10- Minhas novas habilidades

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Eu seguia Elizabeth cegamente pelos corredores da Irmandade. Ela me levava sempre na direção contraria à daqueles que iriam lutar. Vendo todos eles indo defender sua ordem me fez querer ir junto. Lutar. Parecia loucura mas ao mesmo tempo não fazia.
-Não seria melhor se eu fosse ajuda-los?-perguntei a ela
-Não se preocupe , você vai.
Chegamos no fim de um corredor com uma porta dupla em sua parede. Elizabeth pegou um cartão de seu bolso e o passou por um leitor. Ela abriu a porta e entramos correndo. Nem tentei recuperar o fôlego pois o que estava na sala o tiraria de novo. Estávamos em uma sala enorme com varias prateleiras. Todas elas sustentavam todo tipo de armas. Desde espadas antigas até sub-metralhadoras modernas.
-Uau. - disse surpreendido
- Uau de fato - disse Elizabeth ainda tentando recuperar o fôlego - Pegue as que você sabe usar.
- Como assim?
- Um dos efeitos colaterais do Animus é que você absorve tudo o que você revive. Até onde eu sei seu antepassado utilizava armas. Pegue-as.
Sai correndo em busca de armas que Apoema pegaria. Peguei um arco moderno e uma aljava cheia de flechas , um facão , uma pistola e um cinto com bainha para espadas e armas. Amarrei o cinto em mim , embainhei o facão , pendurei a pistola no cinto e coloquei a aljava e arco em volta do meu ombro.
Quando voltei para a porta para me encontrar com Elizabeth ela não estava lá. Procurei por ela e a encontrei segurando algo.
- Tome , encontrei isso pra você.
Peguei o que ela me entregou. Uma hidden blade igual a do Paulo. Elizabeth também me entregou uma luva para maneja-la.
Ela sorriu pra mim e disse.
-Paulo também disse que você sabia utilizar esse modelo.
-Obrigado.
Para minha surpresa ela me abraçou e disse:
-Boa sorte.
Quando ela me soltou parecia que meu rosto iria explodir. Sai correndo pelo corredor seguindo os gritos e explosões. Cheguei até a escada que tinha usado para chegar até ali. Fiquei encarando ela por um momento. Não estava preparado para o que viria. Em homenagem ao Paulo , coloquei o capuz sobre a cabeça e subi as escadas.
Quanto mais eu me aproximava do final da escada mais claramente eu ouvia os sons da batalha. Quando eu estava nos últimos cinco degraus eu parei e olhei para baixo. Eu poderia muito bem voltar para a sede.
-Mas não vou. -disse em voz alta- Passei por muita coisa até agora pra desistir. Vou fazer isso pela minha família.
Sai correndo em direção a batalha. A primeira coisa que me surpreendeu foi o alto som de armas de fogo e gritos de pessoas morrendo. Era uma pura carnificina. Já não tinha certeza se poderia fazer isso. Respirei fundo e analisei a batalha: os assassinos estava no fundo do armazém , encurralados contra a parede, enquanto os templários vestidos de terno dominavam a a área do portão de entrada.
Observei que no tinha ninguém na passarela superior do armazém e achei a oportunidade perfeita. Subi as escadas e andei sob a batalha em direção ao lado inimigo. Peguei meu arco e saquei uma flecha da aljava. A posicionei no arco e procurei meus alvos: os templários com as armas de fogo mais perigosas. Procurando meus alvos encontrei um: um templário que atirava com um fuzil de ataque. Puxei a flecha mirando nos seus olhos. Respirei fundo e soltei a flecha.
A flecha viajou de maneira tão rápida que só pude ver o homem caindo morto no chão. Fiquei feliz de ter "conhecido" o Apoema pois suas habilidades estavam sendo muito úteis. Depois disso eu abati mais dois homens com fuzis, 3 com metralhadoras e um sniper. Os únicos homens que restavam agora atiravam com pistolas. Um dos templários restantes me notou na passarela e mandou 5 homem atrás de mim. Saquei o facão e fui ao encontro deles.
Encontrei eles no outro lado da passarela armados com cassetetes e armas de choque. Corri na direção deles sem hesitar. O primeiro dele tentou acertar a lateral da minha cabeça com seu cassetetes. Deslizei pelo chão e dei um corte em sua costela com o facão. O segundo deles não soube o que fazer quando se deparou comigo então eu simplesmente enterrei meu facão em sua cabeça. Os outros três estavam preparados para atirar com as armas de choques porém eu agarrei o corpo do segundo guarda e o usei como um escudo quando atiraram. Larguei o corpo e ativei a hidden blade. Atirei uma lamina entre os olhos de um dos templários e corri na direção dos outros dois. Eu peguei uma lamina e a enfiei em no peito de um deles e em seguida o joguei da passarela. O ultimo guarda começou a descer as escadas apavorado.
Lembrando de algo que Apoema fizera antes , pulei da passarela com uma lamina em mão. Pousei exatamente em cima das costas do templário e enfiei a lamina em seu coração.
Eu guardei todas as minhas armas e observei a batalha. Os templários estava recuando , fingindo em seus carros. Depois de todos os templários terem ido embora os assassinos começaram a comemorar. Comemorei junto com eles. Não dava pra acreditar que tínhamos vencido.
Desci correndo as escadas para contar as novidades para Elizabeth. E também queria agradecer a ela , pois sem ela eu não teria adquirido minhas habilidades. Sai correndo pelos corredores em busca dela. Procurei na sala de armas e ela não estava lá. Decidi ver na sala do Animus. Vasculhei a sala e a encontrei no canto sentada no chão chorando. Toda minha animado se tornou em total desespero.
-Elizabeth? O que houve? - perguntei.
- Minha vida , o trabalho da minha vida. Fucking hell.
Me sentei ao lado dela e ela se aconchegou no meu ombro. Coloquei o braço em volta dela e perguntei novamente:
- O que houve?
- God damn it. Alguns deles entrou aqui durante a batalha e roubou toda a minha pesquisa Animus.
Ela chorou e soluçou mais um pouco. Aquilo era de quebrar o coração.
- Ei , calma. Vai ficar tudo bem.
-Como Vai ficar tudo bem ?
- Primeiramente , você esta viva. Segundo aquela é sua pesquisa. Você a criou então pode reproduzi-lá novamente.
- Não da pra eu fazer isso.
-Claro que da! Elizabeth , você a pessoa mais inteligente que conheço. Você pode fazer isso. E se você não conseguir eu juro que vou atrás dos caras que fizeram isso para recuperar sua pesquisa.
-Jura ?
-Juro.
- Obrigada, Luca.
- De nada , Elizabeth.
-Por favor me chame de Ellie de agora em diante.
- Ok , Ellie.
Ficamos quietos por uns minutos até que eu interrompi o silencio perguntando:
- Você quer que eu deixe você sozinha?
- Não , fica por favor. Você é confortável - dito isso ela se acomoda. em mim.

Assassins creed : revoluçãoWhere stories live. Discover now