Bufei, era sempre assim. Eu não podia falar nada. Olhei para o relógio que ficava no móvel ao lado da cama e me surpreendi com as horas.

- Porra, já são 14:30?! - Gritei comigo mesma. Nunca dormi tanto igual hoje.

Corri para o andar de baixo, quase caindo das escadas, e fui para a cozinha. O café estava gelado, as torradas moles e as panquecas frias. Merda! Abri a geladeira e coloquei suco de laranja em um copo. Tomei tudo numa golada só, deixaria para comer no shopping porque não daria tempo de fazer um almoço para mim.

Não deu 10 minutos e escutei a companhia tocando. Corri para a porta antes que Dinah a quebrasse.

- Camila Cabello-Jauregui, abra essa merda agora ou eu derrubo.

Sorri sabendo que ela realmente faria se eu não abrisse logo. Assim que abri a porta nem consegui me preparar e Dinah já me puxava para um abraço de urso.

- Puta merda, China. - Falei sendo espremida pelos seus peitos.

- Solta ela, amor. Esqueceu que a bunduda está grávida? - Escutei Mani falar e Dinah rapidamente me largou, com medo de ter me machucado.

- Ai minha santa Beyoncé. Você se machucou, Walz? - Dinah falou, olhando todo meu corpo procurando algum machucado.

- Não, estou bem. - Disse sem consegui segurar uma risada. Elas tiravam toda a minha tristeza, independente de qual for.

- Então vamos, já está tarde e eu estou com fome. Quero comer um sanduíche bem caprichado com muita batata frita. - Escutei Mani falar, mas ela já estava perto do carro.

Corri para dentro de casa, peguei minha bolsa e meu celular que estava jogado em cima da minha cama. Procurei alguma ligação ou mensagem da minha esposa, mas não tinha nada. Suspirei e fui para o andar de baixo, não encontrando mais ninguém. Saí de casa e a tranquei, indo para o carro das garotas.

(...)

O dia foi bem divertido, as meninas me fizeram comprar tantas coisas que quase não consegui andar pelo shopping com as sacolas nos meus braços. Almoçamos na praça de alimentação, um sanduíche com bastante batata frita, do jeito que a Mani queria. Estava delicioso. Depois fomos assistir um filme qualquer e assim que o filme acabou nós fomos as compras.

Estávamos a caminho de uma boate no centro de Nova York quando escuto meu celular tocar. Era ela. Senti meu coração bater mais rápido e minha raiva crescer. Lauren não tinha dado notícias desde de manhã. Claro que eu fiquei com raiva, era o meu dia e a cachorra tinha esquecido. Não atendi a sua ligação e continuei a observar do lado de fora da janela do carro.

A noite estava fresca, o vento estava frio mas o clima agradável. O céu estava limpo, com várias estrelas brilhantes. Eu amava noites assim, me lembrava da época quando eu e Lauren ainda namorávamos. Sempre que tinha noites assim, eu pegava minha moto e ia para a casa dela, nós duas deitávamos no telhado da sua casa e ficávamos até de manhã olhando as estrelas. Muitas das vezes elas eram testemunhas das nossas noites de amor.

- Chagamos.

Fui despertada dos meus pensamentos e vi que tínhamos chegado na boate. Descemos do carro e fomos para a entrada do lugar. Meu celular vibrou mais uma vez e vi que tinha várias mensagens da minha esposa.

Amor: Camz, já cheguei em casa. Cadê você?

Amor: Amor, porque não me atendeu?

Amor; Camz, estou preocupada. Me ligue.

Amor: Camila, é sério, se você não me atender eu ligo para a polícia.

Amor: KARLA CAMILA CABELLO-JAUREGUI, ME LIGA AGORA.

Don't Break My HeartOnde histórias criam vida. Descubra agora