Convite Inesperado

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Três anos se passaram desde que eu me formei, minha vida continua na mesma trabalho ainda para a senhora James, seus filhos estão crescendo e temo que em algum momento ela vá me dispensar. Minha mãe continua trabalhando igual a uma louca para nós nos mantermos. Nosso aluguel subiu, todas as contas subiram. Em Orrville, Ohio não existem opções. Kate e eu nos falamos uma vez na semana. A doida arrumou um partido na universidade engravidou e se casou as pressas, seu segundo filho nasceu a cerca de um mês. Seus pais praticamente enlouqueceram, contudo, ela disse que não iria abrir mão de se casar já que a família do rapaz era extremamente correta, os apoiaram nessa loucura, Kate prestes a completar vinte e dois anos é mãe do segundo filho. Kate teve sorte encontrou um homem que a ama de verdade, se ele fosse daqui da cidade provavelmente iria abandonar ela na primeira oportunidade.
- Bom dia! - a fisionomia da minha patroa me diz que há algo errado - Ana eu preciso conversar com você - senhora James me comunica assim que eu entro na casa para trabalhar.
- Bom dia senhora - tento me acalmar, o que será que aconteceu - Pode falar senhora James.
- Anastasia nós não vamos mais precisar dos seus serviços. - seus olhos marejam.
- Como assim - fico perplexa.
- Infelizmente o Jeffrey perdeu o emprego - as lágrimas começam a picar de seus olhos.
- Eu sinto muito - tento consolar a senhora James.
- Não Anastasia quem sente somos nós, você é uma funcionária excelente, sempre disposta a fazer o melhor. Mas infelizmente não vamos mais ter condições de te manter aqui conosco - senhora James praticamente joga uma bomba sobre mim. Assimilando o que acabo de ouvir lágrimas começam a picar dos meus olhos, meu coração parece que vai quebrar. - Anastasia por favor não chore querida. A senhora James se senta ao meu lado no seu luxuoso e confortável sofá.
Não consigo falar nada só chorar e agora o que vai ser de mim e minha mãe.
...

Me despedi das crianças o três choraram e eu nem se fala, aprendi a gostaria daqueles pestinhas. Me despeço de todos da casa, a senhora James faz um acerto comigo, sigo para casa, em anos é a primeira vez que chego tão cedo em casa.
Depois de eu chorar por horas, minha mãe chega do trabalho e me vê arrasada, jogada e destruída em cima da cama.
- Anastasia filha você tá doente - corre pra me acudir quando me vê soluçando de tanto chorar.
- Não mãe - me avalia, põem a mão na minha testa pra ver se eu não estou com febre.
- Então o que houve filha eu nunca vi você assim - passa a mão em meus cabelos me acalmando.
- Perdi o emprego mamãe - sua boca abre em um ó, entretanto logo ela muda sua fisionomia de chocada para conformada.
- Calma filha isso não é o fim do mundo.
- Como não mamãe temos tantas coisas para pagar e só a senhora trabalhando não vamos dar conta - esfrego meus olhos que já estão inchados de tanto chorar.
- Calma Anastasia se Deus fecha uma porta ele com certeza pode abrir outra - mamãe me puxa para seu colo e me acalenta.

Desconsolada eu acabo dormindo.
Quando mamãe me acorda pois já é noite. Dona Carla cuidadosa como sempre me preparou uma bela sopa.

- Vem comer Anastasia - franzo o nariz ao me lembrar que eu não tenho mais emprego meu estômago retorce, toda via me sento à mesa não quero ver dona Carla nervosa.
- Anastasia coma - isso não é um pedido é uma ordem.
- Estou sem fome mãe - argumento.
- Não comer não vai solucionar seus problemas. Basta a cada dia seu próprio mal, portanto mocinha coma e amanhã nos vemos como vamos fazer - toca meu nariz com a ponta do indicador.
Começo a comer tentando não lembrar do dia terrível que eu tive hoje. Amanhã é outro dia.

...

O dia amanheceu e eu mal preguei o olho. Minha mãe saiu para trabalhar e pela primeira vem em anos eu fiquei em casa sem fazer absolutamente nada. Já estou ficando entediada detesto ficar parada.
O meu celular toca - mamãe me deu com tanto sacrifício e ainda falta pagar a última prestação - Um nó se forma em minha garganta, contudo engulo respiro e atendo no quarto toque.

- Alô
- Oi Ana como você está?
- Ah Oi Kate, não estou muito bem mais creio que logo vai melhorar.
- Amiga o que aconteceu, nunca ouvi você tão triste assim - Kate murmura do outro lado da linha.
- Estou triste mesmo você me conhece bem - inspiro.
- Vamos desembucha logo - Kate está ansiosa do outro lado da linha - Anastasia Steele você está grávida?
- Que? - quase grito - Não você está louca Katherine Kavanagh, eu sou virgem ouviu bem, virgem - praticamente estou aos berros no celular.
- Ufa - ela solta a respiração.
- Eu perdi o emprego - explico.
- Poxa Ana que chato.
- Põem chato nisso chorei a noite toda - meus olhos marejam e, minha voz fica embargada.
- Ah Ana não chora a males que vêm para o bem.
- Espero que você tenha razão - uma lágrima escorre em meu rosto.
- Sim eu tenho, mudando de assunto eu estou chegando aí na cidade hoje a tarde meus pais querem ver os netos e como Elliot conseguiu uma folga esse fim de semana estamos indo para aí.
- Pelo menos uma notícia boa - saber que minha amiga vai chegar me alegra um pouco.
- Eu sei que você me ama Ana - Kate ri do outro lado.
- Sua ridícula - tento parecer indiferente.
Nós duas caímos na gargalhada.

...

O dia passou lentamente, como se ele estivesse afim de me massacrar, saber que estou sem emprego está me deixando doente.
A tarde caiu e eu continuo aqui largada na cama, se eu pudesse fugir para bem longe eu iria.
A campainha toca me tirando do meu devaneio depressivo.

- Já vou - grito enquanto corro para abrir a porta.
- Surpresa - Kate grita com uma criança no colo e uma no carrinho.
- Ah meu Deus Kate - corro e a abraço da melhor forma possível para não assustar o bebê.
- Ana quanta saudade sua - me abraça também.
- Vamos entre aqui - dou espaço para ela passar para dentro de casa.
Ajudo ela com o carrinho de bebê que quase não cabe dentro de casa. Nossa casa é bem pequena.
- Desculpe Kate não termos muito espaço - peço enquanto vou para a pia fazer um café.
- Imagina Ana - um sorriso se forma em seus lábios eu estava com saudades dessa loira linda.

Começamos a por os assuntos em dia sobre como é a sua rotina, como ela concilia vida de mãe versus mulher e trabalho, ela me conta todas a novidades, eu por sinal não tenho muitas para contar ainda continuo virgem. Não achei ainda nenhum homem digno de tirar minha pureza.
Depois de algumas horas conversando...
- Ana - fixo meu olhar nela.
- Hum - respondo enquanto lavo a louça do café dá Tarde.
- Eu quero que você vá trabalhar comigo - Kate diz de uma vez.

Engasgando só consigo murmurar as palavras - Oi ? - Balanço a cabeça em sinal de negativo.

- É isso mesmo eu preciso de alguém para me ajudar com as crianças. você é a pessoa ideal Ana - Kate sabe que eu amo as crianças - Se você aceitar vai poder cursar a faculdade a noite. Elliot faz questão - meu queixo vai ao chão e volta.
- Como é ? - indago curiosa.
- É isso mesmo estou te convidando para trabalhar comigo.

Descobrindo o AmorWhere stories live. Discover now