7. cite a faculdade

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n o t a  d a  a u t o r a:

Olá meus queridosss! Como estão? 

Eu estou bem, mesmo não sabendo se vocês querem saber heheheh A vida ta ok, os livros estão indo e etc etc. Espero que vocês gostem do capítulo. 

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7. cite a faculdade

    Dentro de alguns passos estávamos no meio de duas grandes prateleiras, repletas de livros. Meu corpo inteiro estava virado para uma, parada com os dedos viajando entre cada espinha colorida que estava ali. Para mim aqueles livros eram como pessoas. Principalmente na sessão que estávamos.

     Os romances sorriam para mim, em pé e estáticos. E eu vivia para ver a luz batendo na madeira envernizada da prateleira. E meu coração aquecia com aquela claridade, mas também porque Zeus tinha me seguido, fazendo com que eu me sentisse quente de ansiosidade. 

     — Pensei que fosse pra conversar, não pra namorar esses livros. — Ele disse, quando ainda não encontrei em mim a coragem de iniciar a fala. Tinha um nojo no tom que falava, só que pelo simples fato de falar...

     Ele me afetou com aquilo, mas ainda apoiada na prateleira, deixei meus dedos brincando com a textura de um dos livros. 

     — Eu ainda desejo a tua ajuda. — Comecei, o meu peso indo de uma perna para outra. O jeito como ele me olhava fazia a palavra desejo se perder em muitos outros significados carnais. Mantendo o rosto firme, limpei minha garganta. — Queria simplesmente que tu me contasse algo da tua vida. Alguma coisa que mostre as tuas verdadeiras reações. 

    — Tu que fala...— Respondeu. Seus braços cruzaram na frente do seu corpo, os músculos trabalhados e o peitoral mexiam com cada movimento e eu tinha mais gosto de como a sua pele ficava tão próxima de mim assim que ele se virou de costas para a prateleira oposta a mim.

    — Posso falar, sim. — Respondi, sabendo que não era isso que ele queria dizer. Quem era eu, afinal, para pedir reações quando escondia todas as minhas?

     Olhando para ele, ficamos de frente um para o outro. Os olhos azuis dele eram feito o mar que eu temia todas as vezes que eu ia para a praia, e pensar nisso me dava só algo que eu quisesse compartilhar com ele. De alguma maneira fazer com que ele entendesse que eu só queria conhecer ele, contando algo meu.

    Se ele contasse qualquer coisa depois disso seria ajuda suficiente para mim... e talvez me desse um prazer além da escrita. 

    Ele continuou me olhando, antes de revirar os olhos e fecha-los. Desfazendo os seus braços cruzados, Zeus foi dar seu primeiro passo para longe de mim, quando voltei a falar. 

     — Eu tenho medo do mar. — Disse, permitindo que meus pensamentos fossem além da minha mente. Me arrependi assim que as palavras saíram. O medo não era por onde queria começar. 

     Entretanto, ele me encarou, voltando a outra posição. 

     — Quando eu era mais nova eu usava óculos - acabei nunca me adaptando às lentes de contato. Com isso eu tinha dificuldade para entrar no mar. Precisava tirar o óculos para tal e isso me assustava tanto... 

      Olhei para o lado, mas não durante muito tempo antes de voltar para o seu rosto, firme e prestando atenção. — Não enxergar, ser levada por uma onda qualquer que eu não podia nem ver que ia me derrubar. Tinha medo. Quando eu me cansei de ser levada, nunca mais entrei no mar. Mesmo depois da cirurgia. Continuei tendo medo.

Boa tarde, Zeus ✓Onde as histórias ganham vida. Descobre agora