Meus olhos já estavam transbordando de lágrimas peguei na sua mão e apertei eu não ligava pros olhares assustados vindo de todos, eu o amava com toda a minha força,  com todo o ar que entrava pelos meus pulmões,  cada batida acelerada era dele, cada lágrima de felicidade, me levantei e o abracei,  esse abraço que me dá paz que é quente e aconchegante.

- Como  é isso ? - Meu pai nos olha ainda muito assustado,  ele não pisca e sua pele ficoi pálida.

- Você tá brincando não  é - Meu tio o fuzila com os olhos e sinto um aperto no meu coração.

- Beatriz você também o ama ? - Meu pai me encara ainda assustado com a sua xícara na mão imóvel. 

- Sim papai o amo, Victor chegou como quem não queria nada, mas me proporcionou uma alegria que eu pensei que nunca mais iria sentir,  pai eu o amo se hoje eu dou risadas e faço brincadeiras com vocês é tudo graças a ele é tudo graças a esse homem, eu estou realmente feliz papai. - Pego na mão do Victor e aperto forte.

- ISSO É LOUCURA, LOUCURA - Meu tio se levanta e bate com tudo na mesa, todos o olham assustados inclusive Maria que estava ali observando tudo de canto. Sério isso achei que essa reação fosse ser do meu pai, mas ele ainda está em estado de choque tentando processar tudo.

- Eu achei que estava tomando juízo,  mas  vi que não  - Ele continua e passa a mão pela testa.

- Calma Deric,  gritar e se stressar agora não vai levar à  nada - Minha tia diz tentando acalmar ele.

-  Os dois venham comigo agora, Deric se quiser acompanhar - Meu pai se levanta e sai em direção ao escritório. Olho para o Victor que me olha sem entender também. Minha mãe me olha e faz um joinha com as mãos dizendo que vai ficar tudo bem, minha tia ainda nos olha chocada. Yan não diz nada apenas sorri. Chegamos ao escritório e meu pai disse para nos sentarmos. Sentamos de frente para ele que sentou na sua cadeira atrás da mesa.

- Desde quando?  Desde quando vocês estão juntos? - Meu pai coloca os braços sobre a mesa e agora seu semblante estava sério, meu tio está atrás dele andando de um lado para o outro.

- Faz alguns dias - Victor responde e continua - Mas eu gosto dela desde que cheguei aqui quase.  - Olhei para ele na mesma hora eu pensei que tinha sido desde o nosso beijo.

- Filha me diga porque acha que devo aceitar isso ? - Até parece uma entrevista de emprego isso aqui - Augusto você não pode estar falando sério.. - Meu tio o olha com as mãos na cintura.  - calma deixa ela falar.

- Bom, sabe quando eu era pequena e te perguntei como você sabia que amava a mamãe?  - Ele assenti e eu continuo - Você me disse que soube    a partir do momento que não conseguia dizer tchau depois de um encontro, que sentia falta dela assim que à via fechando a porta, disse que sabia que era amor quando colocava os interesses dela acima do seu e que fazia de tudo para vê-la sorrir, que só  à ela pertencia seus batimentos fortes e seus olhos brilhando, eu sei que nesse exato momento meus olhos estão do mesmo jeito, meu coração ta acelerado e tudo oque eu espero de um dia de 24 hrs é quando vejo Victor passando pela porta no final da noite, essa é  a minha hora preferida. Eu o amo papai, eu sou feliz ao seu lado, não me vejo sem ele.

Meu pai parece pensativo e fica assim por uns longos dois minutos meu tio parece estar mais calmo e entende o olhar que meu pai nos dá,  logo ele puxou uma cadeira e se sentou perto do meu tio, agora deu um sorriso de canto e eu mais uma vez não entendi.

- Filho eu era que nem você antes de conhecer sua mãe,  era briguento mulherengo e vivia em festas, quando conheci sua mãe não dei muito valor no começo mas então vi uma mulher incrível que via além de um cara safado e sem juízo,  sua mãe é tudo na minha vida, se eu sou o homem que sou hoje é graças a ela, eu entendo você,  entendo você também Beatriz, não conseguiria dormir separando vocês e vendo um sofrendo em cada canto,  o seu avô fez isso com a sua mãe e o seu pai, e eu vi o meu irmão chorar todas as noites, sempre disse que quando tivesse meu filho ou filha iria agir da melhor forma. Por mim se quiserem ficar juntos não vou me impor só não quero minha sobrinha e filho magoados entenderam? 

Assentimos e eu ainda não acreditava naquilo,  meu pai passou a mão pelos cabelos e voltou a nos olhar.

- Seu avô achava que eu não fosse homem para a Ana, ele nos privou de um namoro saudável,  eu sofri muito e ela também mas depois de um tempo seu avô viu que eu amava mesmo ela e nos deixou namorar, quando me tornei pai entendi as ações dele, entendi o medo de ver sua filha magoada e chorando,  entendi tudo isso quando te peguei no colo, mas  jurei que não faria o mesmo, eu iria conversar e ver o caráter do jovem por quem você se apaixonaria, mas oque fazer se esse jovem é meu sobrinho? Victor você é ótimo na empresa e tem crescido muito,  mas não é isso que me faz o amar como um filho e sim por ter ajudado a minha filha eu vejo isso em seus olhos,  vejo sinceridade e vejo o quanto a ama, eu não poderia ser tão egoísta e negar que vocês vivam isso mas também irá haver regras para os dois visto que ainda moramos todos juntos, e eu e o Deric vamos conversar com a mãe de vocês entenderam?

- Sim e pai eu não sabia disso - Victor responde e continua - Tio Augusto muito obrigado.

- Pai - Eu começo a chorar e me levanto para abraçar ele, ele me abraça e fala - Eu te amo quero que  seja feliz só isso importa pra mim - Ele sussurra e eu o abraço mais forte - Obrigada.

Todos saímos do escritório e vejo os olhares curiosos da minha mãe a tia Charlott Yan e Maria, essa manhã está dando oque falar...

Foi Pelo Seu AmorWhere stories live. Discover now