28:Confronto de interesses

32 8 0
                                    

Daniel

A garota nova que conheci,veio me visitar hoje de manhã, não estava esperando nenhuma visita a aquela hora.
Mas gostei da surpresa.

A sua vinda a minha casa,tirou a maior parte do estresse que tinha sentido ultimamente, com o trabalho,família...

Não posso dizer que gosto dela,porém me divirto muito.
Está sempre com o mesmo nariz empinado de sempre,e com a pose de superior e isso era mais uma das razões pelas quais eu gostava de estar com ao seu lado,já que comigo ela perdia isso rapidinho.

Ela está deitada sobre a minha cama,rindo sem parar,enquanto eu ia buscar uísque para nós.
Eu sabia bem,como ela ficava quando bebia algumas doses.
Na nossa última bebedeira,ela nem se aguentava em pé, porém aquela tarde foi uma das melhores.

Para falar bem a verdade,nem sei bem como ela se chama,lembro dela ter me dito isso,é... Charlotte,isso o nome dela é esse.
Não me interesso em saber os nomes das garotas com quem durmo,afinal é só diversão e provavelmente nunca mais as viria de novo.

Foi o mesmo que aconteceu com Charlotte, nas duas vezes que nos encontramos,a única coisa que eu me importava era me divertir com ela,e com seu corpo...

Contudo no vilarejo inteiro, não se falava de outra coisa a não ser da mudança das irmãs Cooper,para a casa da família.

Com um pouco mais de pesquisa sobre isso,acabei descobrindo que essa tal Charlotte é a uma garota fácil.

A irmã Elisa,era uma pintora de renome em Londres, e estava montando um pequeno estúdio no vilarejo, enquando a irmã Charlotte veio apenas para fazer companhia a ele,afinal ele não trabalhava com nada.

-O que ouve para você vir aqui me procurar? -Falo me aproximando dela. -Ficou com saudade?

-Isso seria um problema? -Pergunta se agarrando a mim.

-Claro que não. É normal ficar com saudades de mim.

-Que convencido. - Senta em meu colo. -E é por isso que eu gosto de você.

-Hum,não sabia disso-Olho para ela malicioso.

-Será que eu preciso desenhar? -Começa a me beijar.

Aquele beijo estava ficando quente demais, com o pouco mais,não ia mais conseguir segurar meus impulsos...

-Ah...Charlotte ,eu preciso ir.

-Tem mesmo? -Me olha com malícia.

-Se pudesse ficava aqui com você. -Digo me levantando,e juntando minhas roupas espalhadas pelo quarto. -Mas eu realmente preciso ir.

-Não posso fazer nada para que você fique? -Entrelaça suas pernas em volta de mim.

-Ah gata, como eu queria ficar com você, mas eu preciso resolver alguns problemas.

-Está bem, mas você precisa prometer que também vai me visitar. -Ela se levanta e se veste também.

-Ah...É claro,pensei que não podia fazer.

-Você é meu amigo não é?!

-Se você insiste senhorita.

A acompanhei até a porta,e me "despedi" dela.
Entrei de volta em casa para tomar um banho,vestir uma roupa descente e ir para esse encontro com o meus pais.
Aquilo não tinha como ser pior.

Meus pais moram na cidade, porém de vez em quando,eles vêm me visitar e reclamar comigo novamente.

Minha mãe não se conformava pelo fato de eu ser apenas um dono de bar, ela queria ter um filho rico,para poder esbanjar tal status.

O meu pai já queria que eu entrasse para a marinha de pressa,e honrasse a linhagem da família Simmons,de fuzileiros navais.

Pena que eu não estava nem um poucas interessado em seguir nenhum dos conselhos.
O pouco tempo que eu me vi livre do julgamento deles,foram os melhores dias.

Não suportava o fato de ter que me transformar em um robô controlado por eles.

Depois do banheiro,visto uma roupa social e sóbria,como não era de costume usar,me sentia preso.

Pego meu carro,e percorro o caminho curto até a casa que os meus pais mantinham no vilarejo, pelo simples motivo de quererem me vigiar.

Entro na pequena casa,sem bater na porta,assustando minha mãe ao chegar na sala de surpresa.

-Quer me matar de susto garoto,pensei que fosse um ladrão. -Fala arregalando os seus enormes olhos verdes.

-Não seja tão dramática mãe.

Me sento sobre o sofá daquela casa,que chegava a me dar claustrofobia.

-Como vocês conseguem ficar dentro desse cubículo.

-Tudo para ver como meu querido filhinho está. -Ela dá um sorriso falso.

-Está bem vamos direto ao ponto. -Estendo a mãos no ar. -O que querem de mim?

-Isso é maneira de falar com seus pais seu fedelho? -Meu pai intervém.

-Esse "fedelho" já tem idade suficiente para saber se cuidar sozinho,não precisa do palpite dos pais sobre o que faz ou deixa de fazer.

-É por isso que o meu preferido sempre foi George. -Se refere ao meu irmão mais velho.

-Então devia estar com ele agora.

-Seu irmão só dá orgulho ao contrário de você seu inútil. -Meu pai se levanta alterado.

-Olha a sua pressão Charles,cuidado. -Minha mãe o faz sentar.

-Viemos perguntar o porque de você ainda continua insistindo nesse boteco de quinta, e ainda não arrumou um jeito de ganhar dinheiro. -Mamãe pergunta.

-Porque esse "boteco" é o meu negócio,e onde gosto de trabalhar.

-Já deveria estar na marinha,a muito tempo. -Meu pai diz,respirando fundo.

-Não está satisfeito com seu primogênito lá?

-Olhe só meu filho queremos apenas o melhor para você,ver você feliz. -Fala com falsa empatia.

-Estou feliz mamãe só vocês não vêem.

-Será que ainda não arranjou uma mulher de boa condição para te abrir portas diferentes? -Ela pergunta curiosa.

-A senhora quer dizer uma velha rica, que possa me bancar.

-Só quero o melhor... -A interrompo.

-Pare com isso de Quero o melhor para você. -Falo alterado.

-Essa conversa será definitiva. -Papai interrompe. -Se você não der um jeito de fazer o que nós estamos falando...

-O que pretendem fazer? -O confronto.

-Eu vou mandar desligar os malditos aparelhos que mantém sua filha viva.





Gostaram do capítulo?

Que pais são esses?
Coitado do Daniel gente.

Votem por favor
Cometem o que acharam
Não sejam leitores fantasmas (Isso não é coisa de Deus).

Até a próxima.

Quem é o assassino?Where stories live. Discover now