Nada a ser feito.

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Franzo a testa com uma confusão aparente.

- Conversar? - indago

- Não haja como se não tivéssemos sobre o que conversar... - reviro os olhos com as palavras dele

- Conversar sobre o que? - pergunto curiosa

Rafael olha pro Diego, que suspira e vem até mim.

- Deixa eu levar ele pro quarto... - diz pegando Henrique dos meus braços que já dormia. - quer me acompanhar? - Diego se refere a menina de 15 anos. Olho pra ele tão surpresa que não tive tempo de conferir a feição do Rafael. Mas, vejo Diego revirar os olhos - não se preocupe Rafael - Diego me olha - não é todos seus lances que me interessam - pisca e dá uma mordiscada em minha bochecha.

Tive que rir, mas parei ao olhar a carranca que dominava a feição de Rafael.

- Tudo bem, eu vou... - Say... O que mesmo? ... Irrelevante.

Rafael não se impôs a decisão dela em acompanhar Diego, o que me fez questionar sua reação de instantes atrás.

- Certo, o que tem a me dizer?

- Bem, primeiro... - ele franze o cenho - você está com o Diego? - levanta uma sobrancelha

- Não... O tem a ver? - franzo a testa - Era isso que tinha a me dizer?

- Não, claro que não... Só quis saber. - ele suspira - Enfim, hoje algumas fãs tiraram fotos comigo e Henrique...

- O que?! - interrompo

- Posso continuar? - reviro os olhos - Como eu ia dizendo, não falei o que Henrique é meu, por saber que essa decisão tem que ser nossa. O que não as impede de supor...

- Droga... - bufo - e agora?

- Estou lhe perguntando isso, Sofia... - diz impaciente

- Ei! - o repreendo - Se está nervoso não vem descontar em mim. - cruzo os braços

- Certo, vamos tentar chegar em algum lugar - ele diz rolando os olhos

- Ok estressadinho. - bufo - Quem expôs nosso filho, foi você. Porque eu tenho que ter a resposta? - dou ênfase ao "nosso".

- Simples, se lidarmos com a minhã resposta, você não terá a melhor das reputações.

- Idiota... - digo baixo. Rafael sorri vitorioso.

- Vamos sair da porta? Pode ser um bom começo...

Dou passagem a ele fazendo um gesto teatral pra que passasse.
Rafael sentou no sofá maior, eu sentei no mesmo ao seu lado.

- O que sugere? - pergunto cansada

- A verdade?

- Que verdade? - olho pra ele e suspiro - Oi pessoal esse é meu filho, ele tem 1 ano e 3 meses e eu só apresentei ele agora porque eu não o conhecia... ? - ironizo

- Talvez eu acrescentaria um: " e a culpa é toda da mãe dele" - faz aspas no ar sorrindo sarcástico

- Idiota... - bufo

- Certo, você diz e eu faço... - dá de ombros

- Não seja tão passivo, Rafael... - respiro fundo vendo ele arquear uma sobrancelha - Haja feito homem e me dê uma solução - pisco com a única intenção de provoca-lo.

- Não sinto que esteja preparada pra uma resposta a altura - diz sem se abalar

- Tente... - sorrio com a língua entre dentes

Rafael encara meus lábios e suspira, sorrio mais quando nossos olhares se encontram, seus olhos azuis fizeram meu corpo arrepiar numa sensação estranha de algo passando por todo meu corpo me fazendo pensar em uma corrente elétrica. Me senti tão idiota que parei de sorrir percebendo que o encarava de uma forma nada sútil.

- Então... - começo - Você dá a desculpa que quiser, ou a verdade, se preferir. - olho em sua direção - Eu assumo meus erros.

- Certo. - Rafael diz depois de um tempo - Se prefere assim... - ele dá de ombros

- Sim...

- Será que seria diferente? - Rafael solta do nada

- Diferente? - pergunto sem entender

- Se eu não tivesse ido embora... Ou se você me contasse sobre Henrique - ele sorri - você acha que seria diferente?

- Diferente como...? Com nós dois juntos? - foi uma pergunta retórica e ele entendeu, dou de ombros - Me diz você...

- Está aí o problema... - olho pra ele com a testa franzida numa interrogação explícita - você nunca se entregou totalmente à mim - Rafael suspira - não sei o que te impede, medo, insegura, confusão...

- Um filho... - acrescento

- Eu ficaria se você pedisse. - desvio o olhar - Eu te daria total apoio se soubesse de Henrique... - ele ri sem humor - e sabe o que é pior?

Olho pra ele sem coragem de dizer qualquer palavra.

- Você sabia de tudo isso.

Sim, eu sabia. Eu sabia que ele ficaria, que me apoiaria e que... Bem, que eu o amava.

- Não há mais nada que possamos fazer, certo? - falo baixo sem coragem de erguer o tom de voz

- Eu diria que sempre a algo, mas dessa vez não, não há nada mesmo Sofia. - ele levanta a sobrancelha

- Rafael eu... - suspiro - eu ia atrás de você, eu estava indo... mas aconteceu tudo tão depressa... - sinto uma lágrima esquentar minha bochecha, rapidamente desvio o olhar - Eu sinto muito...

- Não sinta. - ele suspira alto - Não tem nada que possa mudar o que já passou... Você errou, mais do que posso enumerar... Mas já foi, nada vai recuperar o tempo que me fez ficar longe do meu filho.

- Nada... - suspiro

O silêncio que dominou a sala nos próximos 5 minutos foram tão desconfortável que eu preferia ficar olhando a cara da ruiva dos 15. 

- Mais alguma coisa? - corto o silêncio

Como não houve resposta, olho em direção de Rafael conferindo que ele me observava atentamente.

- Sim. - diz antes de por a mão em minha nuca me puxando pra si.

Nossos lábios se tocam ferozmente e quando me dou conta, já sentava de frente pra ele com uma perna em cada lado de seu corpo.

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Cap só pra dizer que voltei 💃

Que achou? Foi meio bosta, né?

Desculpa :')

Ei, não gostei da Munik (deve ser assim) ter ganhado o BBB... Aff, fala sério 🙄

E é isso mesmo...

Beijos, queijos, me sigam e até a próxima!

Fui 💞

Maldita Aposta! - Book 2 ➼ CellbitWhere stories live. Discover now