A caça

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*Casa da D. Verônica*

A doutora recebe uma ligação, a enfermeira que esta cuidando dela entrega o celular, do outro lado é Ferdinand...
— Olá, doutora, a senhora está bem? Fiquei sabendo o que aconteceu.
Será que podemos conversar sobre uma coisa?
— não se preocupe comigo, estou bem, diz a doutora, podemos conversar sim.
— será que posso ir, até a senhora? É muito sério o que tenho para dizer, é sobre o assassino, acredito que ele continua atrás de mim.
— você já contou a mais alguém? Venha, até aqui, e toma cuidado, você pode estar em perigo, responde à doutora.

— estou indo, não se preocupe, pedirei ao Daniel uma carona.

*Desliga*

Quando termina a ligação, a doutora fica intrigada sobre o que ele teria para dizer, considera ligar para o delegado, mas o celular está ocupado, diz a enfermeira, então ela resolve esperar, imaginando que mesmo se fosse algo importante nessa situação ela nada poderia fazer.

*Julian*

(Diário) — é hora de terminar tudo e incriminar aquele garoto inocente, logo tudo vai terminar, sairei daqui e continuarei em outro lugar com novos brinquedinhos. Essa hora o delegado já deve ter achado o meu bilhetinho especial, essa noite eles vão conhecer o que os colocou todos juntos aqui nessa cidade, e com certeza não foi o acaso.

Fim

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*casa da última vítima*

Enquanto periciam o quarto os policias encontram um bilhete como sempre, no entanto, dessa vez o nome do delegado está escrito nele.

Ao abrir, o delegado se assusta com o que vê escrito:

Se deseja descobrir o verdadeiro culpado pela morte da sua mulher, vá à casa da doutora Verônica hoje, e sem seus amiguinhos ou tudo já era.

Ao ler isso o delegado amassa o papel e coloca no bolso, os policias olham para ele sem saber o que dizer, e ele se retira, entra no carro e acende um cigarro. 

Sua cabeça parece explodir, ele não sabe o que fazer, sua curiosidade ao ler sobre sua mulher se tornou maior que seu desejo de cumprir a lei.

 Talvez o ódio que ele sentiu aquele dia tenha retornado, ele pondera ligar para o seu filho e dizer algo, mas ao invés disso liga o carro e sai em direção a casa da doutora...

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*Lado de fora da casa da doutora*

Daniel — fer, se quiser entro com você, não sei o que de tão importante você tem a dizer para ela, mas estou bastante intrigado, cara, porque esse assassino fica sondando você, por que ele nuca te atacou, e por que tentou te incriminar daquela vez?

Ferdinand — não se preocupa cara, tudo vai fazer sentido hoje, muito obrigado por ter me trago até aqui, amanha eu te ligo e fala sobre isso tudo.

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Ferdinand sai do carro e caminha em direção a casa da doutora, toca a campainha, e após alguns segundos a enfermeira abre a porta e o cumprimenta, ela é bem jovem e bonita — ele pensa-, quando entra a doutora está sentada num (divã), usando óculos escuros, e com um copo de café nas mãos.

Ela pede que ele se sirva e sente ali, diz que esta curiosa para saber o que ele tem a dizer sobre o cara que fez aquilo com ela, e pede que ele pegue seu remédio na mesa, ele pega dois vidros e retira um comprimido de cada, se senta enquanto a doutora toma seus remédios.

Ela diz a enfermeira que pode se retirar e a moça vai para o quarto de hóspedes, põem seus fones de ouvidos e se deita um pouco enquanto lê um romance.

Ferdinand começa dizendo que a doutora não iria acreditar em tudo que ele descobriu.

— Penso que esse assassino se tornou assim por que viu um antigo serial killer na TV, e resolveu se tornar um monstro tão grande quanto ele.

A anos um homem matava mulheres gravidas, e ficou muito conhecido pelos seus feitos.

A doutora ficou branca, como ele sabia daquilo, porque estava falando sobre esse homem logo com ela.

Então assustada ela começa a falar...  -não entendi, como você sabe tudo isso e, por que esta me dizendo essas coisas?

Sei muitas coisas, doutora, responde o rapaz, e claro que a senhora como investigadora desse crime deve conhecer o cara, por isso resolvi falar com você.

A doutora se vê aterrorizada pelos fantasmas do passado, não sabe o que dizer, o que fazer... Ferdinand, você esta me assustando, ela diz.

— sabe, doutora, só não entendo como a senhora não descobriu, estava na sua cara, na sua cama...

*Pi, pi,pi*

o relógio desperta de repente, ele sorri e diz que já é a hora de ir embora, a doutora tenta falar algo, sua voz não sai, as mãos tremem, sente como se tivera sido drogada, a única coisa que existe são os fantasmas da sua mente.

Ele então se levanta e pergunta se esta tudo bem, mas ela só sente como se sua mente se apagasse, então perde sua consciência...

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*toc, toc, toc*

A enfermeira houve a batida, se levanta e abre a porta sorrindo.

Seu sorriso, no entanto, se desfaz velozmente, tão rápido quanto a dor que se formou em seu rosto após ter recebido um soco.

A figura entra pela porta e a fecha, abaixo do capuz alguém que não parece humano, ele gosta da dor que causa, ela grita, grita e chora... então ela recebe outro soco, e vê o cara pegando um fio fino em seu bolso, ela sente que vai morrer, sente o peso de seu corpo dobrar, os dedos adormecerem, o monstro retira o capuz e sorri, beija-a no rosto com intrigante carinho, ela olha para ele e pergunta, por quê? Por que fazer isso, pede, implora que ele pare, no entanto, ele apenas sorri enquanto segura seu queixo e aí ele a abraça, ela pensa que talvez ele tenha se arrependido, no fundo, uma faísca de fé a faz pensar que ainda pode viver, mas seus devaneios são cortados pela dor de algo esfolando seu pescoço, o fio é muito fino e mesmo assim muito forte, ela não tenta nem lutar, apenas fecha os olhos, imagina sua família, e então a dor vai desaparecendo, e com ela sua energia vital... * toc...toc..toc* a morte bateu sua porta cedo demais...

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⏰ Última atualização: Mar 31, 2023 ⏰

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