capitulo 64 : "uma recaída"

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Saí da loterica guardando todas as contas já pagas e atravessei a rua correndo. Passei ao lado da fonte e entrei no shopping. Subi correndo mesmo e cheguei no andar do Liam. Comecei a andar e olhei o relogio.

- dá tempo. - murmurei e sentei meu corpo bater em alguem. Essa pessoa me segurou e eu me ergui. - desculpa... - comecei e percebi quem era. Suspirei.

- Kat, anh... queria mesmo falar com você. - ele disse e eu bufei.

- olha, não tenho nada pra falar com alguem como você. Já basta meu avô. Não quero você na minha cola tambem. - falei e ele riu ironico.

- ele está fazendo a sua cabeça, não é ? Contra mim ? Kat, eu te procurei. Parei as investigações apenas quando conheci Dark Heart. Ele cuidou de mim e da sua mãe. Seu avô estava nos caçando...

- meu avô tem muita coisa contra você. Mas ele nunca faria minha cabeça porque eu sou mais esperta que isso. E ele nunca caça quem é da familia. O maximo que ele é capaz é buscar pra mante-la segura, consciente ou não. Ele não faria isso com você. - falei e ele suspirou.

- eu sei disso. Mas fiquei com medo na época. Minha mãe morreu de infarto e seu avô queria caça a mim e a Marilia. Estavamos a mira de um assassino inglês. O que faria no meu lugar ? Deixaria sua recem-nascida em um lugar onde provavelmente ela ficaria segura e escondida de qualquer mal que nos inflingisse ou simplesmente a levaria com você onde teria o perigo de qualquer outro inimigo matar a todos da sua familia ? - ele tentou provar sua inocencia e eu o encarei por um tempo.

- eu topo jantar com você. Depois de amanhã. De preferencia, Marilia vem junto. Quero ver se consegue contar a mim, toda a sua verdade ou apenas vai ser como meu avô e me esclarescer tudo em partes. - cedi e ele riu ironico.

- não sou como Monteiriny. - falou e eu ri.

- não é como seu pai ? - perguntei e ele negou.

- ele perdeu esse titulo a muito tempo. - ele disse e eu sorri.

- ele nunca vai perder esse titulo. Porque tal pai, tal filho. Você se parece com ele Guilherme. E nunca vai conseguir trocar seu sangue. - falei e ele respirou fundo com os olhos irritados e marejados. Não estava ferido ou magoado, estava com raiva. Eis algo que nos parecemos.

- não sabe o que ele nos fez. - ele disse e eu sorri.

- então me conte depois de amanhã. - falei e passei por ele seguindo o caminho até o estudio de tatuagens. Entrei e o casal estava saindo. Ambos com o braço enfaixado e ela tinha o pescoço com uma faixa branca enquanto ele apenas sorria com a orelha ainda maior. Que nojo, parece tão mole.

Mini pulou no meu colo e eu ri enquanto os garotinhos guardavam o Uno com medo do olhar severo do Liam.

- prontinho. Voltem sempre. - Mia disse e os dois sorriram chamando os filhos. Eles acenaram pra mim e eu sorri.

- pausa pro almoço. - Mia deu saltinhos e Liam revirou os olhos.

- fica. Me da o dinheiro e eu compro o que quiser. Preciso de alguem aqui. Prometi uma hora de almoço. Não disse a hora. - ele disse e ela riu ironica.

- eu tô morrendo de fome Liam. Não vou ficar porque você quer. Isso é trabalho escravo. - ela disse e eu revirei os olhos.

- chega de briga. Já é 14h, o movimento caiu. Venham os dois. - falei e Liam ia falar algo quando eu dei um tabefe nele. - vamos logo. - interrompi e ele bufou me seguindo. Mia nos seguiu e Liam trancou a porta. Seguimos pra praça de alimentação e fomos direto pro starbucks. A fila estava meio grande.

- como ficou resolvido mesmo você e o Kaio ? - Mia perguntou e eu suspirei.

- brigamos feio e ele percebeu que fazer o que ele fazia comigo era errado. Ele pediu perdão e ficamos em um impasse. Nenhum aceitaria. Ele cantou Dark Paradise, mas eu não abri a porta. Não vou esperar ele outro lado. Porque eu sei que eu posso fazer isso sozinha. - conclui e Mia sorriu.

O Idiota Do Amigo Do Meu IrmãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora