Capitulo 38
- Você disse que brigou com ela, sim? – indago depois de um tempo em silencio.
Já devia ser madrugada, não paramos pra verificar a hora. Estávamos cansados e curtindo o pós em silencio abraçados tranquilamente.
- Sim... – Rafael suspira.
Eu estava deitada em seu peito, então não pude ver a expressão que fez ao responder essa, mas algo me dizia que não era das melhores...
- Quer mesmo falar sobre isso agora? – acrescenta ele depois de alguns segundos.
- Se não for agora, quando vai ser? – comento olhando pro nada.
- Tudo bem...
- Escuta, - sento na cama e tenho sua atenção em meus olhos – se vamos tentar, vamos fazer direito. – Rafael arqueia uma sobrancelha – Não basta você ter brigado com ela, eu quero que termine com isso, de uma vez por todas.
- Posso fazer isso, mas não vai ser do dia pra noite... – interrompo.
- Ah não? – indago com deboche – E vai ser como? Vai esperar mais dois anos enquanto tentamos escondido? – sorrio em ironia – Não vai mesmo.
- Será que dá pra você se acalmar? – Rafael suspira – Não vou fazer isso agora, mas também não vou esperar o Henrique fazer aniversário...
- Eu só quero um tempo. – ironizo fazendo uma voz debochada.
- Sofia...
- Rafael...
- Ok, olha... – ele senta e bufa – Nós dois temos uma leve tendência à dar errado e se começarmos com esse clima não vai tão longe...
Semicerro o olhar e cruzo os braços com um pouco de raiva tomando conta.
- Você é que faz esse clima.
- Eu? – indaga com um tom de riso – Tem certeza?
- Te dou uma semana. – falo ignorando seu deboche – Ou você termina com ela e resolve de vez o que quer pra sua vida, ou paramos aqui.
- Sim senhora. – responde irônico.
- Sim pra que? – arqueio uma sobrancelha - Primeira ou segunda opção?
- Caramba Sofia... – Rafael ri – Você gosta de complicar, né?
- Vá a merda, estou tentando descomplicar isso tudo, mas você não colabora!
- Ok, Sofia, eu vou resolver isso ainda nessa semana. – fala calmamente como se eu precisasse de tempo pra entender – Não se estresse, se eu disse que quero tentar, eu realmente quero.
- É que você é meio parado, quase posso tocar na necessidade que sinto em te dar um empurrão. – debocho.
- Sabe que outra coisa você poderia me dar? – indaga com um meio sorriso antes de me puxar pelo braço fazendo deitar sob seu corpo novamente.
- Cala boca. – reviro os olhos.
- Só ia pedir um beijo. – diz ele numa falsa inocência – Pensou em que? Credo...
- Com certeza era isso o que você pretendia falar... – dou uma risada baixa, Rafael sorri e fica me encarando por alguns segundos sem dizer nada – O que?
- O que, o que?
- Tá me olhando assim por quê? – franzo a testa e ele ri.
- Só estava pensando em quanto tempo a gente perdeu com besteira... – comenta ainda me encarando fixamente – foram dois anos jogados ao vento por nossa imaturidade...
- Mais sua do que minha, vamos dizer... – brinco vendo ele me olhar descrente, solto uma risada e lhe dou um selinho – Passado é passado, vamos enterra-lo ou acabaremos nos enterrando nele.
- Você tem razão... – Rafael sorri e eu deito em seu peito me aconchegando ali – Não vamos começar esse assunto ou nossa noite não acabará bem.
Suspiro e concordo com a cabeça, é claro que os assuntos que deixamos no passado não são nem um pouco interessante de se comentar, fora o fato que nos aproximou novamente, nada mais vale a pena ser lembrado. Estou disposta à começar do quase 0 se isso nos fazer dar certo dessa vez.
- Eu preciso ir embora... - fala Rafael depois de quase um minuto num silencio confortável.
- Por quê? – franzo o cenho sem olhar pra ele.
- Já deve ser tarde, amanhã tenho compromisso logo cedo e eu não quero acordar dando de cara com o Felipe. – diz e ri logo em seguida.
Suspiro e dou de ombros.
- Você que sabe... – mal termino meu pensamento e o choro manhoso de Henrique invade meus ouvidos.
- O dever lhe chama... – Rafael brinca, sento na cama e olho pra ele antes de revirar meus olhos.
- Nos chama, já que você tá aqui. – pisco e ele ri sentando também.
- Amanhã a gente se vê. – me dá um beijo rápido se levantando e catando suas peças de roupas.
- Não esquece de resolver seu problema. – comento antes de levantar e repetir seus gestos.
- Não vou esquecer... – ele ri enquanto se vestia rapidamente – Fico feliz por finalmente nos acertar... – fala me olhando com um sorriso.
- Digo mesmo... – retribuo o sorriso e me aproximo dele, já vestida 50% - Agora só depende de você. – dou-lhe um último selinho e me encaminho pra porta ainda escutando o choro do Henrique no quarto ao lado.
- Você não me escapa dessa vez, marrentinha. – comenta ele antes de eu sair do cômodo.
Sorrio e olho pelo ombro sua feição sorridente.
- Uma semana, não esqueça. – comento – E pode deixar a porta encostada, depois eu fecho. – concluo saindo do quarto e correndo para acalmar meu filho que deve ter se assustado ao acordar sozinho.
_________
Mas to merecendo mesmo, não digo mesmo... :')
Gente, estou prometendo a mim que vou me empenhar em att... NÃO DESISTAM DE MIM, EU AMO VOCÊS!
Beijos, pra quem quiser, queijos e é nessa que eu vou! Fui! risos.
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Maldita Aposta! - Book 2 ➼ Cellbit
ספרות חובבים2° temporada de Maldita Aposta! Depois de tudo que passei, não será tão fácil dividir "algo" que é só meu.