Para todo o sempre (1° e 2° TEMPORADA)

01.

Clarissa Fairchild nascida e criada na cidade de Nova York, tinha certeza que bem ali naquele lugar,tinha o mundo em suas mãos.

Ali era o seu lar.

A energia da cidade que nunca dormia era borbulhante em suas veias desde que ela era apenas uma garotinha e percorria as ruas de seu bairro com nada mais do que algum de seus livros favoritos na bolsa para parar e ler em qualquer banco.

Enquanto crescia,era como se fosse criada uma conexão entre ela e as luzes brilhantes dos telões da Times Square,a sensação de observar as árvores no final do dia em Bryant Park durante o outono,tudo isso fazia com que simplesmente sentisse que estava...em casa.

Desde sempre.

A vida não costumava ser tão boa todo tempo,disso ela sabia. Agora, mesmo tendo que ficar em um apartamento longe do centro com a mãe Jocelyn e o pequeno irmão caçula Sebastian, ela ainda sentia que a luta pela sobrevivência em NYC valia a pena.

Clary nunca poderia deixar sua cidade,o seu caos constante que parecia refletir o caos que tinha dentro de si,ou só... deixar sua vida pra trás. 

Seus pais estavam separados por três anos e seu pai Valentim havia se mudado para a pequena cidade de Roselie Ville no Estado de Arizona a cinco horas de nova york.Ele tinha uma fábrica de extração de minerais e teve que muda-la para essa cidade insignificante onde tudo era insignificante e que havia mais minerais do que todos poderiam acreditar.

Jocelyn,uma mulher sempre forte e determinada,após um dos belos ataques de clary - ela e seus amigos acharam que seria divertido implicar com os vendedores de uma loja chique em Manhattan por não ter saltos perolados exatamente do mesmo modo que um deles queriam e acabaram no departamento de polícia por isso.- decidiu que clarissa e sebastian deveriam passar um tempo com seu pai e estava os mandando para Roselie Ville,imediatamente.

Clary não aceitou isso,não aceitou mesmo.

-Por que você  nunca facilita as coisas pra mim, clarissa ?!

Sua mãe puxou com força alguns fios do cabelo que haviam caído sobre o rosto e parecia frustrada,não com raiva. Jocelyn sempre parecia frustrada desde a separação.

-Porque eu não quero ir para o fim do mundo! Como você pode fazer isso comigo? Não tem compaixão? Amor ao próximo, sei lá?

A garota elevou a voz não se importando por ter se escondido na casa de july e meio arrependida por ter sido tão óbvia em sua decisão de se esconder. Sua melhor amiga era sempre a quem ela recorria, não importava se a situação era feliz ou não.

-É só por um ano e depois do que você fez...

-É o meu último ano!

Clary finalmente gritou com a mãe a fazendo se exasperar.

-Você se tornou impossível,impossível de sequer lidar! Anda pelas ruas o dia inteiro, estoura milhares de cartões de créditos.Quem é você? Porque eu não criei a minha filhinha assim.

jocelyn a olhava com aquele olhar que clary costumava receber quando era criança e fazia alguma bagunça,ela odiava receber aquele olhar.

-Não me importa se é o seu último ano ou se vai ser o seu vigésimo! você quase mal vai pra escola mesmo, talvez lá seu pai te convença do contrário e...ele precisa de você agora,precisa de vocês dois.