Capítulo 04

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Anahí: Você deveria estar aqui há 3 dias. – Lembrou e ele assentiu, tirando a coroa dela com descaso e jogando pro lado. A coroa foi parar no chão com um eco metálico, rolando pra perto da carta esquecida, e ele correu os dedos pelos cachos dela como se matasse a saudade – Colocou essa porcaria na minha cabeça e me deixou com um reino nas costas. – Acusou, e ele sentiu ela unhando sua nuca. Aquilo era pra machucar.

Alfonso: Eu sei. Imprevistos. A roda da minha carruagem quebrou no meio do caminho, de noite, o cocheiro se feriu. – Murmurou, pouco interessado, fungando do pescoço dela.

Anahí: Mandei um mensageiro. – Insistiu.

Alfonso: Eu sei. Depois de conseguir ajuda voltei cavalgando, o encontrei no caminho. – Ela negou com o rosto.

A verdade é que só havia um reino, mas havia uma floresta enorme entre eles. A estrada do Rei era o caminho mais fácil, freqüentemente transitada, mas a floresta ficava no meio, e havia uma grande população do outro lado, onde era território de Paul, que também precisava de assistência. Alfonso ia de tempos em tempos, Anahí permanecendo como pilar e mantendo a lei onde estava, mas ele nunca demorava tanto; as duas torres nunca passavam tempo demais separadas.

Anahí: Estou solitária. Minha cama está fria, meus filhos estão tristes. Você me fez votos, alteza. – Alfinetou, e ele sorriu.

Alfonso: Terei de remediar. – Garantiu, se inclinando e tomando os lábios dela novamente. Dessa vez o beijo era mais suave, mais doce, sentia falta, tinha saudade.

Suri: Mamãe, eu preciso conversar com voc... – Ela hesitou, vendo os pais se soltarem. Alfonso sorriu abertamente – Papai! – Exclamou, perdendo o foco e correndo pro pai.

Anahí: Cuidad... – Tentou, ao ver a menina se lançar contra a armadura de ferro do pai, mas não deu tempo. Viu Alfonso erguer Suri no colo, abraçando-a forte. Assistir aquilo fez ela se sentir dentro de uma nuvem fofinha, aquecida, segura. Sua família estava inteira outra vez.

Alfonso: Hum, isso é bom. – Murmurou, beijando o cabelo da filha – Como você está? Ajudou sua mãe na minha ausência?

Suri: Você demorou demais. – Reclamou, emburrada.

Anahí: E quebrou minha coroa. – Observou, olhando a coroa no chão. Alfonso riu de leve.

Alfonso: Broncas depois. Você está bem? – A menina assentiu – Onde estão seus irmãos?

Suri: Devem estar se aprontando pra jantar. – Disse, ainda no colo do pai.

Alfonso: Estou faminto. – Percebeu, fazendo Suri rir. Ele deu um beijo estralado na bochecha da menina.

Anahí: Faminto e me devendo uma coroa. – Apontou, e ele revirou os olhos. – O que você queria conversar, amor? – Perguntou, abraçando Alfonso do outro lado.

Suri: Eu... Eu não sei. – Disse, aturdida com a presença do pai. Os dois riram – Eu vou me lembrar.

Alfonso: Está sentindo algo diferente? – Suri negou com o rosto.

Suri: Estou feliz. – Declarou, abraçando-o de novo. Anahí sorriu de canto, dando um beijinho no ombro da menina.

A algazarra foi violentamente pior quando Alfonso encontrou os gêmeos. Anahí o agarrou pelo cabelo, fazendo-o se soltar da armadura (aos risos), e em seguida houveram horas dos três entre conversas, gritinhos, risos e abraços. Suri estava no meio, então era impossível. Anahí se ausentou quando Nate acordou, indo amamentar o filho, mas quando voltou a cena era a mesma. Ninguém queria jantar, ninguém queria dormir, parecia haver toda a historia da humanidade a ser acertada ali. Levou horas, as crianças terminaram jantando no quarto. Alfonso foi pra mesa, estava há dias comendo suprimentos de viagem, logo se fartou no jantar, como merecia. Ela comeu pouco, se dando a presença dele de presente.

Mais Além do 'Felizes Para Sempre' - Uma história de Just One More About LoveWo Geschichten leben. Entdecke jetzt