Anahí: Suri, olhe pra mim. – A menina a olhou – Eu não conheci Dulce, mas você é minha filha. Minha e de Alfonso. – A menina assentiu, breve – Tanto quanto Rosalie ou qualquer um de seus irmãos. Posso não ter gerado você em meu ventre, que importa é o que se sente aqui. – Ela colocou a mão da menina em seu peito, em cima do coração – E você é minha. Não dela, minha. – Suri sorriu de canto.

Suri: Eu só... Ela era má. – Comentou e Anahí hesitou – Ela fez mal. Eu não quero puxar isso dela.

Anahí: Não é quem somos que nos define, mas as escolhas que fazemos. – Corrigiu, beijando a mão da menina.

Suri: Ainda assim...

Anahí: Eu sou uma plebéia. Uma camponesa. Filha de um pastor de cabras e de uma confeiteira. – A menina franziu o cenho – É isso que você vê, me olhando agora?

Suri: Não. – Admitiu, com uma careta engraçada, a coroa grande demais atravessada no meio da testa.

Anahí: Porque não é o que eu escolhi ser. Eu escolhi amar seu pai, e seu pai me fez rainha. Colocou essa coisa pesada na minha cabeça e levou anos me ensinando a como usá-la. – Suri riu de leve – Você é nossa filha. São suas escolhas que vão dizer quem você é, e até agora você não fez uma escolha que nos deixasse menos que orgulhosos. – Garantiu.

Suri: Eu escolhi você. – Anahí sorriu, doce.

Anahí: Então está feito. Esqueça Dulce. Esqueça quem ela foi, ou o que fez. Nós pagamos o preço pra que isso ficasse pra trás. – Suri aquiesceu – Você é Suri Herrera, filha do rei Alfonso e da rainha Anahí, futura herdeira do meu trono. Dou fim em qualquer pessoa que tente me contradizer nisso. – Avisou, piscando. A menina fez uma careta que a fez rir.

Suri: Lá vai você. – Anahí riu, tirando a coroa da cabeça dela.

Anahí: Não gaste seus dias pensando em quem não merece. Você está bem. Você está saudável. Você é amada. Só isso importa. – Suri assentiu, olhando Anahí por a coroa de volta na cabeça – Torto?

Suri: Não. – Anahí se inclinou, lhe dando um beijo estralado. – Tem outra coisa. – Disse, com o cenho franzido.

Anahí: O que foi? – Perguntou, paciente.

Suri: Eu não sei explicar direito essa parte. – Disse, ainda parecendo confusa. Anahí esperou – Meio que acontece as vezes, quando...

- Alteza. – Anahí e Suri olharam. O momento 'mãe e filha' ficou totalmente em suspenso, as duas estavam tão alheias que não perceberam onde estavam – Precisamos de vosso conselho.

Anahí: Estou com minha filha agora. – Apontou, obvia, o olhar impassível.

Suri: Não, tudo bem. – Se esquivou, e Anahí franziu o cenho – Eu tinha mesmo prometido a Chord... A gente conversa depois. – Anahí assentiu, confusa, se levantando.

Anahí: Que seja. – Disse, vendo a menina sair do salão – O que houve?

Soldado: Um alvoroço em um dos vilarejos próximos a floresta. Uma moça foi... – Anahí se levantou, o rosto impassível.

Anahí: Foi...?

Soldado: Ela trabalhava na vila. Bordava. Não passa de uma garota, uma menina ainda.  – Anahí assentiu - Ontem no final da tarde, quando recolhia suas coisas...

Anahí: Pare de hesitar. – Cortou, impaciente – Que alvoroço é esse? – Questionou, mediante o barulho que vinha de fora.

Soldado: O pai da moça reclama por uma audiência. – Anahí franziu o cenho.

Mais Além do 'Felizes Para Sempre' - Uma história de Just One More About LoveWhere stories live. Discover now