- Goooool! O papai fez um gol! - Matthew pulava e gritava ao meu lado, comemorando o gol recém marcado de Louis.
Estávamos todos na arquibancada prestigiando sua participação em um jogo de caridade, desde sua mãe e padrasto a todos seus irmãos, incluindo os mais novos, que gritavam junto a Matthew. Meu pequeno tinha apenas três anos, mas já bagunçava mais que uma creche inteira. Sejamos sinceros, ele era a cópia fiel de Louis, desde os traços físicos, os olhos azuis à forma como era escandaloso.
- Papai eu vi seu gol. Ele foi o mais legal, o goleiro nem viu a bola, ela parecia um foguete. - Matthew disparou a falar quando viu Louis chegando ao estacionamento onde eu o aguardava depois do jogo, já que os demais tinham ido na frente para organizarem os preparativos para o almoço.
- O fiz pra você garotão. - Louis pegou o filho nos braços assim que se aproximou o bastante de nós.
- Só ele ganha gol? É assim? - fingi estar brava recebendo um selinho do meu marido.
- Você ganha o que quiser de mim, sabe disso. - disse abrindo a porta do carro e ajeitando Matt na cadeirinha.
- É bom saber disso. - entrei no carro também e fizemos o percurso para a casa da mãe de Louis enquanto o mesmo comentava animado sobre o jogo, explicando alguns lances para o filho que o olhava admirado do banco de trás.
Estávamos na sua cidade natal e esse era um dos motivos para o sorriso radiante de Louis nunca largar seu rosto. Ele adorava aquela calma, principalmente porque podia passar um tempo único com a família e dar mais atenção a mim e ao filho.
Chegamos e encontramos todos espalhados pelo jardim, era uma pequena comemoração da família de Louis com o sucesso do jogo. Matthew logo correu para brincar com os mais novos e Louis foi atrás correndo com eles. Cumprimentei algumas pessoas e passei a caminhar pelo lugar enquanto apreciava o belo dia que fazia. Passei os olhos no meio daquele tanto de gente e encontrei o olhar de Louis, ele sorria como se nada no mundo pudesse abalá-lo. Como eu adorava esse sorriso.
Todos os anos que passamos juntos tinham sido os melhores da minha vida, poder dividir uma casa com ele, ter nosso pequeno Matt para nos fazer enlouquecer e não parar um minuto, e agora ele teria companhia, um irmãozinho ou irmãzinha. Passei a mão na minha barriga. Eu carregava um bebê dentro de mim agora, um novo Tomlinson.
- Olha quem eu encontrei, a nora mais linda que eu tenho. - Johannah falou me abraçando.
- Johannah, eu sou sua única nora. Pelo menos eu espero que seja. - brinquei, lançando um olhar acusatório para Louis, que apenas encolheu os braços entrando na brincadeira.
- Eu não sei de nada. - completou rindo e eu me aproximei estapeando seu braço.
- Idiota! - exclamei, rindo, enquanto ele me abraçava pela cintura.
- Que tal nós fazermos um brinde pelo gol do meu menino no jogo? - Johannah falou pegando uma taça de vinho na mesa ao lado.
- Menino, mãe? Eu já sou casado. - Louis fez careta.
- Mas vai ser sempre meu menininho. - ela apertou suas bochechas fazendo todos no jardim gargalharem, inclusive eu.
- Quer que eu pegue um para você, amor? - Louis perguntou prestativo.
- Não Lou, obrigada. - ele se separou de mim e andou até a mesa onde estavam as bebidas.
- Parou de beber, Caroline? - perguntou Lottie.
- Quase isso. - respondi evasiva, talvez fosse a hora de dar a notícia.
- Por quanto tempo pretende ficar sem beber?
- Acho que mais ou menos por uns nove meses. - Johannah parou de tomar o vinho e me olhou com expectativa.
- Que besteira amor, por que você pararia de beber por nove meses? - Louis falou rindo e depois olhou para mim com os olhos arregalados - Nove meses? Não me diga que você...
- Acho que vamos ter que arrumar uma casa com mais espaço - falei colocando a mão em cima da minha barriga - Pois vamos ter mais um Tomlinson correndo pela casa.
- Eu não acredito! Isso é incrível. - ele falou me abraçando pela cintura e me rodopiando no ar. - Você não poderia me deixar mais feliz. - se abaixou ficando com o rosto próximo a minha barriga onde depositou um beijo demorado.
- Porque o papai ta beijando você ai mamãe? - Matthew perguntou apontando curioso para a cena, e antes que eu pudesse respondê-lo Louis já estava com ele nos braços o rodopiando no ar como tinha feito comigo momentos antes.
- Porque ali tem um irmãozinho pra você. - Louis falou com o filho ainda no ar enquanto o mesmo soltava uma gargalhada gostosa.
- Ou irmãzinha. - Johannah concluiu vindo me parabenizar junto aos demais.
- E porque ele não sai dai de dentro? Ele ta escondido? - Matt questionou assim que o pai o deixou no chão, ele olhava minha barriga como se esperasse que o irmão fosse sair dali a qualquer momento, todos riram da inocência do meu pequeno garoto.
- Ele vai sair meu amor, só vai demorar alguns meses. - o peguei no colo enquanto explicava e Louis enlaçou a lateral do meu corpo se aproximando do filho.
- E porque vocês colocaram ele ai? Ele esta de castigo?
- Não filho, ali é só a casinha dele até que ele fique forte o bastante pra poder sair. Do mesmo jeito que foi com você - Louis respondeu o garoto de forma doce.
- Eu já morei ali? - arregalou os olhos fazendo uma das tantas caretas que aprendeu com o pai.
- Já, por isso você esta aqui agora, porque ficou ali pra ficar forte e poder sair. E quando ele ou ela sair vamos poder brincar e ensinar várias coisas pra ele. - completei o raciocínio de Louis.
- Eu vou ensiná-lo a jogar bola, como o papai me ensinou. - Matthew dizia animado, me aliviando por achar que ele fosse sentir ciúmes ou algo do tipo pelo mais novo membro da família, mas ele parecia tão animado conversando com Louis do que fariam com o bebê que percebi que assim como todos ali, ele já amava o irmãozinho.
- Eu amo vocês. - disse beijando a bochecha de Matthew e dando um selinho em Louis.
- Eu amo vocês mais. - Louis completou fazendo cócegas no filho que se contorcia todo no meu colo enquanto gargalhava. Sorri e Louis segurou meu rosto me beijando.
E assim passamos o resto do dia, comemorando enquanto Louis e Matt já faziam milhares de planos para o bebê na minha barriga. Eu estava totalmente completa agora.
