06
Por alguma razão desconhecida, Felipe e companhia não acharam legal a ideia de sair e tomar sorvete com a gente, por isso, ficaram em casa e eu tive que ir sozinha com Rafael e Henrique na sorveteria.
- E aí, me conta como tá sua vida... - Rafael fala do banco do motorista me olhando pelo retrovisor, eu e Henrique estávamos atrás.
- Minha vida... - do de ombro - se resume ao Henrique nos últimos dois anos.
Rafael arqueia uma sobrancelha me olhando curioso.
- E... bem... você não tem um, uh... namorado? - se enrola pra falar
Sorrio o encarando pelo retrovisor.
- Não é como se te importasse, certo?
- É só curiosidade... - dá de ombro
- Não, eu não tenho. - respondo sem me importar, encarando a janela ao meu lado, sinto o olhar dele em mim mas eu não confiro.
- Mama, alô! - Henrique diz batendo palmas, Rafael ri baixo.
- Não filho - sorrio pra ele - depois a mamãe te dá o celular, mas agora não, tá bom? - ele assente e vira o rostinho pra frente.- Celular? - Rafael pergunta
- Ele gosta de ver vídeos... - suspiro e dou de ombros
- Ele assiste meus vídeos? - indaga me olhando pelo retrovisor
- Principalmente... - Rafael ri e nega com a cabeça.
- Me sinto na obrigação de falar menos palavrões de hoje em diante... - declara rindo
- Eu agradeceria... - tive que rir, mas paro ao cruzar meu olhar com o dele no retrovisor - De qualquer forma, eu sempre mostro os vídeos com poucos palavrões se tratando de você.
Ele sorri e concorda sem me olhar.
- Então quer dizer que você assiste meus vídeos? - pergunta sorrindo
- Não é como se eu tivesse escolha... - falo fingindo indiferença
- Não é como se ele tivesse descoberto os vídeos sozinho... - rebate num tom vitorioso
- Agradeça ao Felipe... - pisco pra ele que me olhava pelo retrovisor, Rafael nega rindo baixo.
Um pouco depois, estávamos no estacionamento do shopping, desço com Henrique e o coloco no chão.
- Colo, Mama! - pede jogando os bracinhos pra cima, me abaixo na atura dele.
- Filho, vamos andando, uh? - sorrio - a mamãe tá cansada e tu tá ficando pesadinho... - faço cosquinha na cintura dele e ele ri.
- Mama! - protesta tentando segurar meus dedos, eu paro de fazer cosquinha e dou um beijo no nariz dele antes de levantar.
- Dá a mão pra mamãe... - peço e ele oferece a mãozinha pra mim
- Nunca pensei que um dia veria você numa cena dessas... - Rafael fala sorrindo, ele desencosta do carro e se junta a nós.
- Nem eu - do de ombro - acredite...
- Piu Piu! - Henrique grita apontando com a mão livre
Olho em direção e vejo alguns pombos, rio e solto a mão dele o deixando livre.
- Vai pegar o Piu Piu! - digo na mesma empolgação dele
Henrique vai rindo e correndo em direção dos pombos, Rafael ri quando ele tropeça nos próprios pés e levanta limpando as mãozinhas sem se importar e voltando a correr.
Parecia uma bolinha correndo, a fralda deixava ele um pouco mais bundudo do que era e Henrique corria com dificuldade pelo pequeno corpinho gordinho.- Ele vai se assustar... - declaro vendo a proximidade dele dos pombos
- Acha que ele consegue pegar algum? - Rafael pergunta rindo quando um dos pombos foge de Henrique fazendo ele se desequilibrar e ter que se estabilizar segurando no chão.
- Tadinho... - rio quando outro pombo foge dele, Henrique nos olha com um beicinho frustrado.
- Vai filho! - incentivo
- Acho que você não deveria iludir ele... - Rafael declara rindo
- Eu preciso incentivar ele... - do de ombros sorrindo
Henrique corre em direção dos 3 últimos pombos, mas eles fogem antes mesmo dele se aproximar.
Henrique olha pra cima vendo eles se afastarem, percebo a cara de choro e já começo a andar até ele. Henrique senta no chão e tenta esconder o rosto com as mãozinhas, escondendo apenas os olhinhos. Ele começa a chorar com um beicinho adorável.
Me abaixo na frente dele.- Não precisa chorar filho... - digo sorrindo
- Piu Piu... - ele acena as mãozinhas sinalizando que eles foram embora.
- Eles foram pra casa com a mamãe deles - sorrio quando ele me olha
- Mama? - pergunta com o beicinho presente
- Isso aí! - dou um beijo na testa dele - Vem, vamos entrar... - ergo ele do chão fazendo ele ficar de pé.
- Colo! - ele pede quando eu levanto
- Vem aqui comigo... - Rafael diz, Henrique bate palminhas contente com a ideia, sorrio e dou de ombros vendo Rafael pegar ele no colo.
- Vamos lá... - suspiro e começo a andar no lado deles
- Gal! - Henrique ri olhando nos olhos de Rafael
Rafael me olha confuso.
- O que é igual filho? - pergunto sorrindo, Henrique põe a mão na boca e ri.
- Mama, gal eu! - diz rindo, franzo a testa.
- Igual a você? - pergunto confusa, Henrique confirma e pega no cabelo do Rafael e no dele rindo:
- Gal - aponta pros olhos do Rafael e depois pros deles - gal! - ri e bate palminhas
- Ah... - nego sorrindo - ele é igual a você? - pergunto desviando do olhar de Rafael
- Gal! - confirma rindo e bate palminhas animado.
Rafael sorri olhando pra Henrique que ria achando graça.
- Sabe porque somos iguais? - pergunta chamando a atenção dele, Henrique tomba a cabeça pro lado, como sempre faz quando tá interessado ou confuso - Porque eu sou seu pai. - sinto um nó no estômago, mas não de um jeito ruim, não mesmo... só foi estranho e diferente.
- Pa! - Henrique bate palminhas, sorrio olhando pros dois me permitindo admitir o que sempre tentei ignorar:
As semelhanças.
Henrique estava certo, eles são muito parecidos. Cabelos loiros, olhos azuis, pele branca, risada alta, o jeito fofo e descontraído de lidar com os outros, o gosto por jogos e até, a facilidade de me fazer sorrir...- Tente esse filho: - digo ganhando a atenção dos dois - Pa.pai... - falo pausadamente sorrindo pro Henrique
- Papa? - Henrique tenta, Rafael sorri de um jeito lindo
- Isso amor! - bato palmas de leve e Henrique repete os meus gestos animado.
- Papa! - ri olhando pro Rafael
________
E na primeira vez que a gente ficou, o nosso caso era só fazer e não falar de amor ♥ - to com essa música na cabeça a SÉCULOS e o pior, nem sei se tá certo kkkkkk
Como foi o cap pra vocês?
Pra mim foi bem, obrigada.E beijos, queijos e até logo ♡
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Maldita Aposta! - Book 2 ➼ Cellbit
Fanfiction2° temporada de Maldita Aposta! Depois de tudo que passei, não será tão fácil dividir "algo" que é só meu.