13. cite o que se passa

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Acho que, até aquele momento, a vida amorosa de Aimée que rendia mais conversas que a minha. Era estranho estar constantemente no holofote da sua atenção por que estava interessada em Zeus.

— Não foi na minha cama, foi na sala. Ele está mais cansado que o normal, e as coisas... estão estranhas. Parece que eu sinto uma ansiedade constante e só aumenta quando ele tá perto de mim. Tem umas coisas acontecendo que—

— As lutas. — Ela disse, me interrompendo.

Concordando devagar com a minha cabeça, fechei os olhos. Ele estava cada vez mais distante e eu não fazia a mínima ideia de quando ele ima levar para vê-lo lutar. Era um marco, algo tão importante, que parecia ser tão perigoso. Não tinha compreensão do quanto.

— Ele disse que vai me levar para ver uma das lutas dele, e não me deu nenhuma informação. — Disse, frustrada demais com a situação.

— Ele não deve saber ainda... — Ela disse. A cada palavra que saia da sua boca, tinha uma expressão de quem não podia estar falando, mas não aguentava guardar mais segredos.

— Suponho que sim, entretanto, não me interessam essas lutas, queria entender as lutas internas dele. Há algo que eu estou deixando passar.

Ao falar, parecia estar me atualizando, não tanto conversando com Aimée. Falar alto me ajudava, às vezes, a pensar melhor no que estava almejando na minha vida.

Naquele momento, dentro de mim, a vontade de conhecer e de escrever sobre ele era maior para que eu conseguisse entender. Estava escrevendo de novo para superar meus sentimentos, não era tanto para colocar minha criatividade no papel.

Antes que Aimée pudesse falar algo, Aquiles veio para nossa direção e começou a puxar assunto com ela, sobre alguma janta que eles estavam preparando na casa dos sogros dela. Aquiles parecia nervoso, uma novidade, mas era tão tênue a sua demonstração que só consegui captar ao não participar da conversa, só analisar.

Escolhendo deixar eles dois e parar de escutar a voz de Aquiles, caminhei até sair do meu balcão, em direção da porta. Saindo e sentindo o ar frio do inverno que tinha começado, puxei o final do meu suéter e cruzei os braços, me encostando nos tijolos da livraria.

O som dos pneus dos carros contra o asfalto e o ar que saia junto com a minha respiração me acalmavam, mas não o suficiente para eu não pensar em Zeus. Então forcei meus pensamentos a mudarem de foco.

Foquei, então, em como tinha visto pouco de Apolo durante as semanas, mas através de Aimée percebia o quanto ele estava feliz. A história de eles viverem um para o outro, que eu mesma tinha escrito, não era mentira.

Ele mais que ela, talvez. Aimée quando pensava que podia perder alguém, mantinha ela a uma distância suficiente para que, caso perdesse, não sentisse tanto a falta. No raciocínio dela. Para Apolo, manter extremamente perto era como preencher a energia, e o máximo que ele conseguia antes de a pessoa finalmente o deixar.

O medo de perder o outro estava presente, em ambos os casos, pois já tinham passado por isso. Era algo natural. Mas e se este medo acontecesse mesmo antes de alguém conseguir o outro? Não sobre eles, mas colocado em outra situação de relacionamentos. Com estes pensamentos, percebi que até em questionamentos vagos, voltava para a minha situação com Zeus.

— Por que que quando eu te encontro tu sempre tá perdida em pensamentos? — Escutei Zeus perguntando antes de abrir os olhos.

Não tinha percebido que estava com eles fechados.

— Se não pensasse seria preocupante. — Respondi, com um sorriso de lado, os seus olhos vindo direto para a minha boca. Ele respirava tranquilo, e parecia estar mais leve do que os últimos dias que tive a sua presença. — A gente pode entrar, se tu quiser. — Continuei, vendo que ele fechou mais o seu casaco.

Boa tarde, Zeus ✓Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz