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Taila Fernandes.

Mais um dia agitado na manhã pernambucana e eu sinceramente estou com uma preguiça de matar, mas com toda e plena razão, se ontem o meu irmão mais velho me arrastou a mais uma de suas festinhas particulares na zona sul, ok que eu moro na zona sul, mas não costumo frequentar todos esses lugares badalados que o Rael fala.
É, eu não citei antes, mas sim, eu tenho um irmão chato e possessivo, somos unha e carne, e eu realmente agradeço por isso. Eu realmente não queria ir a escola hoje, o que o desgraçado do Rael tem na cabeça pra fazer uma social em plena segunda-feira? Eu digo a vocês, ele não tem nada mesmo. Lentamente faço minhas higienes pessoais e logo coloco rápido o meu uniforme do colégio, já que estou atrasada e provavelmente irei leva uma bronca de dona Ana por sair essa hora sem comer nada no café da manha.

Desço as escadas apressada e encontro Ana vindo em minha direção com a minha mochila, pois é, ela sempre enchia minha mochila de comida quando eu me atrasava ainda colocava todo o material escolar em ordem. Ana cuidava de mim desde que minha mãe morreu, a olho enquanto pego a bolsa ao pé da escada.

Taila: Ana me perdoe, eu juro que tentei colocar o despertador para me acorda. Vejo o olhar repreensível da mesma e tento o ignorar.

Ana: Menina, você sabe o quanto suas notas vão decair se você continuar indo pelo ritmo de seu irmão, apenas pense nisso. Ouço ela mais uma vez fala dos modos do rael, enquanto o vejo entrando pela porta principal do nosso apartamento, juntamente com minha tia.

Rael:  E ai, baixinha. Resolveu estudar hoje? Pensei que iria me acompanhar junto com a tia, para encontrar nosso queridíssimo pai. Vejo o olhar de Ana e de minha tia Cátia reprovarem o Rael por esse comentário e sem me da tempo vou saindo do apartamento.

Taila: Eu não posso, tenho uma prova de final de bimestre hoje, tudo depende dessa prova para eu ir para faculdade, você sabe, eu to atrasada. 

Ando rapidamente até o elevador. Enquanto disco o número do celular do meu pai, ouço atentamente o número sendo chamado, mas ao em vez do mesmo atender, cai na caixa postal. Desisto assim que chego ao hall do condomínio, onde me deparo com seu João; um homem baixinho e barrigudo, mas muito simpático, que é meu motorista e estar na família desde que minha mãe morreu. Pelo que eu saiba, meu pai ajudou seu João em troca de um favor pedido ao mesmo por papai. Não me ligo muito nas historias de minha família, já que minha avó Marcela faz questão que eu apenas foque nos meus estudos e no meu lazer, já que estou quase a fazer 18 anos e no ultimo ano do ensino médio. Saio dos pensamentos ao vê João abrir a porta do carro, entro no mesmo e logo sinto os olhos do João sobre o retrovisor do carro sobre mim o olho de volta.

Taila: O que foi seu João? Pode me perguntar, estou a espera. Ergo uma das sobrancelhas ao perceber que o mesmo olhou novamente para a direção do carro.

João: Você sabe que quando sua vó voltar de viagem e souber de todas as saídas que anda tendo com seu irmão, você estará enrascada não é, baixinha. Reviro os olhos varias vezes com o que o João diz, mas de certa forma ele tem razão, meu irmão nunca foi lá o melhor cara do mundo, somos totalmente diferentes um do outro. Apesar do meu temperamento forte, eu sou totalmente quieta, e meu irmão, bom, ele é o que chamamos de playboy.

Taila: Não vai em nada, se você não contar, Joãozinho. Sorrio para o mesmo, abrindo a porta do carro, enquanto observo o mesmo negando com a cabeça.

Ao chegar no colégio, vejo o carro do meu pai a frente. Não é possível que ele veio aqui primeiro ao em vez de ir pra tal reunião com a tia Cátia e o Rael. Assim que passo pelos portões da escola, sinto os olhos que eu já sei de quem é sobre mim, e logo me viro dando de cara com um homem alto, moreno, com algumas tatuagens a mostra; uma delas com o meu nome e nome do Israel a mostra, pois é, meu pai não parecia meu pai, suspirava ao ouvir um suposto sermão do mesmo.

: Então, é assim que você diz que quer se forma como socióloga, Taila Fernandes? Indo em uma festa em plena segunda-feira e bebendo? Além do mais, se atrasando para a prova que você está a dois anos se preparando? Não tenho coragem de olhar pro meu pai, a sorte é que os corredores do colégio a essa hora estão vazio e graças a Deus ele não sabe das outras noites, em que havia fugido com o Renato, para Porto de Galinhas.

Taila: Papai, desculpa, foi só essa vez,  o Rael insistiu tanto. Vejo seu olhar reprovador, quando tento me explicar, observo um rapaz com mais ou menos 25 anos, com braços fechados de tatuagens, um cordão pequeno de ouro no pescoço, magro, com um tanquinho perfeito; camiseta branca, cabelos e barbas bem feitos, eu sinceramente estava molhada aquela altura. Vejo meu pai se virar e o repreender, não consigo tirar os olhos do mesmo.

Catatu: Po, Zé. Tu não falo que ia demorar, vei? Eu tô a horas te ligando, qual foi? Temos um carregamento importante. Sinto seus olhos sobre mim, me encarando de cima a baixo, observo meu pai fazer um sinal para que ele fosse embora e vejo o mesmo saindo bufando.

Zé: Sua sorte que tenho que ir, mas ainda essa semana vou da pulo em casa pra vermos isso. O via saindo, quando já ia em direção a minha sala, vejo meu pai se virando novamente. - E Taila, não esqueça, remarquei sua prova para sábado, às 9 horas, não me desaponte. Apenas assenti com a cabeça, entrando em minha sala.

O resto da manhã seguiu normalmente, ainda bem o Renato não veio fala comigo, e eu também não queria. Minha avó já tinha me ligado altas vezes, provavelmente já sabia os motivos da visita do meu pai. Graças a deus estou em casa e por sinal não tem ninguém aqui, há não ser a Ana. Fiquei sabendo por ela que minha vó volta na sexta-feira, a velha realmente quer me acompanhar na prova, para ter certeza que vou fazer, eu realmente não entendo minha família, nenhum deles tem diploma a não ser pelo Rael, sim, ele é formado em Administração de Empresas, dizendo ele que o nosso pai o forçou para cuida dos negócios. Tinha acabado de jantar, quando vejo minha tia entrando pelo meu quarto.

Cátia: Olha, Tailinha, eu sei que você é jovem, e que se diverte, já que não tem amigas ou namorado, e seu irmão lhe proporciona isso, só que em alguns dias isso pode mudar e você vai ter que se virar da melhor maneira, já que vai ficar de maior. Eu não entendia o que ela dizia com vai se virar, mas entendia que todos estavam preocupados de alguma forma comigo, e meu futuro eu apenas concordava com tudo. Depois de a ouvir falando por quase duas horas, ela saiu e eu finalmente me espalhei em minha cama pegando no sono em seguida.

Entre a Razão e o Ódio.Where stories live. Discover now