7-A viagem pro Rio de Janeiro

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Eu estava me arrumando para minha longa viagem. Levava comigo meu arco , 30 flechas na aljava presa ao cinto , o porrete , a faca e a pistola que roubara do caçador que havia tentado roubar à mim e ao Manhaná. Havia aprendido a usa-lá e recuperei algumas balas e pólvora do corpo dele.

Levava comigo pedaços de carne de peixe e um coco oco , que tirei eu mesmo do coqueiro , pra carregar água.

Seria dois dias de caminhadas pra chegar até a cidade do Rio de Janeiro. Eu havia me preparado fisicamente e mentalmente para viajar até a cidade até então desconhecida por mim. Eu havia treinado meu combate e resistência , minha furtividade e locomoção pelas árvores , já que andar pelo chão poderia chamar a atenção de animais perigosos. Havia aprendido a linguagem dos caçadores com um membro da tribo que fora escravo deles durante muito tempo. Quando eu ouvi a história dele meu espirito de justiça aumentou. Estava cansado deles interferindo no nosso modo de vida , deles nos amedrontando , nos intimidando , nos ameaçando , nos matando e nos escravizando.

Comecei minha viagem logo depois que o sol nasceu. Não parei até que anoiteceu quando eu subi em uma arvore pra comer e beber. No meio da minha refeição , eu ouvi um grupo de pessoas caminhando. Me levantei e procurei de onde eu ouvira o som. Daquela direção eu vi um grupo de quatro caçadores se aproximando com tochas. Os quatro levavam espingardas ao ombro.

"Caçando escravos , provavelmente " pensei. A raiva tomou meu corpo. Peguei a pistola e conferi se estava carregada. Esperei até eles terem passado pela minha arvore até para atirar na cabeça do caçador de trás. O corpo caiu no chão já sem vida.

Os outros três viram o corpo no chão e entraram em pânico. Começaram a procurar pelo assassino de seu amigo. Pulei para outra arvore que seus galhos se localizavam em cima de outro caçador. Pulei da arvore na direção do caçador. Quando pousei em suas costas ,meu peso o fez cair no chão. Para finaliza-lo esmaguei seu crânio com um pisão.

Os outros caçadores já haviam me avistado e pagavam seus rifles. Peguei o rifle de minha ultima vitima e rolei pra direita pelo chão evitando os tiros dos caçadores. Alinhei o rifle e atirei no peito do caçador da esquerda derrubando-o no chão , mas não o matando. Larguei o rifle no chão e peguei o porrete com a mão direita e a faca com a esquerda. O caçador sacou um facão mas isso não adiantou muito. Dei um golpe com o porrete na cabeça dele e cortei a garganta dele.

Após tudo ter acabado eu ouvi o caçador que sobreviveu falar :

- O que você pretende fazer ?

Caminhei na direção dele , me agachei perto dele e respondi.

- Isso não é da sua conta.

- Oras , você mata quatro caçadores s hesitar por nenhum motivo? É claro que você esta planejando algo.

- Eu vou pro Rio de Janeiro.

- Há há , você acha que pode fazer isso tão facilmente assim. Você seria morto nos primeiros minutos que você pisasse na cidade do pelo fato de você ser você. Um nativo , um escravo.

Eu não havia pensado nisso , eu não poderia entrar na cidade , não pelo menos na maneira que estava. Olhei para o homem que eu havia quebrado o crânio. Eu não havia sujado sua roupa com sangue e ele era mais ou menos do meu tamanho. Sua roupa era uma calca de pano marrom , uma blusa branca e um casaco preto longo e com um capuz.

Peguei um pouco de água que levava comigo e tirei as pinturas do meu rosto. Me troquei com o caçador e me armei.

Me dirigi ao caçador que conversei. E ele riu novamente.

- Um índio na cidade. O que você pensa que vai fazer lá ?

Coloquei o capuz e respondi:

- Vou começar uma revolução.

Chutei ele no queixo fazendo-o desmaiar.

Assassins creed : revoluçãoWhere stories live. Discover now