Dois meses se passaram desde o dia que John me pediu em casamento. O tempo passou muito rápido, muitas coisas para fazer, meu tempo ficau curto. Organizar um casamento não era muito fácil, mesmo com minhas tias e Rebecca ajudando.
Meu casamento e de John aconteceria em dois dias.
Muita coisa boa aconteceu neste período...
Uma semana depois do recital, em um almoço de domingo, tia Mary na hora que estávamos comendo a sobremesa, perguntou a vovô:
-Papai! O que o senhor achar de termos uma criança correndo pela casa?
Vovô sorriu e disse:
-Sinto muitas saudades de você e sua irmã crianças! Essa casa era cheia de alegria! Por que alguém vem nos visitar?
Tia Mary disse sorrindo e alisando a barriga:
-Não pai! – Todos paramos de comer para olhar a cena.
Vovô levantou se aproximando de tia Mary que estava do outro lado da mesa já com os olhos cheios de água.
-Você está grávida?
Tia Mary fez que sim com a cabeça, então vovô se abaixou ao lado dela e tocou sua barriga a abraçando.
Felicitamos Claus e tia Mary. Eles não cabiam em si de tanta felicidade!Como uma vida nova podia mudar tanto um ambiente, como enchia um lar de alegria e esperança. Nem havia nascido ainda e já era tão amado por todos.
Depois do almoço eu e John fomos dar uma volta em nosso lugar favorito, o lugar em que nos conhecemos!
A árvore estava totalmente coberta de folhas.
Às vezes fico pensando que aquela árvore tinha alguma ligação com o estado emocional de meu avô, quando cheguei ela parecia morta, assim como meu avô. Quando o coração dele começou a ser curado, ela se encheu de brotinhos. E agora que ele havia se perdoado ela estava linda e viçosa. Lembro que tia Mary contar que quando minha mãe foi embora ela havia secado, mas acho que porque o coração de vovô morreu um pouco aquele dia.
Aquele lugar não poderia estar mais bonito, se não fosse de tão difícil acesso faria a cerimônia do casamento ali.
Deitamos-nos no gramado e ficamos admirando o céu e as árvores a nossa volta.
Nossas conversas eram sempre agradáveis, mas, John não perdia a oportunidade de me provocar. Dizia que adorava me ver bravinha! Mesmo assim adorava estar em sua companhia.
-Eu também quero!- Disse John olhando para o céu.
-Quer o que?- Disse olhando para ele.
-Filhos, muitos!- Disse me olhando nos olhos.
Fiquei feliz pois, esse era meus planos, muitos filhos! Ser filha única não era muito bom. Mas respondi:
-Eu também! Quero encher aquela casa de crianças. Quero um menininho igual a você! Inteligente, amigo, bondoso, honesto, que faz o bem.
Ele se apoiou em seu cotovelo para me ver melhor e disse:
-E eu quero uma menininha linda igual a você, meiga, inteligente, que toque para mim todos os domingos à tarde, que me faça sorrir e que me tenha como um herói.
-Ummm que exibido! Só porque salva senhoritas em apuros que caem de árvores ou ficam presas nelas já se considera um herói!!!?- Disse sorrindo para provocá-lo.
Ele pegou uma mecha de meu cabelo, levando até seu nariz e aspirou profundamente.
–Sabe que seu cheiro não saiu nem um momento de minha mente desde aquele dia. - disse sério, levando o dedo até meus lábios e fazendo suavemente o contorno de minha boca. Minha nuca se arrepiou, calafrios percorriam todo meu corpo. - Desde aquele dia sabia que você seria minha e eu seu! – A cada palavra que dizia se aproximava mais de minha boca- Você trouxe alegria para minha vida vazia e sem graça. Só pensava em trabalho. –Seu rosto estava a poucos centímetros do meu. - Nunca desejei estar perto de alguém como eu quero estar do seu. Eu te amo!- Ficou alguns segundos olhado meus olhos que lacrimejavam, então me beijou.
ESTÁ A LER
Quando as folhas caem
RomanceAurora vivia na época em que os romances eram idealizados e sonhados,aos dezoito anos perde seus pais e vai morar com sua tia Mary que não conhecia.Descobre dentro daquela propriedade que os laços de amor em família ,vão além da morte. E que o amor...