O que você faria se o amor da sua vida simplesmente quebrasse o seu coração por um mal entendido?
Aconteceu isso com Lauren e Camila.
Mas será que o amor delas é forte o suficiente para superar todos os problemas da vida?
Nunca desejei tanto minha casa como estou desejando agora. Tinha se passado três dias desde que acordei nessa maca do hospital. Foram dias cansativos, sentia falta de dormir agarradinha com a minha esposa, acordar e ver a carinha de sono do meu filho e até mesmo brincar com Zeus no quintal.
Minha filha, Luna, estava a coisa mais fofa do mundo. Seus olhos, todas as vezes que me via, me fitavam curiosa. Parecia que ela sabia exatamente quem eu era e ficava feliz em me vez, pois todas as vezes sorria para mim.
Lauren trazia ela para mim todos os dias, tanto para eu vê-la quanto para amamenta-la. Minha esposa também não via a hora de eu voltar para casa, ela fala que sem mim lá não é a mesma coisa. Até imagino a bagunça que deve estar lá, Lauren não é nem um pouco organizada e com Lorenzo junto é menos ainda.
Eu estava deitada na bendita dessa maca, com os olhos fechados e desejando mais do que tudo voltar para minha casa, e assim eu poderei cuidar da minha filha como deve ser. O quarto estava silencioso e parecia que o hospital também estava, eu não conseguia ouvir nada a não ser a minha respiração calma. Mas tudo que é bom dura pouco, ouvi leves batidas na porta.
- Entre. - Falei assim que a pessoa pediu para entrar.
Um médico, alto, forte e loiro, entrou no meu quarto com um sorriso lindo. Lauren que não me escute, mas o médico era realmente lindo, mesmo que eu não gostasse de homem. O cara tinha olhos azuis penetrantes e um sorriso cheio de dentes brancos, barba feita e o cabelo loiro atrapalhados. Parecia um filhinho de papai.
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- Boa tarde, Srta. Cabello. - Ele falou sorrindo gentil, mas tinha um pouco de malicia na sua voz.
- Boa tarde. - Sussurrei, eu ainda estava bem fraca e minha voz não passava disso. - E é sra. Cabello-Jauregui.
Ele se assustou com o que eu disse mas logo se recompôs e seu sorriso se alargou.
- Muito bem, vamos ao que interessa. - Veio se aproximando de mim e olhou a prancheta que continha meus dados, ao lado da minha maca. - Você me parece fraca. Tem se alimentado direito?
Antes que eu pudesse responder, outras batidas na porta me interromperam. Nós dois olhamos em direção a porta e logo ela se abriu, revelando minha esposa com nossa filha no colo. Lauren, que tinha um sorriso no rosto, fechou a cara na hora, quando viu o médico tão perto de mim. Tive que soltar uma risadinha pelos ciúmes explicito em sua expressão.
- Amor. - Murmurei manhosa, me sentando na maca calmamente, vendo Lauren se aproximar ainda de cara fechada.
Ela me entregou Luna e antes que se afastasse, pelo mal humor evidente, puxei-a pelo braço e lhe dei um beijo com direito a mordida no lábio inferior. Me afastei calmamente e olhei de soslaio o médico, ele estava com os olhos arregalados e com um pouco da boca aberta. Olhei para Lauren novamente e vi o sorriso vitorioso em seus vermelhos. Sorri também, ela era muito criança.
