O destino nunca falha.

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No capítulo anterior...

— Eu sei que é em cima da hora, (...) mas... Você quer ir lá pra casa agora? Minha mãe convenceu MacAteer; afinal, você é de maior agora. Nós podemos passar pelo menos esse fim de mês juntos.

Louis fez esforço para carregar sua mala cheia, tirando-a de dentro da mala do carro. O cacheado esperou, e a fechou com uma batida abafada.

Anne fora na frente, abrir logo a porta de casa, pois estava frio. Não queria que os meninos ficassem expostos por muito tempo à temperatura baixa.

— Você precisa de ajuda? — Harry perguntou, mas já estendendo o seu braço vazio, para que Tomlinson lhe entregasse sua bolsa.

— Nah. Estou bem. — Disse, sem prestar muita atenção. Pensativo, analisava a rua onde Styles morava.

Nunca estivera em um lugar como aquele: Todas as casas eram idênticas; aquilo o intrigava. Bem cuidadas, pintadas e sem nenhum sinal sequer de dano. Em frente de cada uma delas, havia um gramado, e ao lado, a garagem.

A única diferença entre elas era que algumas possuíam uma cesta de basquete próxima a entrada. E as cores eram levemente diferenciadas, mas não tanto. Tudo dentro do padrão.

— Como vocês não confundem a casa onde moram? — Perguntou, não percebendo o quanto aquela era uma pergunta estranha. Styles o olhou confuso, mas Louis focava o caminho de concreto escorregadio, para que não caísse.

— Cada uma das casas tem um número? — Respondeu-lhe em tom de pergunta, como se fosse algo tão óbvio que não tivesse certeza de ter entendido direito.

— Ah. Certo.

Louis sempre pensara que subúrbios existissem apenas em filmes americanos. Ele sabia que ele e Harry vinham de realidades diferentes, mas agora, ter plena certeza disso tornava tudo mais insano. Eles nunca deveriam ter se conhecido, mas o destino deu o seu jeitinho.

O destino nunca falha.

— Lou? — Styles chamou-o, vapor de água saindo de sua boca. — Seguiu a direção do olhar de Tomlinson com o seu próprio, vendo a alguns metros deles, o dálmata da vizinha.

O de olhos azuis colocou sua mala no chão e se inclinou um pouco, chamando o cachorro com alguns "Hey" e estalos de dedo.

— N-não, Louis, ele é bravo e... — Parou de falar de imediato ao que o cão mostrou-se totalmente dócil a mão delicada de Tomlinson fazendo-lhe carinho.

— Bravo? — Virou-se para Styles com um sorriso no rosto, sem parar de acariciar o dálmata. — Olhe para você, todo assustado por conta de um docinho desses. — Voltou a dar atenção total ao cachorro e Harry aproximou-se de ambos apenas com um passo. — Você é um bom menino. Gigantesco! — Exclamou quando o cachorro ficou de pé, as patinhas da frente quase alcançando seus ombros.

— Ele costumava ser, pelo menos.

Anos atrás, o cacheado assistira Nick ser derrubado de sua bicicleta e depois mordido por aquele dálmata, Arnie. Tudo por conta de um desafio idiota, que o mesmo estipulara e decidira cumprir. Coisa de criança.

Harry se aproximou mais, apenas o suficiente para tirar a mala de Louis do chão; a qual já estava molhada por conta do gelo que cobria o chão. Disse: — Eu sei que não é socialmente aceito, mas eu tenho medo de cachorros.

— Tudo bem. — Louis se despediu do dálmata e voltou à posição ereta. — Eu sabia que você tinha algum defeito! — Brincou.

— Meninos, por que vocês ainda estão aí do lado de fora? — Anne apareceu na porta de casa, com os braços cruzados. — Está congelando, venham para dentro! — Harry semicerrou os olhos para Louis, que apenas riu em resposta.

Handcuffs (Larry Stylinson)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora