A floresta

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(Daniel)

O frio que gela a espinha me faz lembrar que ainda estou vivo, em minha frente um caminho curto e mal iluminado.

Enquanto sigo rumo ao desconhecido a noite grita perigosa em minha mente e alma gela desesperada, tudo aconteceu tão rápido.

Tomara que a doutora esteja bem, com certeza isso vai fazer meu pai prestar atenção em mim.

A luz da lua espalha uma energia gigante de 'suspense' pela noite, 'nuances' de medo e aparições de loucura da minha propiá mente, incríveis  sensações de poder passam por mim e me fazem imaginar se eu estou me tornando perigoso, se não foi estúpido deixar a doutora desacordada e sozinha...

O que é isso? Luzes? Sim, velas.

Por que alguém estaria na floresta agora, será algum doido fazendo rituais estranhos?

Meu deus, não pode ser, é a garota...

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Na verdade, Daniel havia encontrado o que restou da garota, restos de um belo corpo dilacerado, em partes queimado, um bilhete ao seu lado, ele não ousou ler, ao contrário correu o mais rápido que pode, e por mais que corresse ele não chegava a lugar algum, então ele parou, sentou e sentiu a cabeça pesada, e a partir dai caiu e desmaiou.

No outro lado da floresta um ser pairava calmo sobre a face da  Doutora.

Ele segurava uma faca, e dentro da sua mente milhares de pensamentos sobre o que faria.

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(Julian)

*hahahahaha*É melhor que eu imaginei, duas das coisas que eu preciso fazer na mesma floresta, o tal deus com certeza me ama, doutora você não deveria ter vindo aqui, agora esta, ai tão, desprotegida, dormindo como um bebê, sonhando com o quê?

Vou tirar aquilo que mais te importa para seguir na minha trilha, e jamais irá caminhar ao meu encontro outra vez...

*** horas depois***

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A doutora acorda, mas tudo esta, escuro demais, ela grita por ajuda.

Não se lembra de nada, além de ter perseguido Daniel, ela pode escutar vozes longe, sons que parecem um helicóptero, ela grita ainda mais alto, sua cabeça parece que vai explodir, ela sente um medo imenso passar pelo seu corpo, como se sua mente soubesse de algo, ela ouve passos se distanciando e grita ainda mais por ajuda já sem fé que será ouvida.

Seu celular toca, ao atender ela escuta a voz do delegado, perguntando onde ela está.

Só responde que se perdeu na floresta, perto de uma caverna, e começa a chorar, sem saber o por que, a escuridão total talvez esteja fazendo mal a ela que sempre gostou de apreciar a beleza das coisas.

Ela deixa o celular cair no chão e chora ainda mais, 20 minutos depois após tanto choro ela desmaia, e o delegado encontra seu corpo ali no chão pálido, ordena que a levem para o hospital imediatamente, e ai recebe um chamado no rádio que o fez tremer, era seu filho, ele foi achado com uma faca na mão suja de sangue e a 100 metros um corpo desfigurado e dilacerado... Ele se sente mal, e uma lágrima silenciosa rola ao passo que ele revive todo o passado de sua família.

Mentes Que MatamWhere stories live. Discover now