia não tremer e não ficar nervoso.

E isso é uma tremenda bosta.

Para a minha infelicidade, foi ela quem abriu a porta.

— Oi, Sammy. — ela sorriu — O que está fazendo aqui?

— E-eu e o Nate vamos sair. — respondi, entrando. — Onde ele está?

— Lá em cima com a Siena. — respondeu, dando de ombros. — Eles chegaram tarde e transaram a note inteira. — bufou, revirando os olhos. — Foi nojento. E eles acordaram tarde demais.

— Será que ele esqueceu?

— Eu não sei, mas eu te aconselho a esperar um pouco antes de subir...

— Por quê?

— Digamos que eles estão tomando banho juntos... — disse ela, se jogando no sofá com cara de nojo. — Odeio o fato da minha melhor amiga e meu irmão se pegando.

— Eles namoram, Alasca.

— Sei disso, mas eles vivem mais de sexo do que de comida. — respondeu

Apenas ri e saquei do bolso do meu casaco um baseado, acendi e o fumei.

— Achei que tivesse largado os cigarros. — comentou, enquanto mexia em seu celular.

— Achei que tivesse superado você. — dei de ombros. — Mas alguns vícios a gente nunca larga.

Alasca ficou alguns minutos absorvendo o que eu acabei de dizer. Por um lado, foi mais um pensamento alto, porém eu não me arrependi de ter dito aquilo. Me senti mais leve de ter colocado aquilo para fora.

— Por que pra você sempre foi mais fácil dizer "eu te amo", do que realmente sentir alguma coisa? — questionou

— Onde está querendo chegar, mini Nate?

— Você diz que gosta de mim, mas antes disse que não sentia nada. Apenas queria entender. — fala num tom de ironia.

Quando eu finalmente arranjei algum argumento para responde-la, um grito da Siena chamando o nome de Nate ecoou pela casa inteira. Talvez até pela rua inteira.

— Sabe, acho que eu vou embora. Diga ao Nate para me ligar depois. — falei, antes de me levantar e sair pela porta, deixando Alasca sozinha.

Eu fui e sou um tremendo de idiota.

Porra coração, por que você decidiu amar essa garota agora? Justo agora que ela nem olha mais na minha cara direito?

Porra coração.  

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porra coração, por que você me fez gostar do pior menino da sala? 

desculpa pela demora aaaaaaa tava sem criatividade pra essa fic rs 


𝐰𝐡𝐨 𝐚𝐫𝐞 𝐭𝐨𝐮, 𝐀𝐥𝐚𝐬𝐜𝐚? · 𝐬𝐡𝐰Onde as histórias ganham vida. Descobre agora