Capítulo XXXII

254 39 22
                                    

Dois meses se passaram desde o dia que John me pediu em casamento. O tempo passou muito rápido, muitas coisas para fazer, meu tempo ficau curto. Organizar um casamento não era muito fácil, mesmo com minhas tias e Rebecca ajudando. 

Meu casamento e de John aconteceria em dois dias.

Muita coisa boa aconteceu neste período...

Uma semana depois do recital, em um almoço de domingo, tia Mary na hora que estávamos comendo a sobremesa, perguntou a vovô:

-Papai! O que o senhor achar de termos uma criança correndo pela casa?

Vovô sorriu e disse:

-Sinto muitas saudades de você e sua irmã crianças! Essa casa era cheia de alegria! Por que alguém vem nos visitar?

Tia Mary disse sorrindo e alisando a barriga:

-Não pai! – Todos paramos de comer para olhar a cena.

Vovô levantou se aproximando de tia Mary que estava do outro lado da mesa já com os olhos cheios de água.

-Você está grávida?

Tia Mary fez que sim com a cabeça, então vovô se abaixou ao lado dela e tocou sua barriga a abraçando.

Felicitamos Claus e tia Mary. Eles não cabiam em si de tanta felicidade!Como uma vida nova podia mudar tanto um ambiente, como enchia um lar de alegria e esperança. Nem havia nascido ainda e já era tão amado por todos.

Depois do almoço eu e John fomos dar uma volta em nosso lugar favorito, o lugar em que nos conhecemos!

A árvore estava totalmente coberta de folhas.

 Às vezes fico pensando que aquela árvore tinha alguma ligação com o estado emocional de meu avô, quando cheguei ela parecia morta, assim como meu avô. Quando o coração dele começou a ser curado, ela se encheu de brotinhos. E agora que ele havia se perdoado ela estava linda e viçosa. Lembro que tia Mary contar que quando minha mãe foi embora ela havia secado, mas acho que porque o coração de vovô morreu um pouco aquele dia.

Aquele lugar não poderia estar mais bonito, se não fosse de tão difícil acesso faria a cerimônia do casamento ali.

Deitamos-nos no gramado e ficamos admirando o céu e as árvores a nossa volta.

Nossas conversas eram sempre agradáveis, mas, John não perdia a oportunidade de me provocar. Dizia que adorava me ver bravinha! Mesmo assim adorava estar em sua companhia.

-Eu também quero!- Disse John olhando para o céu.

-Quer o que?- Disse olhando para ele.

-Filhos, muitos!- Disse me olhando nos olhos.

Fiquei feliz pois, esse era meus planos, muitos filhos! Ser filha única não era muito bom. Mas respondi:

-Eu também! Quero encher aquela casa de crianças. Quero um menininho igual a você! Inteligente, amigo, bondoso, honesto, que faz o bem.

Ele se apoiou em seu cotovelo para me ver melhor e disse:

-E eu quero uma menininha linda igual a você, meiga, inteligente, que toque para mim todos os domingos à tarde, que me faça sorrir e que me tenha como um herói.

-Ummm que exibido! Só porque salva senhoritas em apuros que caem de árvores ou ficam presas nelas já se considera um herói!!!?- Disse sorrindo para provocá-lo.

Ele pegou uma mecha de meu cabelo, levando até seu nariz e aspirou profundamente. 

–Sabe que seu cheiro não saiu nem um momento de minha mente desde aquele dia. - disse sério, levando o dedo até meus lábios e fazendo suavemente o contorno de minha boca. Minha nuca se arrepiou, calafrios percorriam todo meu corpo. - Desde aquele dia sabia que você seria minha e eu seu! – A cada palavra que dizia se aproximava mais de minha boca- Você trouxe alegria para minha vida vazia e sem graça. Só pensava em trabalho. –Seu rosto estava a poucos centímetros do meu. - Nunca desejei estar perto de alguém como eu quero estar do seu. Eu te amo!- Ficou alguns segundos olhado meus olhos que lacrimejavam, então me beijou.

Quando as folhas caemOnde as histórias ganham vida. Descobre agora