O certo.

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Quando a polícia chegou, Harry e todos os garotos que dividiam o mesmo quarto que Louis foram chamados à sala do diretor para testemunhar. Tinham que responder às perguntas individualmente e depois as autoridades compartilhariam como seria o restante do procedimento.

Styles foi o penúltimo a responder às perguntas, então quando sua parte foi concluída, ficou esperando do lado de fora por Niall, o último. Mais precisamente, próximo à MacAtter, visto que o mesmo cedeu sua sala aos policiais — não podendo estar presente no ambiente para não influenciar de forma alguma a fala dos alunos. O cacheado prestava atenção no diretor, sem tirar os olhos dele por um momento, mas o homem não percebera. Parecia muito estressado e nervoso com algo.

Carregava em suas mãos um celular antiquado, mas que parecia funcionar bem o suficiente para ligações — embora a baixa receptividade de sinal telefônico do local não ajudasse muito. De qualquer forma, não desistia de tentar se comunicar com quem quer que fosse, apesar das diversas quedas de linha.

O cacheado sabia que ele estava tentando falar com o pai de Louis. Pois, como Tomlinson lhe explicou momentos antes, a última coisa que o pai queria era que o de olhos azuis voltasse à Londres. Mas, agora, mal sabia ele que além do filho ter ido contra sua vontade, ainda conseguiu o que mais temia: encontrar a mãe. Tudo bem que ainda não era 100% confirmado, mas todos os que tinham consciência da atual situação (Harry, Louis, Finn, John e Holly), acreditavam sem precisar de qualquer tipo de teste de DNA.

Ponto de vista de Niall

Talvez os outros não concordem com o que farei agora, mas é necessário. As coisas saíram de controle há muito tempo e sim, há a possibilidade de uma mudança para o pior, mas é preciso arriscar. Não dá mais para continuar da mesma forma.

— Acredito que terminamos por aqui, Horan. Obrigado pela colaboração. — O oficial se levantou e estendeu a mão para cumprimentá-lo. Mas o loiro continuou na mesma posição inicial. — ...Ou o senhor gostaria de adicionar algo à seu depoimento?

Niall engoliu em seco. Situação complicada. Olhou para baixo, mas não para a mão do policial. Seu foco estava em outro lugar. Precisava se lembrar que nem sempre o certo era fácil de se fazer, mas ainda assim, continuava sendo o certo.

— Sim, acabo de me recordar de algumas coisas.

14h50

Ponto de vista de Harry

A porta foi aberta e Niall não saiu de lá como Harry esperava: cansado. Tendo em vista o quanto tinha demorado lá dentro. Pelo contrário, um sorriso vitorioso estampava em seu rosto.

— Como foi? — O de olhos verdes perguntou apressadamente, a agitação sendo nítida pelo tom de voz. — O que você disse?

— Tudo. — O olhar do cacheado foi até o diretor e encontrou-se com o do próprio.

— T-tudo...?

— Sim. — O sorriso alargou-se. — Fui perguntado se sabia por qual motivo Louis fugiria daqui. E eu, bem... — Virou-se ao diretor, o desafiando. — Sabia de alguns.

Harry estava muito surpreso com aquele tipo de atitude vinda do amigo. Parecia com algo que o próprio Louis faria.

— Niall, você...

— Alguém precisava dar ordem a esse colégio. Não é esse o grandioso lema? Ordem e disciplina?

Handcuffs (Larry Stylinson)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora