Último Capítulo

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Guilherme narrando

Fechei meus olhos esperando o tiro vir. Eu sabia que ela ia ser fiel ao marido, salvei ela por conta dos bacuri mesmo.

Mas a surpresa que eu tive foi ao sentir aquele corpo caindo por cima de mim. Abri meus olhos e pude ver, Cão estava morto.

A mulher olhava a cena fria e seca. Vi quando ela suspirou e me encarou. Ela realmente não estava sentindo nada.

––– Nunca, em hipótese nenhuma, ninguém deve saber que eu matei ele, entendeu? ––– Ela pedia friamente olhando em meus olhos.

Porra, o que eu ia fazer? A mulher tava pedindo, provavelmente pra seus filhos não saberem que ela tinha matado o pai deles. Assenti e ela saiu correndo dali.

Peguei minha pistola e dei uma sequência de tiro, já que era pra levar a culpa desse Caralho... Vamo levar direito.

Abri a porta de casa arrombando mesmo, tinha que ver como minha neguinha e minha bacuri tavam.

––– Meu Deus ––– A Jhessyka disse correndo em minha direção.

Minha menina se jogou em meus braços e me abraçou forte. Como se o nosso mundo estivesse ali, naquele abraço. Minha mãe também correu, e me abraçou. Por sorte, ou graça divina, o Cão não tinha entrado dentro de casa.

Os tiros não se escutavam mais, sabia que aquela invasão tava acabando.

Me soltei dos braços delas quando meu rádio tocou.

Radinho on 📻

––– Os que sobraram tão vazando ––– Era o FA

––– Tu tá bem viado? ––– Tinha notado que sua voz tava abafada

––– Tomei um tiro no ombro, mas eu tou vivo caralho... O irmão quem deu, porra, perdi ele velho... Saiu vazado daqui ––– Fiquei aliviado na mesma hora

––– Perdemos alguém importante? ––– minha preocupação voltou

––– JJ parceiro. Um soldado acertou na testa, te foder, dor do caralho ––– Eu ri

––– Faz um enterro digno, avisa ao menor... Marca 30 que eu chego no postinho princesa

––– Jaé, geral... Vai ver a princesa te arrombar filho da minha mãe ––– Desliguei

Radinho off 📻

––– O meu homem tá bem? ––– A Marcella perguntou assustada

––– Tá porra, já viu vaso ruim quebrar? ––– Perguntei com a testa franzida

––– E aquele lá na entrada da casa? ––– O moleque dos infernos apareceu na sala.

💭Acredito que essa porra saiu de casa só pra ver quem era não 💭

Olhei pra Jhessyka que não expressava nenhuma reação. Não existia sentimentos, não havia como existir.

––– Você tá bem? ––– Perguntei lhe encarando

––– Meu pai, foi, é e sempre será o Plínio, o homem que me deu amor é que me adotou... Esse aí teve o que mereceu ––– Disse com frieza.

Te falar? Nem parecia minha menina, aquela frágil e que precisava de cuidados. Jhessyka agora era uma mulher, e por mais que eu detestasse, tudo graças aquele moleque.

––– Guilherme ––– Lucy falou do topo das escadas, me tirando de meus pensamentos.

Ela tava com Maria Laura em seus braços. Ela desceu correndo e me abraçou, com a minha princesinha no meio.

Quando subi ao MorroTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang