Minha cabeça tomba para trás e eu suspiro, finalmente vou poder descansar!
- Amor! Vem cá! - grita Justin, do quarto.
Suspiro de novo e levanto. Alguém chama a polícia, porque eu vou matar esse garoto. Abro a porta encontrando ele jogado na cama, com o controle do vídeo game na mão.
- O que foi, Justin?
- To com dor. - faz bico.
Eu vou te mostrar o que é dor, penso mentalmente.
- Dor de quê?
- De cabeça, de garganta e de barriga.
- Eu disse pra você não comer aquelas besteiras. Para de jogar essa porcaria que a dor de cabeça passa.
- Nossa, é assim que você fala com o seu namorado doente?
Fecho os olhos e conto até dez.
- Eu vou pegar o remédio e se, quando eu voltar, você ainda estiver na frente dessa TV, eu quebro ela.
Desço as escadas ,pisando duro, e vou na cozinha pegar os remédios. Só o Justin mesmo pra pegar uma gripe justo no aniversário dele. E advinha quem teve que cancelar a festa, limpar tudo e comer o maior bolo sozinha? Eu. Eu amo esse idiota, mas ninguém merece essa criatura doente. Ele usa e abusa de você.
- Aqui, seu remédio. - engatinho, pela cama, até me aproximar dele, que está afundado em cobertores, que são, por fim, empurrados para o lado, deixando seu pijama do Mario Bros à mostra.
- Por que esse? Ele é horrível!
- Justin, toma o remédio.
- Chata. - ele toma, fazendo caretas e volta a se jogar na cama, me abraçando pela cintura.
Fico fazendo carinho em sua barriga, pra ver se a dor passa, e com outra mão mexendo no celular. Cancelei um encontro com a Kris e uma saída com os meus pais. O que esse garoto não me faz fazer?
- Amor?
- Fala.
- Grossa. Não falo mais.
Mais uma nota: Justin doente fica mais carente e sensível que mulher na TPM.
- Desculpa, amor, o que foi?
- To com fome.
- Justin, você tomou uma panela de sopa inteira há duas horas.
- E daí, porra? Quero comer! - olho pra ele, sem acreditar e o fuzilo por telepatia, pensando em várias maneiras de descer a mão naquele rosto lindo.
- Não me mata, foi sem querer. Desculpa, desculpa. Ai, eu te amo.
- Cala a boca, Bieber, cala a boca. Eu vou lá fazer alguma coisa e se você não comer, desço a panela na sua cabeça. - empurro ele para o lado e desço as escadas, correndo.
Dessa vez vou fazer uma canja. Coloco tudo o que precisa na panela e boto no fogo, mexendo de minutos em minutos.
Estou distraída, quando sinto braços em minha volta. Justin me da um beijo na bochecha, me fazendo sorrir.- Tá com um cheiro ótimo.
- Obrigada. - sorrio de leve - O que mais você quer?
- Você, cuidando de mim pra sempre.
- Ah, mas isso você já tem.
- Eu sei. - me abraça com mais força. - Eu sou muito sortudo por isso. - não consigo conter o sorriso bobo.
Mesmo me deixado louca, sendo irritante, chato, bobão e esfomeado a maior parte do tempo, eu não seria nada sem ele.
- Eu te amo muito. - murmuro, voltando a mexer a sopa.
- Eu te amo mais.