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A doutora acorda, sua mente ainda sem entender busca resposta para situação que ela logo percebe não ser nada boa.

Ela escuta a voz do delegado dizendo que ela havia dormido por três dias, mas ainda sem entender pergunta qual o motivo de estar tão escuro.

Então uma voz que se diz ser o médico fala calmamente, que na noite da floresta alguém arrancou seus olhos, e que não há nada que se possa fazer, a partir de agora ela será cega, aconselhou que ela procurasse seu advogado e se aposentasse, tentasse viver com isso.

A doutora tentou gritar, mas sua voz sumiu, sentiu que um vazio enorme estava dentro dela, e uma tristeza tão grande que viver era como pisar em facas.

Ela veio caçar um criminoso, e agora havia se tornado a caça.

Ela começa imaginar se não fez as escolhas erradas durante toda sua vida.

Primeiro seu marido, depois esse emprego, por último aceitar o caso desse assassino em série.

Tudo a levou até aquele momento na floresta, ela lembra de uma voz, ela não reconhece a voz, embora pareça familiar, tenta desesperadamente entender o motivo de ainda estar viva, talvez puro capricho do serial killer, a deixou viva para demonstrar ser superior, que ela agora pertencia a ele, pois nunca o esqueceria.

O delegado pede licença, precisa ir para delegacia onde seu filho esta sendo mantido, ele agora é o principal suspeito, e em breve será o acusado, a faca nas mãos dele, foi a mesma usada para tirar os olhos  e matar a moça na floresta.

A doutora sente o corpo tomar um choque, ela não foi capaz de proteger a moça, Daniel... ela não queria acreditar que o ódio pelo seu pai o transformou num monstro, mas tudo indicava que sim.

Ela sente que sua alma chora, agora mais que nunca desejaria olhar nos olhos do assassino e dizer tudo que ficou entalado ali no canto escuro do seu coração.

Agora ela já não serve para nada, vai ter que passar a vida sobe os cuidados de outra pessoa, vai ter que achar forças para conseguir viver, a morte a esse ponto se torna convidativa...

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(ferdinand)

Droga, perdi a hora do teatro.

Daniel sempre me acordava, ainda não posso acreditar que ele cometeu aqueles assassinatos bárbaros, tantos anos de amizade, ele nunca fez mal a ninguém.

Tenho tido sonhos tão esquisitos,  coisas estranhas acontecem com as pessoas que  entram em contato comigo.

Preciso me apressar, hoje vai ter festa, sem o dani vai ser menos legal, mas nada como beber e foder, para esquecer um pouco a vida.

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(JULIAN)

Me livrei da doutora bastante facilmente, nunca esperei que ela estivesse lá tão indefesa.

Ah, como foi difícil não matar aquela vadia, mas agora eles sabem que ao se colocar no meu caminho a morte será como uma colônia de férias perto da dor que irei lhes causar.

As vozes ainda estão aqui, eu não luto contra elas mais.

Aprendi que elas podem ser muito benéficas aos meus desejos.

Eu não posso parar agora, preciso ajudar essas mulheres a se limpar da impureza de suas almas, elas não podem continuar como aquela mulher foi, aquela que se dizia minha mãe.

Aquela que fez com que eu conhecesse a dor além dos limites da compreensão, aquela imunda, todas são como ela, merecem morrer, eu vou matá-las assim como matei a minha querida mãe.

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Mentes Que MatamWhere stories live. Discover now