Is it love? Colin

Um Café

No dia seguinte eu acordo ainda pensando, oque será que o Colin faz? Preciso descobrir, preciso arrumar uma maneira de entrar em sua sala e descobrir um pouco. Bom, oque eu posso fazer. Como um estalo, uma ideia me vem a mente. Posso levar  café como forma de agradecimento por ele ter concertado meu computador, isso Denise!
Tomo um banho e me visto.
Passo no Starbucks e compro dois cafés, não faço ideia de qual seja o tipo de café que ele goste. Pego um expresso para ele e um Capuccino para mim. Quando chego na empresa evito olhar em direção a Lisa, preciso me preparar para encarar o olhar gelado Colin.
Entro no elevador e desço no meu andar, coloco minhas coisas na minha mesa e agradeço pelo Matt não ter chegado. Volto para o elevador e aperto o botão do andar do Colin. O elevador para, e então eu desço em um lugar não muito diferente do meu andar. Há várias pessoas trabalhando em suas mesinhas com repartições, procuro pelo Colin entre essas pessoas mas não o encontro, vejo um corredor com várias portas, bom, talvez ele trabalhe em alguma sala dessas. Entro na primeira e só há máquinas de servidores, saio e entro na próxima, mais é igual a sala anterior. Aonde será que ele está? Será que eu estou no andar errado? Quando estou passando vejo uma porta entreaberta, passo e volto, lá está ele, sentado com seus fones em suas orelhas, bato na porta mas ele parece não ouvir, estou tão nervosa que minhas pernas parecem gelatina, preciso me acalmar, tomo um gole do meu Capuccino. Ele está tão concentrado em seu trabalho, que não nota minha presença. Aproveito para admirar o lugar. Ele tem uma sala só para ele, a sala é bem grande, quase do tamanho da sala de meu gerente. Há 3 computadores ligados e ele está mexendo em um Notebook. Ele está muito entretido. Eu o admiro. Ele é muito lindo. Me aproximo um pouco e toco seu ombro, ele se assusta e tira os fones me olhando assustado.

-Oque você está fazendo aqui? Não sabe bater antes de entrar?

Nossa que grosso.

-Eu bati, mas você não ouviu, me desculpe.

Ele se levanta.

-Tudo bem. Oque você está precisando?

Preciso ser bem amigável.

-Eu te trouxe um café, para agradecer por você ter concertado meu computador.

Eu dou um sorrisinho bem simpático e o entrego o copo.
Ele olha para o copo com desconfiança e o pega da minha mão dando um gole.

-Hum. Obrigado.

-Não há de quê.

Ele está me olhando de um jeito bem estranho. Eu não sei como agir com o Colin, em um segundo ele está de um jeito, em outro ele explode.

-Oque você faz aqui? Uma sala só para você?

Ele dá um sorrisinho.

-Curiosa você.

Ele se aproxima de mim, se aproxima muito, preciso arrumar uma distância  segura para conseguir pensar.

-N.. não, eu só..

-Você está me espionando mocinha?

Estou colada na parede atrás de mim, e o Colin está muito perto, seu cabelo está tocando meu rosto, uma mão está na parede e a outra segura seu copo.

-Oque eu tenho para espionar?

Minha voz sai mais baixa do que eu queria.

-Não sei, talvez você esteja interessada. Já viu como nosso destino é ligado a uma parede?

Ele olha minha boca e eu olho a dele. Preciso me recompor agora.
Saio por debaixo de seu braço e me ajeito.

-Melhor não voltarmos a esse dia. Não tenho lembranças agradáveis. Eu só te trouxe um café.

-Eu sou responsável por todos os servidores que você provavelmente viu antes de chegar aqui.

Ele me responde, e dá outro gole em seu café.

-E pra isso você precisa de uma sala só para você?

-Não vou te dar mais informações. Só isso já é o suficiente.

Ele volta a se sentar em sua cadeira, eu resolvo usar um pouco de charme para tentar arrancar alguma informação.
Aproveito o tempo para abrir um botão de minha camisa e me aproximo dele lentamente colocando as mãos uma de cada lado de sua cadeira. Uso uma voz bem convincente para dizer.

-Bom, você tem muitos privilégios aqui. Oque você fez para conseguir isso? Preciso de uma dica para conseguir me livrar do Matt tagarelando do meu lado todos os dias.

Seus olhos passam do meu decote para minha boca, e eu novamente estou muito perto. Ele levanta uma sobrancelha e da um sorrisinho de lado. Olho por cima de seu ombro e uma pasta preta com um símbolo vermelho escrito confidencial, chama a minha atenção. Ele percebe o meu olhar rápidamente coloca algumas folhas por cima da pasta. Eu me levanto.

-Oque é isso?

-Será que você pode me dar licença, preciso trabalhar. Obrigado pelo café. Agora por favor, saia.

Depois dessa eu não tenho mais motivos para ficar aqui. Pego meu copo e saio.