Capítulo XV

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Tudo parecia mágico! Ficamos um bom tempo só dançando, ele me conduzia tão bem como Claus, tudo parecia fácil segurando suas mãos.

Rimos e nos divertimos muito dançando em conjunto com os outros casais. Em certo momento começaram a tocar uma música mais calma, com a melodia mais romântica e a dança era feita somente entre os casais.

John pegou minha mão esquerda e colocou sua outra em minha cintura, automaticamente apoiei minha mão em seu peito.

Seu coração batia tão descompassado como o meu devido a nossa proximidade. Tudo tão suave! Parecia só nós dois ali. 

Os olhos dele brilhavam e com certeza os meus também! Ele olhava- me nos olhos e sorrindo de canto de boca disse:

-Está gostando da festa?

Disse um sonoro sim, com um sorriso bem largo no rosto!

Estavam sendo momentos agradabilíssimos, principalmente porque estava com ele. Por incrível que pareça ele ainda não havia me irritado naquela noite. Nossas conversas eram agradáveis, tudo girava em torno de nossa vida regressa, nossos gostos; eram conversas amenas.

Em um dado momento ele disse:

-O amarelo ficou muito bem em você!

-Não gosto muito de amarelo, mas minhas tias me convenceram que seria uma boa cor e combinaria com meus cabelos e olhos. - disse sorrindo encabulada.

-Elas tinham razão!- disse ele removendo a mão de minha cintura e tocando um cacho de meu cabelo que pendia de meu ombro. - Seus olhos e cabelos se destacaram em meio a cor, realçando mais ainda a beleza deles.

Meu rosto queimou ao ouvir o elogio. Ele continuava brincando com meu cacho e falando:

-Quando você sorri tudo ao redor perde a graça, você é linda!-as pontas de seus dedos deslizaram para meu rosto.

Um calor subiu de meu peito, seu toque em minha face e seus elogios, estava causando uma explosão dentro de mim. Meu estomago parecia que estava cheio de fogos de artifício. Nunca nenhum homem havia me falado daquela forma tão bonita e tocado meu rosto assim. Não ouvia mais música ou pessoas perto de mim. Só ouvia a minha respiração que se acelerou quando ele tocou meus lábios com a ponta de seus dedos. Ele aproximou mais o rosto do meu e nossos lábios ficaram muito próximos, sentia seu halito em meu rosto, sua respiração também estava afetada, dessa vez não iria fugir, fechei os olhos e esperei pelo beijo...

...que não veio!

Rachel apareceu não sei de onde dizendo que alguém passava mal e que era para John ir socorrer, senti suas mãos se afastando de mim, seu olhar já estava concentrado em Rachel que relatava o incidente com alguém.

Senti como se estivesse entrado em um rio gelado!

John me olhou por um momento, se aproximou de meu ouvido e disse:

-Desculpe! - seu halito quente fez um calafrio percorrer minha espinha.

Dei um sorriso sem graça e ele partiu!

Fiquei ali parada no meio do nada, nem percebi que Rachel havia ficado ali.

Ela enlaçou seu braço no meu e começou a caminhar em direção as mesas de comida.

-Você quer uma água? Parece-me pálida!

Recompus-me e dei o meu melhor sorriso!

-Estou bem obrigada!

Ela insistiu e me guiou em direção onde estavam sendo servidas as bebidas.

No caminho ela iniciou uma conversa estranha:

Quando as folhas caemOnde as histórias ganham vida. Descobre agora