012 | sammy

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S A M U E L   W I L K

Minha noite com Alasca foi sem dúvidas, uma das melhores noites da minha vida. Ela é completamente louca e isso me dava medo às vezes. Medo Dela fazer alguma coisa e a gente fosse terminar a noite na delegacia.

Mas na verdade, foi exatamente isso o que aconteceu.

Flashback on

Chegamos no lugar onde prometi que traria Alasca. No seu restaurante italiano favorito. Pedimos nossas comidas e ficamos conversando durante uma meia hora.

Falamos mal de Nate por muito tempo, o que causou muitas risadas. Falamos sobre o caso de Margo e Travis e na possibilidade dela ter algo com Cameron um dia.

— Você acha?

Perguntei.

— Acho que ela só tem medo de ficar com o Cameron, porque ele quer ter uma coisa, que ela nunca imaginou ter na vida dela. — Alasca respondeu.

— Que coisa?

— Um namoro perfeito. Ir para uma faculdade perfeita. Ter um casamento perfeito. Ter filhos perfeitos. E mandar os filhos para a escola perfeita. — Disse e revirou os olhos. — Esse tipo de coisa é muito clichê e nunca da certo. Nós duas somos iguais. Não acreditamos nessas coisas.

— Em amor?

— Casamentos. Coisas perfeitas. — suspirou, tomando um pouco da sua bebida. — Acho que quando você já namora uma pessoa, e você ama demais essa pessoa, por que você precisa de um simples papel para provar que estão juntos? É idiotice.

Eu acabei ficando com essas coisas em minha cabeça durante o resto da noite. Alasca tinha razão. Se você já está com uma pessoa há tempos, você já está casado com ela. O papel é só um simples papel. Um papel frágil que pode ser estragado à qualquer momento. Assim como um casamento.

— E a sua relação com Nate? — questionei, antes de colocar uma grande garfada talharim a bolonhesa em minha boca.

— Eu não sei. — respondeu — Nós não convivemos juntos, entende? Quando o nosso pai morreu no ano passado, eu fiquei sem chão. Era apenas nós dois a minha vida inteira. E ele simplesmente se foi. E a vida dele foi vivida por mim. Eu não queria ir para a casa da minha mãe na Nebraska. Então a única coisa que eu podia fazer era vir para Los Angeles e morar com o meu irmão mais velho, que eu não via desde os meus quatro anos de idade. — riu sem humor. — Sei o quanto é complicado entender que ele agora é responsável por uma menor de idade problemática. O quão difícil é morar com uma pessoa que você não vê há treze anos e conviver com ela. Mas ele está tentando.

— E Você? — questionei — Está tentando também?

Ela ficou quieta.

Um minutos se passou.

Dois minutos se passaram e continuamos sem falar nada.

Eu entendi completamente, mesmo que ela não tenha respondido.

Fingi que nada aconteceu e troquei de assunto. Tentei deixar o clima mais leve e mais divertido.

𝐰𝐡𝐨 𝐚𝐫𝐞 𝐭𝐨𝐮, 𝐀𝐥𝐚𝐬𝐜𝐚? · 𝐬𝐡𝐰Onde as histórias ganham vida. Descobre agora