13-Explodi uma casa.

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Eu fui andando entre as plantações de café até a casa grande, tentando evitar ao máximo matar mais guardas. Durante todo o caminho fiquei pensando naquela pena brilhante que a velha senhora me dera. Eu não sabia o que era , mas tinha a sensação de que era algo fantástico.
Quando entrei em campo aberto eu ouvi um assobio vindo dos arbustos na lateral da casa. Vi a cabeça de Rodrigo e fui me juntar a ele. Quando eu cheguei nos arbustos ele me pergunta:
-Libertou os escravos?
-Sim.
-Ótimo , agora temos de matar os dois.
-Qual seu plano?
-Entramos e matamos.
-Não pode ser tão simples assim.
-Como assim?
-Precisamos de uma distração para abaixar a guarda deles.
-E o que você sugere.
Olhei ao redor , procurando por algo que pudesse distrair-los. Avistei uma casa de pólvora no pé da colina da casa.
-Suba até o telhado.- pedi a Rodrigo.
- Pra que ? - questionou ele.
-Confie em mim. Apenas suba e espere na beirada do telhado.
Rodrigo assentiu e começou a escalar a casa. Desci a colina até a casa de pólvora. Entrei nela e comecei a busca pelo o que procurava. Encostado na parede , encontrei varias armas. Peguei minha pistola que havia pego do caçador meses atrás e a deixei no chão. Peguei duas novas e melhores pistolas e as coloquei nos polderes do meu cinto. Continuei a busca pelo objeto primário de meu plano e o achei entre outros similares. Um barril cheio de pólvora comprimida. Só um desses deveria fazer seu trabalho. Peguei um deles e voltei à lateral da casa.
-Rodrigo.-chamei.
-O que foi.-disse ele aparecendo na beirada.
-Pega isso.- e joguei o barril para ele.- Me espera aí em cima.
Escalei a lateral da casa com rápida e facilidade. Quando cheguei ao telhado eu me vi encarando um Rodrigo espantado:
-Você esta louco ?! Tem idéia do que é isso?
-Sim. E eu sei o que faz.
Fui até a chaminé da casa e analisei o buraco dela. A lareira dela estava acesa o que facilitava muito mais as coisas.
-Me passa o barril.- pedi para Rodrigo. Posicionei o barril em cima da chaminé e disse- Corre.
Larguei o barril. Saímos correndo pelo telhado e pulamos para o chão. Quando pousamos no chão , minha distração explodiu. Ouvimos o som da explosão , vidros quebrando , Madeira quebrando e se chocando uma com a outra.
Quando me levantei eu vi a casa pegando fogo. Sai correndo na direção dela, decididamente.
-Aonde você está indo?- perguntou Rodrigo.
-Eu vou entrar e terminar o trabalho.- respondi com pressa.
Continuei correndo até a casa e entrei nela pela janela. Me vi em um inferno na terra. Tudo estava em chamas e o segundo andar estava perto de cair em cima do primeiro. Continuei correndo até o cômodo onde os dois templários estavam tendo uma reunião. Quando entrei na sala eu vi o barão da plantação esmagado , ainda vivo, da cintura para baixo por escombros do andar de cima enquanto Bartolomeu estava tentando tira-lo de lá.
-Bartolomeu.-chamei.
Ele se virou na minha direção e disse.
-Sim?
-Já deve estar imaginado o por que de eu estar aqui.
-Julgando pelo seu capuz imagino que você deve ser um Assassino e que veio terminar com mais um templário.
-Quase isso. Estou aqui para fazer justiçar para com aqueles que você escravizou.
-Interessante. Um não Assassino veio me matar , mesmo sabendo que sou um templário. Sinto lhe informar que o que você deseja não será possível.
- Certeza ?- peguei meu porrete e minha faca e corri na direção dele. Ele sacou sua espada , deu um passo para o lado e bateu a lateral dela no meu pé. Tropecei e caí no chão. Me virei para me levantar mas encontrei uma espada pressionada levemente contra minha garganta.
-Me desculpe jovem justiceiro, mas isso acaba aqui.
Senti a espada ser pressionada mais forte contra minha garganta. Senti que iria morrer. Me arrependi de ter feito algo tão estúpido como tentar ir de frente contra um templário de batente alta. Mas havia liberto alguns escravos, algo do qual me orgulhava. Fechei os olhos e me preparei para morrer, com a consciência limpa pelo Faro de ter feito, mesmo pequena, uma diferença.
Para minha surpresa, senti a posta da espada diminuir a pressão contra meu pescoço. Abri os olhos e vi Bartolomeu embainhando a espada.
- Você teve sorte, nativo. A casa não vai durar muito e prefiro deixar você viver e viver também do que morremos nós dois.
E saiu correndo para a saída da casa. Me levantei e cambaleie, com o tornozelo doendo onde havia sido atingido. Olhei para o barão do café, atingido pelos escombros, ainda vivo. Eu não iria sair dali com sem ter pelo menos um escravista a menos no mundo. Saquei minha pistola e apontei para a cabeça do barão. Ele ficou nervoso e implorou:
-Por favor , não faça isso. Eu já vou morrer de qualquer jeito.
- Mas se eu o deixar aqui, terei de viver sabendo que não fui eu quem trouxe justiça.- e atirei.
Guardei a pistola e caminhei mancando em direção a porta de saída. Jurando me vingar de Bartolomeu, por ter escravizado varias pessoas e por ter me deixado para morrer ali.

Assassins creed : revoluçãoWhere stories live. Discover now