Assassins creed : revolução

23- Tudo resolvido

-Meu deus, como foi que eu não pensei nisso antes?- disse ao me levantar do Animus.

-Pensar o que?- perguntou Paulo que estava sentada ao meu lado monitorando o Animus pelo computador.

-No plano que Apoema acabou de ter. Eu posso me infiltrar disfarçado em alguma reunião templária, conferência, algo assim e tentar conseguir algo mais a nosso favor. Teremos a vantagem contra os templários e na revolução.

-Mas você já não fez isso explodindo lá em Brasília explodindo metade do Senado e quase morrendo?

-Eu consegui arquivos gerais, coisa que todos templários tem. Quem sabe eu não consigo algo mais específico de um templário específico.

-Entendo. O que você tem em mente?

-Sei lá. Entrar disfarçado, roubar o celular de alguém.

-Interessante. Pode funcionar. Mas tem que ver isso direito com a Ellie.

Tinha me esquecido completamente disso. O clima entre eu e ela ainda estava meio estranho depois daquela noite. Ela só falava o necessário comigo, nada além.

Eu devo ter feito alguma cara estranha quando me lembrei disso pois Paulo logo disse:

-Relaxa, se você conversar com ela vocês podem se entender.

-Você acha?

-Que tal você ir lá no escritório dela agora mesmo?

-Bom, do jeito que está não da pra piorar.

-Esse é o espírito! Vai lá, cara. Nós já fizemos bastante pesquisa Animus por hoje.

Me levantei e saí da sala em direção aos corredores do edifício da irmandade. Tentava bolar algum discurso pra falar com ela enquanto caminhava. "Oi? Sabe, desculpa eu ter te beijado no meio de um situação complicada, ter matado alguns policias e aparecido na internet enquanto fazia isso."

Cheguei na frente da porta do escritório dela. Engoli um seco e bati três vezes na porta.

-Entre.- escutei.

Abri a porta cuidadosamente e entrei.

-Com licença.

Ellie estava na sua mesa escrevendo algo, mas dei muita importância pra isso. Quando ela viu que quem entrara fora eu ela se ajeitou na cadeira e tomou uma postura mais séria.

-Em que posso ajuda-lo, Luca?

-Você está com o tempo livre?

-Acho que posso te dar uns minutos sim. O que você quer?

Sentei na cadeira em frente a sua mesa. Encarei aqueles lindos olhos verdes dela por por meros instantes antes de começar:

-Desculpa.

Imediatamente a postura séria dela foi desarmada, pega de surpresa.

-Desculpa.- continuei- Por ter fugido sem nem hesitar, por ter te deixado lá no telhado sozinha, por ter te beijado, por ter matado aqueles caras, e por todo o resto. Fui muito insensível e imaturo por ter feito isso. Espero que você possa aceitar sinceramente minhas desculpas.

Aqueles mesmos olhos que antes demonstravam frieza agora demonstravam surpresa e, se você prestasse muita atenção, um pouco de emoção.

-Nossa, Luca. Eu não estava esperando por isso. Eu aceito suas desculpas mas você tem noção do que você fez? Aquilo expôs você e nossa causa. Poderia ter nos prejudicado gravemente.

-Eu sei. Eu não estava pensando nas consequências disso naquela hora.

-E aquela garota, Júlia La Rue, ela é má companhia para você. Eu soube do que vocês fizeram semana passada nas ruas do morro.

Me senti envergonhado quando ela disse isso mas então algo me veio a mente.

-Como você sabe sobre a Júlia?

Pela segunda vez naquela noite eu consegui desarmar Ellie. Ela mudou a expressão facial de "ouça meu sermão" para "o que eu faço agora?!" Ela hesitou para responder então eu perguntei o óbvio:

-Você estava me monitorando?- ela imediatamente corou.- Ok então, que tal está pergunta: por que você estava me monitorando?

-Eu queria saber se você estava bem.

Afirmei com a cabeça e fiz cara de "ahhhh, entendi" mas por dentro eu estava "uhhuuuuulll, isso aí!!!!!Eu consegui, ela ta afim de mim!!!!!!!!!"

Me levantei da cadeira e sorri pra ela

-Que bom que resolvemos isso.-disse

-Concordo-respondeu ela.

-Vou indo então. Vou te mandar um email sobre algo que me passou pela cabeça e quero sua opinião.

-Claro. Estarei aguardando-o.

Me dirigi até a porta e saí da sala. Me afastei alguns passos da porta e pulei de alegria enquanto jogava os braços para o ar.