1-O assassino

6.9K 96 20
                                    

Cara , a ultima coisa que eu já imaginei que teria de fazer na vida seria ter que matar um homem. Na verdade nunca pensei que jamais iria matar mais do que uns insetos e aranhas que me surpreendiam no meu quarto. Malditos homens de terno. Nada disso teria acontecido se eles não tivessem aparecido lá em casa naquele fim de semana.

Meu nome Luca Romeiro e eu , sem querer , virei um assassino. Meu pai , meu padrasto no verdade, Armando Miada era um homem de negócios bem influente por quase todo Brasil. As vezes eu pensava que ele até era influente em outros países. Se você olhasse pra ele e depois pra mim você diria que a gente até que se parece. Ele é descendente de japoneses então ele possuía cabelos escuros e lisos e olhos puxados.

Eu sou um pouco diferente. Tenho 14 anos, possuo cabelos igualmente escuros porém rebeldes. Sou um cara um tanto grande pra minha idade tanto que ninguém me perturba na escola. Outra coisa que me destaca são meus olhos verdes.

Armando sempre recebia ligações importantes quando estava em casa , tão importantes que ele se trancava em seu escritório para nem eu e meu irmão , João Miada , perturbasse-o.

Meu irmão , por mais incrível que pareça, era loiro mesmo sendo um descendente quase direto de japoneses. Ele tinha 11 anos , magro e alto e branco.

Com a mesmo freqüência que meu padrasto recebia ligações importantes ele também recebia convites para festas e viagem de negocio das quais a gente não podia ir junto. Por conta desse hábito eu não estranhei quando 3 homens de terno vieram até nossa porta de casa.

Os três homens vieram para uma reunião particular com o Armando. "Nada de estranho" pensei. Meu padrasto os recebeu e os quatro foram para seu escritório discutir a reunião.

Depois de 2 horas , os quatro saíram do escritório. Armando havia saído de cara amarrada , como se o assunto que discutiram não o agradou. Ele levou os homens de terno até a porta de casa e pediu para que eles se retirassem. Ele passou o resto da noite sem dar uma palavra comigo e com meu irmão.

No dia seguinte , eu estava em casa sozinho enquanto meu irmão havia saída pra jogar futebol com os amigos e meu padrasto foi ao escritório pegar documentos. Eu estava no meu quarto quando eu ouvi o som de uma janela quebrando no andar de baixo. Comecei a ouvir o som de passos , de varias pessoas.

-A casa esta vazia. Começar busca pelo documento- ouvi um doa homens falar.

- Afirmativo. Prossiga com a busca - disse uma voz pelo rádio.

"Fudeu" pensei "tenho que chegar ao escritório antes deles". Levantei da minha cama e comecei a caminhar lentamente até o escritório do Armando. O escritório ficava no inicio do corredor enquanto o meu quarto ficava no final. Seria um trajeto de pelo menos 7 metros. Fácil , se eu não tivesse que tomar cuidado com invasores querendo documentos de meu padrasto.

Peguei minha raquete de tênis e comecei meu trajeto pelo corredor. Quando comecei a andar eu ouvi uma dos invasores falar pelo radio :

- Vou checar o andar de cima.

"Merda" pensei. Calculei que tinha menos de um minuto para chegar no andar de cima e do siderando que o escritório era o primeiro quarto do corredor ele checaria lá primeiro. Apressei o passo para o escritório. Na metade do caminha eu pude ouvir os passos do cara claramente.

Eu podia voltar pro meu quarto e me trancar lá ou eu podia enfrentar o invasor. Ambas as opções chamaria a atenção dos outros invasores. Eu não podia simplesmente ficar no meio do corredor.

-Que se foda- falei baixinho.

Corri até a direção da escada e surpreendi o invasor com um chute no peito , fazendo-o cair escada abaixo. Pude ver uma poça de sangue se formando aonde ele aterrissou. Corri para a direção do escritório e tranquei a porta atras de mim.

-Tem um garoto na casa! Repito! Tem um garoto na casa!- comunicou algum invasor.

-Atualização de missão: neutralizar a possível ameaça que o garoto representa- disse outro invasor.

Pude ouvi-los correndo pela escada. Contei 6 pessoas. "Morri" foi a única coisa que pude pensar antes de me deitar no chão do escritório esperando pelo pior. Não rezei , não escrevi nada como uma ultima mensagem para minha família. Só esperei. Esperei. Esperei. Esperei mais tempo que pensava que esperaria. Estariam eles me esperando no lado de fora.

-Luca Romero Neto , você pode sair do quarto agora. - disse um outra voz diferente de todos os invasores

- Não obrigado - respondi.

-Saia do escritório ou eu entrarei.

- Não entre , eu tenho uma raquete de tênis e não tenho medo de fazer um saque com sua cabeça.

De repente a porta se abriu e mostrou um cara de 20 e poucos anos vestindo um jeans pretos , um bracelete no pulso e uma jaqueta branco com o capuz sobre a cabeça de tal forma que sombreava seu rosto. Ao seu chão jazia todos os invasores com poças de sangue formadas ao redor deles.

-Não temos tempo a perder. Você vem comigo.

- E se eu não quiser?

Quando eu terminei a frase seu bracelete brilhou e uma lamina luminosa sai da parte inferior dele.

- Jura que quer me questionar?

- Ok , eu vou com você. Mas para onde?

- Você vem comigo até o QG da Irmandade.

Assassins creed : revoluçãoWhere stories live. Discover now