8

22 0 0
                                    

Catatau

Eu realmente não sei o que desgraça eu tinha feito, só sei que fodi aquela mina e foi na moral, a melhor foda que eu já tive. Bixa boa da porra, nem se compara com as puta daqui do morro, mas na real, eu gostei pra porra de ter ficado daquele modo com ela, porque mesmo bêbada, a maluca passa uma sensação boa, eu só não queria ta igual viado pro lado dela, nem começar algo novamente e me arrepender depois. Via todos indo embora, inclusive o bonde da Taila, faço o toque com o Rael e vejo minha mãe entrando pelos fundo e pegando uma latinha.

Zuleica: Nem me esperou, po - Revirava os olhos, via o bolo que ela tava nas mãos, todo pro meu aniversário. Ela vinha com um bolo, sorria de lado. 

Cauã: Tu que demorou, po, oxê. Demora do caralho, eu ia bem ficar te esperando com gente aqui em casa. - Ela me olhava, enquanto tirava o bolo da caixa e ia no armário pegar algo pra corta.

Zuleica: Gente? Sei você quis dizer a filha do Zé, certo? Tu sabe que não é simples se envolver com ela, né. - Realmente era perigoso pra nos três meu envolvimento com a Taila. Principalmente pra Taila, já que eu e a Dona Zuzu estamos aqui só pra vigiar a mesma e aquele canalha do Zé.

Cauã: Eu sei, mas o Alemão não disse nada sobre isso, e você sabe quando eu quero algo, eu simplesmente consigo. - Pegava o pedaço do bolo, comendo o mesmo.

Narradora

Semanas Depois ...

Bom, semanas se passaram e a Taila e o Cauã não tinham se visto depois do aniversário. O morro nesse período havia tido invasão dos bota preta, umas duas vezes, todos estavam em perigo, se não fosse pela ganância do Zé nada disso estaria acontecendo. Taila estava atolada com coisas da faculdade, enquanto todos no morro estavam ocupados demais com as tais invasões. Cauã se dividia entre Rocinha e Alemão. Ser x9 é complicado, e se o plano falhasse, ele e a mãe estariam realmente mortos, por isso nada poderia da errado nessas semanas. O Rael acabou descobrindo toda a verdade sobre o Zé e seu império e acabou indo pro lado que deveria seguir. 

Taila

Rael estava estranho comigo, eu mal o via e quando o via ele não me olhava, muito menos falava comigo. O cauã dizia que eles estavam com muitos problemas na boca e que era pra eu ter paciência com meu irmão, que tudo ia se resolver. Pois é, eu tô ficando com o Cauã desde que dei pra ele no aniversário, as vezes ele vai me buscar na faculdade e rola alguns beijos, nada mais que isso. Eu tava focada na faculdade e também não queria nada sério com ele ou com ninguém. Quem não curtiu isso foi o Diego, inclusive levou uns esporrou fodido da minha tia. Mano, o cara acha que é meu dono, alguém diz pra ele que só foi uma foda, que a mulher dele tá em casa e não sou eu.
Ia chegando em casa, já era umas três hora, tinha acabado de sair do carro do Cauã e vejo o mesmo da partida com o carro, ao passar pelo portão, noto a moto do meu pai encostada no muro, passo pelos vapores e antes de por o pé em casa, ouço uma discussão, paro na porta, enquanto ouço tudo.

Rael: Você acha mesmo que eu vou acredita nesse papinho? Mano, eu sei de tudo, eu vi aquela maldita pasta, naquela porra de cofre! Achou mesmo que você ia sair dessa assim, eu achava que te conhecia. Você era meu herói!

Zé: Se você ousar conta isso pra Marcela ou pra Cátia, eu juro que mato ela! Eu mato ela e mato aquela azinha lá com quem você trepa. - Ouvia tudo horrizada, até interromper, abrindo e entrando pela porta, dava pra ver que os dois estavam nervosos e exaltados.

Taila: O que foi, papai? - Vejo o mesmo me olhar e logo mudar o tom de voz e me abraçar. - Rael, nosso pai mal vem em casa e quando vem você briga com ele? - Abraço meu pai e vejo Rael saindo da sala bufando.

Zé: Não liga pro seu irmão, ele tá cheio com os negócios da boca. - Dou de ombros, me sentando no sofá. - Como tá a faculdade? 

Converso por horas com meu pai, que parece querer saber cada detalhe da minha vida, inclusive com quem ando me envolvendo. Lógico que não vou contar, após nossa conversa vejo o mesmo sair. Ia pra sua casa, onde ele morava com a novinha. Dou risada ao lembrar que a menina é mais nova que eu. Vou subindo até meu quarto, onde passo pela porta do Rael e ouço ele falando com alguém pelo celular.

Rael: A gente tem que arquiteta isso muito bem, Alemão. Precisamos contar a verdade pra ela, eu não posso deixar isso ficar assim! - Com quem ele tá falando e quem é Alemão? - Tá bom porra, eu vou da um jeito e te passo tudo, junto com o Catatau, fé ai.

Assim que via o mesmo abrir a porta, corria com tudo pro meu quarto e trancava a porta. Isso tá muito estranho, essa semana quando voltava da faculdade, aquela Tia Zuzu veio falar comigo, com mó papo estranho, de que eu não deveria confiar no meu pai, muito menos na minha vó, agora essa briga com o Rael e meu pai. Preciso conversar com alguém. Andava até o quarto da Soninha e batia na porta, esperando a piranha.

Soninha: Tá aberta, po! - Revirava os olhos e entrava no seu quarto, que tava uma zona, puta que pariu, hein. - O que foi, cunhada? Seu irmão tá um porre esses dias. - Ainda não sei porque os dois não dormirem juntos, enfim.

Taila: Tá acontecendo uns negócios estranho nessa família... - Passa algum tempo de conversa e lhe conto tudo. - O que acha que devo fazer?

Soninha: Espera. - Olho incrédula com o que ela manda eu fazer, lógico que eu, rainha da pressa, não iria esperar. Tudo o que eu não tenho no mundo é paciência, florzinha. - Seu irmão conta tudo pra você, certo? - Aceno que sim com a cabeça. - Então espere ele lhe dizer o que anda acontecendo.

Taila: Você tem razão. - Me levanto, indo em direção a porta, ainda estava com a roupa que tinha ido na faculdade. - Vou tomar um banho e vê o que o surtado tem pra mim hoje.

Soninha: Olha, meu casal ai vivão, mundo. - Sorria, enquanto saia do quarto, indo pro meu.

Entre a Razão e o Ódio.Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum